0.000
©
Nome Artístico
Marcelo D2
Nome verdadeiro
Marcelo Maldonado Gomes Peixoto
Data de nascimento
5/11/1967
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Rapper.

Nasceu na maternidade de Bonsucesso, sendo criado em  Maria da Graça e Andaraí.

Morou com a mãe, Paulete, e a irmã, Carla, nos bairros de Madureira e Piedade, subúrbios do Rio de Janeiro. Na adolescência morou com o pai, Dark, no bairro do Catete.

Trabalhou como entregador de jornal, office-boy, porteiro, servente de botequim, vendedor de loja de móveis, faxineiro, camelô de camisas e muambas do Paraguai.

Junto a alguns amigos editava um fanzine sobre skate, no qual apresentava algumas poesias de sua autoria, entre elas “Futuro do país”, que mais tarde ele mesmo musicou, sendo incluída no primeiro disco do Planet Hemp.

Fundou em sua casa, na rua Mário Portela em Laranjeiras, o estúdio “Casa do Caralho”, no qual foram gravados alguns discos do Planet Hemp bem como a coletânea “Marcelo D2 apresenta o Hip-hop Rio”, coletânea que reuniu alguns valores da nova geração do Hip-hop do Rio de Janeiro.

Casou três vezes: com Sonia (com quem teve Stephan), com Manuela (com quem teve Lurdinha) e com Camila, com quem teve Lucas e Maria Joana.

No início do ano 2005 juntou-se à estilista Carol Aguiar e criou a grife Manifesto 33 e 1/3, para a qual também chamou a irmã Carla e ainda o grafiteiro Flip, também cenógrafo de alguns de seus shows, para desenhar e assinar alguns modelos. A grife foi criada com o intuito de unir hip-hop e samba, assim como o rapper faz em suas composições. Tanto que alguns modelos foram executados pelo sambista Walter Alfaiate. O primeiro desfile da Manifesto 33 e 1/3 aconteceu no mesmo ano, no evento Fashion Rio, no Rio de Janeiro.

O filho Stephan Peixoto também é músico e integra a banda Start.

No ano de 2013 montou uma loja, na Galeria Ouro Fino, no centro de São Paulo, com sua grife para vendas de bonés, camisetas, shapes, skates e fones de ouvidos, além de comercializar seus discos.

Dados artísticos

Iniciou a carreira em meados dos anos 90 como cantor do grupo carioca Planet Hemp, grupo considerado um dos primeiros a unir o rap ao hardcore, banda da qual também faziam parte Skunk (primeira formação), Gustavo Black Alien, B Negão, Bacalhau, Zé Gonzáles, Jackson, Formigão e Rafael, além de outros que também passariam pelo Planet Hemp, tais como Ganjaman, Pedrinho, Seu Jorge, Carlos Rasta e Apollo, grupo com o qual lançou quatro CDs e um DVD.

Em um período de dois anos, de 1995 a 1997, o grupo teve vários problemas com a Justiça, tendo passado, inclusive, cinco dias na cadeia em novembro de 1997, quando foram presos em Brasília sob a alegação de incentivar o uso da maconha. Na ocasião os deputados Fernando Gabeira, Eduardo Suplicy, José Genoíno e ainda o cantor Caetano Veloso, entre outros, mobilizaram-se em cruzada contra a censura ao grupo. O grupo teve como defensor o advogado Nabor Bulhões. Após a prisão, o grupo diminuiu consideravelmente as suas atividades. Porém, os dois discos da banda, em apenas algumas semanas, venderam cerca de 100 mil cópias cada um.

Artista polêmico, entre seus diversos embates, destaca-se em 1997 a detenção por alguns dias em prisão na capital federal, juntamente com outros integrantes do Planet Hemp. A seguir veio a discussão com outros rappers sobre o direcionamento do movimento hip-hop, o que sempre lhe rendeu novos desafetos. Outra polêmica envolvendo o rapper foi a recusa em participar da trilha sonora do filme “Orfeu”, quando faltou ao estúdio de gravação, desagradando Caetano Veloso, que quase chegou a chamá-lo para uma briga física, como noticiado em jornais na época. Ainda em 1997 lançou-se em carreira solo e no ano seguinte gravou o CD “Eu tiro é onda”. Tendo como proposta a  mistura hip-hop com samba, o disco contou com as participações de João Donato nas faixas “Espancando a macaca” e “Matenha o respeito”, e ainda dos músicos Jota Moraes e Dom Um Romão. Também foi incluída a composição “Rational culture”, pouco conhecida de autoria de Tim Maia e sampleada por Marcelo D2 na faixa “O Império contra-ataca”.

