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Nome Artístico
Mussum
Nome verdadeiro
Antônio Carlos Bernardes Gomes
Data de nascimento
7/4/1941
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
29/7/1994
Local de morte
São Paulo, SP
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Humorista.

Foi criado no Morro da Cachoeirinha, em Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio de Janeiro.

Estudou durante nove anos no colégio interno Fundação Abrigo Cristo Redentor, de onde saiu com o diploma de ajustador mecânico. Trabalhou como mecânico por quase três anos e se alistou na Força Aérea Brasileira, onde ficou por por oito anos.

Teve como paixão a escola de samba Estação Primeira de Mangueira, na qual desfilava todos os anos como diretor de harmonia da Ala da Baianas. Daí veio o apelido Mumu da Mangueira.
Morreu aos 53 anos de idade, após uma cirurgia de transplante de coração e foi sepultado em São Paulo.

Uma rua do bairro Campo Lindo, em São Paulo, recebeu o nome de Comediante Mussum, em sua homenagem. O Largo do Anil em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, teve o nome mudado pelo prefeito Eduardo Paes para Largo Mussum.

A frase “só no forevis”, que criou, foi nome de álbum lançado pela banda Raimundos em 1999.

Em 2022 foi lançado o longa-metragem “Mussum, o filmis”, com direção de Silvio Guindane e roteiro de Paulo Cursino, baseado no livro “Mussum forévis: Samba, mé e Trapalhões” (Editora Leya, 2014), de Juliano Barreto. No filme, Mussum foi representado pelos atores Tawan Lucas, na infância; Yuri Marçal, na adolescência; e Ailton Graça, na fase adulta.

Dados artísticos

No ano de 1960 formou o grupo carioca Os Sete Morenos, que passou a se chamar Os Originais do Samba, em 1961. Com o grupo gravou onze discos pelo selo RCA Victor “Os Originais do Samba” (1969), “Os Originais do Samba Vol. 2” (1969), “Samba é de lei” (1970), “Originais do samba exportação” (1971), “O samba é a corda, Os Originais a caçamba” (1972), “É preciso cantar” (1973), “Pra que tristeza” (1974), “Alegria de sambar” (1975), “Em verso e Prosa” (1976), “Os bons sambistas vão voltar” (1977). “Aniversário do Tarzan” (1978), “Clima Total” (1979). Foi o primeiro conjunto de samba a se apresentar no Teatro Olympia em Paria (França).

Em 1965 estreou como humorista no programa Bairro Feliz, da TV Globo. Foi nos bastidores que Grande Otelo lhe deu o apelido de Mussum, peixe escorregadio e liso, difícil de pegar.

Participou, com Os Originais do Samba, de show realizado no Teatro Bela Vista, em São Paulo, ao lado de Baden Powell e Márcia. O registro do show foi lançado em LP pelo selo Philips em 1968.

Como humorista, integrou o grupo Os Trapalhões, ao lado de Renato Aragão, Dedé Santana e Zacarias. Devido a quantidade de compromissos que assumiu com o grande sucesso do grupo, deixou Os Originais do Samba. Atuou em 27 filmes com o grupo.

Tornou-se nos anos de 1970 e 1980 um dos poucos artistas negros mais populares na TV.

Em 1978 lançou seu primeiro disco solo “Água benta”, que incluiu as músicas autorais “Foi melhor assim” (c/ Neoci e Dedé da Portela) e “É ouro só” (c/ Almir), e também “Artigo esgotado” (Luiz Carlos da Vila), “Malandro quilombola” (Ari do cavaco), “Nego Juca” (Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho), “Chiclete de hortelã” (Zeca Pagodinho), entre outras.

Em 1980 e 1983 lançou, pelo selo RCA Victor, dois LPs intitulados “Mussum”. Também pelo selo RCA Victor lançou em 1981 um single e um compacto, e em 1982 um single com as músicas “O amigo da criança (Melô do piniquinho)” (Mussum e Silvio da Parada) e “Camisa 10” (Hélio Matheus e Luis Vagner).

Em 1983 lançou, pelo selo EMI-Odeon, um compacto simples com Dedé Santana e Zacarias, que inclui as faixas “Todo mundo deve ser mais criança” (Renato Corrêa e Cláudio Rabello) e “Vamos a luta” (Mussum, Neoci, Adilson Victor e Jorge Aragão).

Em 1987 lançou, pelo selo Continental, o LP “Mussum”, com as músicas autorais “Because Forever” (c/ João Nogueira) e “Madureira, Vaz Lobo e Irajá” (c/ Jorge Aragão e Neoci).

Em 2014 foi lançada a biografia “Mussum forévis – Samba, mé e Trapalhões”, escrita pelo jornalista Juliano Barreto, pela editora Leya. Em 2019, teve sua vida e trajetória artística contadas no documentário “Mussum, Um Filme do Cacildis”, de Susanna Lira, com narração de Lázaro Ramos e trilha sonora original do músico Pretinho da Serrinha. No filme foram narradas histórias pessoais do artista, “como a paternidade e sua relação com a mãe, Dona Malvina, contando como ele transitou em várias artes e se tornou um ícone pop”.

Discografias
1987 RCA Victor LP Mussum
1983 RCA Victor LP Mussum
1980 RCA Victor LP Mussum
1979 RCA Victor LP Clima Total (c/ Os Originais do Samba)
1978 RCA Victor LP Aniversário do Tarzan (c/ Os Originais do Samba)
1978 LP Água benta
1977 RCA Victor LP Os bons sambistas vão voltar (c/ Os Originais do Samba)
1976 RCA Victor LP Em verso e Prosa - (c/ Os Originais do Samba)
1975 RCA Victor LP Alegria de sambar - (c/ Os Originais do Samba)
1974 RCA Victor LP Pra que tristeza (c/ Os Originais do Samba)
1973 RCA Victor LP É preciso cantar (c/ Os Originais do Samba)
1972 RCA Victor LP O samba é a corda, Os Originais a caçamba (c/ Os Originais do Samba)
1971 RCA Victor LP Originais do samba exportação (c/ Os Originais do Samba)
1970 RCA Victor LP Samba é de lei (c/ Os Originais do Samba)
1969 RCA Victor LP Os Originais do Samba (c/ Os Originais do Samba)
1969 RCA Victor LP Os Originais do Samba Vol. 2 (c/ Os Originais do Samba)
1968 Philips LP Baden Powell, Márcia e Os Originais do Samba (c/ Os Originais do Samba)
Obras
Because Forever c/ João Nogueira
Foi melhor assim c/ Neoci e Dedé da Portela
Madureira, Vaz Lobo e Irajá c/ Jorge Aragão e Neoci
O amigo da criança Melô do piniquinho
Sambatheque Tá tudo aí
Vamos a luta c/ Neoci, Adilson Victor e Jorge Aragão
É ouro só c/ Almir
Bibliografia Crítica

BARRETO, Juliano. Mussum forévis – Samba, mé e Trapalhões. Rio de Janeiro, Leya, 2014