No ano de 2001, com Bruno Levinson, produziu o CD “Marcelo D2 apresenta Hip-hop Rio”.  A ideia do disco surgiu após as festas homônimas que produzia e o contato com as novas bandas e a nova geração do hip-hop da cidade. Todo gravado no estúdio Casa do Caralho, do próprio Marcelo D2, na casa da rua Mário Portela, em Laranjeiras, o disco apresentou nas 13 faixas a nova geração e cascudos, entre os quais B Negão, Mahal, 3Pretos, Inumanos, Gustavo Black Alien, Speed, Negativa, Núcleo Sucata Sound, Artigo 331, Esquadrão Zona Norte e o próprio Marcelo D2 na faixa “A maldição do samba”.

No ano de 2003, fez o show de encerramento do “Projeto ATL Rio de Verdade nas quintas de janeiro”, na Lona da Marina da Glória, no Rio de Janeiro e apresentou-se como convidado do grupo Bossacucanova, no Ballroom, também no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, pela gravadora Sony, lançou o segundo CD solo “À procura da batida perfeita”, no qual incluiu “Pra posteridade”, a faixa-título “À procura da batida perfeita” (c/ Davi Corcos);  “Vai vendo” (c/ Mário Caldato); “Lordeando” (DJ Marechal) e participação especial de seu filho mais velho Stephan; “A maldição do samba” (c/ Zé Gonzales), “Pilotando o bonde da excursão” (c/ Davi Corcos e Mauro Berna), “Profissão M.C”; “CB: Sague bom” (c/ Will.I.AM e Davi Corcos); “Batidas e levadas”; “Re: batucada” e a faixa  “Qual é” (c/ Davi Corcos), na qual recita a letra de “Mandamentos Black”, composição de Gérson King Combo, Pedrinho e Augusto César. A música virou o primeiro clipe do disco e as gravações do clipe contaram com as presenças de Arlindo Cruz, Bezerra da Silva e cantores de rap do Rio de Janeiro. O CD foi lançado neste mesmo ano em show no “Festival Eletronika”, em Belo Horizonte. Participou, ao lado de Roberto Frejat, do show de Bezerra da Silva no Olimpo, no Rio de Janeiro e do show de Bebeto, no Ballroom. Ainda em 2003, participou do CD “Meu bom juiz”, de Bezerra da Silva, no qual interpretou, em dueto com o anfitrião, a faixa “Garrafada do Norte”. Neste mesmo ano, apresentou-se no Canecão, recebendo como convidado Bezerra da Silva e ganhou da Video Music Brasil (MTV) três prêmios por seu clipe “Qual é”, inclusive, o de “Melhor Clipe do Ano” e “Melhor Clipe de Rap”. Cantou para uma plateia fashion na boate paulista Daslu, irritando os puristas do rap.

Em 2004, com Nando Reis, apresentou-se no “Festival Skol Rio”, na Lona da Marina da Glória, evento que reuniu também a roqueira baiana Pitty e o Nando Reis (ex-Titã), produzido por Liminha, ex-guitarrista do grupo Mutante. Transferiu-se para São Paulo, cidade na qual permaneceu durante sete meses divulgando o CD “À procura da batida perfeita”, que chegou à marca de 100 mil cópias vendidas devido aos sucessos “Qual é?” e “Lordeando”, composição em parceria com seu filho Stephan, que também participou da faixa. Participou do evento “Hip hop manifesta” realizado no Riocentro, no Rio de Janeiro.

Outro de seus famosos desafetos é o juiz menores Siro Darlan, com quem  teve vários embates, culminando em 2004 com o processo do juiz ao rapper por este ter feito apologia às drogas perante o próprio filho Stephan, na apresentação no evento “Hip hop Manifesta”. Neste mesmo ano de 2004 foi um dos artistas mais premiados no “Prêmio Tim de Música de 2004”, evento no qual recebeu os prêmios de “Melhor Disco Pop-Rock” pelo CD “À procura da batida perfeita”, “Melhor Cantor”, pelo voto popular e ainda “Melhor Canção”, pelo música “À procura da batida perfeita”. Neste mesmo ano ganhou o “Melhor CD” no “11º Prêmio Multishow de Música”. Ainda em 2004 lançou o CD e DVD “Acústico MTV”, nos quais contou com as participações especiais de B Negão na faixa “Contexto”; do filho Stephan em “Lordeando”; de Will Lam na música “CB” e do pianista João Donato nas faixas “Mantenha o respeito” e “Espancando a macaca”. O CD recebeu o “Disco de Ouro” em apenas uma semana de vendas.

No ano de 2005 recebeu como convidados Gustavo Black Alien, a dupla de rappers paulista Helião e Negra Li e o grupo de rock do Espírito Santo Dead Fish em show no Circo Voador, no Rio de Janeiro, nas comemorações do feriado de São Sebastião, padroeiro da cidade. Neste mesmo ano apresentou-se no Cité de La Musique, em Paris, recebendo elogios da crítica musical Véronique Mortaigne, do jornal Le Monde. Ainda na França, apresentou o mesmo show na cidade de Dijon, no “Festival Made In Brasil”. Ainda neste ano no “12º Prêmio Multishow de Música Brasileira”, ganhou o prêmio como “Melhor Cantor” e ainda “Melhor CD” com “Acústico MTV” e ainda de “Melhor Clipe de MPB” no “VMB da MTV 2005”.

No ano de 2006, ao lado da roqueira Pitty e do grupo Luxúria, foi uma das atrações do “West Festival 2006”, evento acontecido no Luso Brasileiro, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano lançou o CD “Meu samba é assim”, com participações especiais de Alcione na faixa “Pra que amor”; Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho em “A dor de verdade”; Mr. Catra em “Gueto”; Chali Tuna em “Thats what I get” e a participação dos rappers Marechal e Aori na faixa “Lapa”. No disco interpretou “Sinistro”, “É preciso lutar”, “Meu samba é assim”, “Falador”, “Gueto”, “Meu samba é assim”, “É assim que se faz”, “Nunca esquecer”, “Nega”, “Carta ao presidente”, “Um filme malandragem”, “Malandragem” e “Cordias saudações”.

No ano de 2007 participou da gravação do primeiro DVD e CD do selo Zecapagodisco, em show na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, com produção de Zeca Pagodinho, direção musical de Rildo Hora e apresentação de Ricardo Cravo Albin. Na ocasião iterpretou em dueto com a roqueira baiana Pitty a composição “Edmundo” (versão para In the mood de J. Garland e A. Razaf) e antigo sucesso da cantora Elza Soares lançado em 1960. Ainda em 2007 particpou do filme “L.A.P.A.”, de Emílio Domingos e Cavi Borges. Em 75 minutos a fita documentou a atuação de rappers em um dos principais pontos da boemia carioca, o bairro da Lapa, no centro da cidade. Dentre os artistas participantes estão, além do próprio Marcelo D2, Bnegão, Black Alien,  Aori, MC Marechal, MC Chapadão (de Irajá), MC Funkeiro (de São Gonçalo), Iky, Macarrão, Buiú da 12, Airão Crespo, Gil, Kelson e Sheep. Neste mesmo ano o filme recebeu “Menção Honrosa” na “Mostra Internacional do Filme Etnográfico”. No ano seguinte, em 2008 o filme ganhou o prêmio de “Melhor Longa” no “Cameramundo – Independent Film Festival” e foi tema de debate com as participações dos MCs Marechal, Fankeiro e Chapadão, após exibição, no Auditório Oi Futuro, no evento “Encontros O Globo”. Ainda em 2008 lançou, pela gravadora EMI, o CD “A arte do barulho”, produzido por Mario Caldato, no qual incluiu “Meu tambor”, com participação especial da funkeira, radicada em Nova York, Zuzuca Poderosa; “Desabafo”, com Marcos Valle ao piano e samples da voz da cantora Cláudia em gravação de 1973 da música “Deixa eu dizer” (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza); “Minha missão”, com participação da cantora Roberta Sá, além de o samba-rap “Kush”, uma homenagem do rapper à diamba.

Em 2009, em parceria com o diretor Johnny Araújo, começou a elaborar o roteiro de um longa-metragem autobiográfico. Neste mesmo ano apresentou no Canecão o show “A Arte do Barulho” lançando o novo disco homônimo. No show contou com várias participações especiais, entre as quais DJ Nuts, Fernandinho Beat Box (percussão de boca), Mariana Aydar, Thalma de Freitas, além dos músicos de seu trio Cabeza de Panda, integrado por Mauro Berman (baixo), Lourenço Monteiro (bateria) e Alexandre Vaz na guitarra. No ano seguinte, em 2010, prestou homenagem ao cantor e compositor Bezerra da Silva quando lançou, no Circo Voador, o CD “Marcelo D2 canta Bezerra da Silva”, no qual perfilou parte da obra interpretada pelo sambista pernambucano. No disco, produzido por Leandro Sapucahy, foram incluídas, entre outras, as faixas “Desabafo”, “Bicho feroz”, “Partideiro sem nó na garganta”, “Se não fosse o samba” e “Malandragem dá um tempo”, de autoria de Adelzonilton, Popular P. e Moacir Bombeiro.

No ano de 2011 foi uma das atrações do “Rock In Rio IV”, apresentando-se com grande sucesso de público e crítica no principal espaço do festival, o Palco Mundo. Neste mesmo ano, ao lado de Carlinhos Brown, Sérgio Mendes, Ivete Sangalo, DJ Marlboro, Zeca Pagodinho, Bebel Gilberto e Taio Cruz, participou da trilha sonora do filme “Rio”, de Carlos Saldanha, lançado em vários países do mundo. No ano poserior, em 2012, reformulou e reuniu alguns integrantes para uma nova formação e retorno da banda Planet Hemp, apresentando-se no Circo Voador, no Rio de Janeiro, onde foi iniciada a turnê nacional (Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul e Nordeste) de retorno do grupo com a seguinte formação: Marcelo D2, Bnegão, Black Alien (vocal), Rafael Crespo (guitarra), Formigão (baixo) e Pedrinho (bateria).

Em 2013 lançou o CD “Nada pode me parar”, o sétimo disco solo, no qual interpretou composições inéditas de sua autoria, além de contar com as participações especiais da nova geração do hip hop nacional, entre os quais Stephan (seu filho) e o rapper Shock (ambos do grupo Start), Akira Presidente e o MC Batoré, do coletivo Cone Crew Diretoria). Do disco destacam-se as faixas “Eu já sabia” (c/ Stephan e Hélio Bentes) e “Rio puro suco”, além de “Feeling good”, “Danger zone”, com participação especial de Aloe Blacc, e ainda, “Livre”, com a participação de Like, do grupo de rap Pac Div). Neste mesmo ano fez turnê de lançamento do trabalho por várias capitais do país e nos Estados Unidos. Em suas turnês costumava montar a sua loja de produtos com sua marca estampadas (Nova York, no East Village); em São Paulo (na Galeria Ouro Fino) e no Rio de Janeiro (na Galeira River) com itens como bonés, camisetas, CDs, vinis, chinelos, tênis, fones, skates e seda para enrolar cigarros. Ainda em 2013 foi uma das principais atrações do “Festival Central Park SummerStage – Brasil Summerfest”, no qual se apresentou com a banda Planet Hemp, tendo também atrações brasileiras como o rapper Emicida, Gaby Amarantos, Seu Jorge, Casuarina, Tulipa Ruiz, Toninho Hora e Alexia Bomtempo. Fez lançamento do CD “Nada pode me parar”no Circo Voador, na Lapa,no centro do Rio de Janeiro, para o qual levou sua loja intenerante com seus produtos personalizados, tais como bonés e outros acessórios para rappers e skatistas, além de exibir em uma tela no show, transmissões com depoimentos de amigos como Arlindo Cruz e Martinália.

Em 2014 lançou um clipe para cada faixa do CD “Nada pode me parar”. No ano seguinte, em 2015, pela gravadora Universal Music, lançou o CD e DVD “Marcelo D2 ao vivo!”, como celebração dos 20 anos de carreira. Com direção de Rafael Kent, o DVD trouxe o registro do show “Nada pode me parar”, no palco Áudio Club, em São Paulo. O DVD trouxe a participação especial do rapper paulista Thaíde, na faixa “Eu tive um sonho” (Thaíde e Rodrigo Nuts em versão de Marcelo D2); do cantor Sain em “Eu já sabia” (Marcelo D2, Sain, Faruk Baren e Nave); B Negão na composição “Contexto” (Marcelo D2, B Negão, Black Alien, Zé Gonzalez e Rafael Crespo) e também na faixa “Stab” (Marcelo D2, Bnegão, Zé Gonzalez e Rafael Crespo, 2000) e a faixa “Qual é”. As imagens foram captadas no show na casa paulistana Áudio Clube SP, também foi incluído no DVD o making off da gravação do show nos extras, com mixagem de David Corcos.

No ano de 2016 foi um das principais atrações da abertura do evento “Jogos Olímpicos Rio 2016”, dividindo o palco com Zeca Pagodinho interpretou o samba-rap “Deixa a vida me levar” (Serginho Meriti e Eri do Cais), no Maracanã. Fez turnê pela Europa, na cidade de Bilbao, na Espanha.No ano seguinte, em 2017, voltou a integrar a banda Planet Hemp, com a qual se apresentou no Circo Voador, na Lapa, no show de lançamento documentário “Legalize Já”, um filme de Johnny Araújo e Gustavo Bonafé sobre a trajetória da banda. Desenvolveu o projeto pessoal “Sambadrive”, fazendo o show homônimo em turnê pela Europa; Genebra, Luxemburgo, Berlim, Amsterdã, Paris, Londres, Coimbra e Colônia. No Brasil apresentou o espetáculo no Blue Note, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, acompanhado por sua banda integrada por Pablo Lapidusa (escaleta, piano acústico e elétrico), Mauro Bernan (baixo) e Lourenço Monteiro (bateria).

No ano de 2018 foi lançado, em circuito nacional, o filme “Legaliza Já – A Amizade Nunca Morre”, dos diretores Johnny Araújo e Gustavo Bonafé, com direção de fotografia de Pedro Cardilho e roteiro de Felipe Braga, baseado em argumento do próprio Marcelo D2. Estrelado pelos atores Renato Góes (no papel de Marcelo D2) e Ícaro Silva (no papel de Skunk), o filme conta a história do início da banda Planet Hemp, no Rio de Janeiro na década de 1990.

No ano de 2019 lançou o longa-metragem “Amar é Para os Fortes”, com direção e roteiro seus. A trilha sonora, com 12 composições inéditas, foi gravada em CD no qual o diretor contou com as participações especiais de Gilberto Gil, Alice Caymmi, Marisa Monte e Rincon Sapiência, entre outros. Em entrevistas a Leonardo Lichote (Segundo Caderno), jornal O Globo, declarou o diretor:

“Se quero fazer um filme de hip hop, por que não samplear imagens? Então pus referências a filmes como “Kids”, naquela cena de porradaria. Meu filme abre com uma cena que remete a “Wild style”, com dois rappers rimando sentados numa escada. Tem “La haine”, “Poderoso Chefão”, “Cidade de Deus” e “A Febre do Rato”, de Cláudio Assis, enquanto rola uma música que fiz chamada Febre do rato.”

Em 2020 lançou o CD inédito e autoral “Assim tocam meus tambores”, com participações especiais de Baco Exu do Blues, BK, Criolo, Helio Bentes, Juçara Marçal, Ogi, Russo Passopusso, Tropkillaz.

Durante a carreira vendeu mais de 1,5 milhão de cópias de seus vários discos e fez diversas turnês pela Europa, apresentando-se em mais de 15 países. Fez turnê por várias cidades dos Estados Unidos, onde se apresentou, em show lotado, no Hollyood Bowl e no Central Park, em Nova York.

Em 2023 lançou o álbum “Iboru – que sejam ouvidas nossas súplicas”, com 16 faixas e participações especiais de Nega Duda em “Povo de fé” (Marcelo D2 e Luiz Antônio Simas), Mateus Aleluia em “Kalundu” (Marcelo D2 e Kiko Dinucci), Metá Metá em “Tempo de opinião” (Marcelo D2 e Kiko Dinucci), BNegão e Pedro Garcia em “Abrindo os caminhos” (Marcelo D2, Cabelo, Kiko Dinucci e Nave), Alcione e Mumuzinho em “O samba falará mais alto” (Marcelo D2 e João Martins), Romildo Bastos em “Gandaia” (Romildo Bastos e Sergio Fonseca), Zeca Pagodinho e Xande de Pilares em “Bundalelê” (Carlos Sena, Otacílio da Mangueira, Xande de Pilares, Zeca Pagodinho).

Discografias
2023 Pupila Dilatada CD Iboru – que sejam ouvidas nossas súplicas
2020 Independente CD Assim tocam meus tambores
2018 Pupila Dilatada CD Amar é para os fortes
2015 Universal Music DVD Nada pode me parar (Ao vivo)
2013 EMI Music CD Nada pode me parar
2010 EMI CD Marcelo D2 canta Bezerra da Silva
2008 EMI CD A arte do barulho
2006 Sony/BMG CD Meu samba é assim
2004 Sony/BMG CD Marcelo D2 - Acústico MTV
2004 Sony/BMG DVD Marcelo D2 - DVD Acústico MTV
2003 Sony CD À procura da batida perfeita
2003 Sony Music DVD À procura da batida perfeita
2002 DVD Planet Hemp - DVD MTV ao vivo

(c/ Planet Hemp)

2000 Chaos/Sony CD A invasão do sagaz homem fumaça

(c/ Planet Hemp)

1998 Sony Music CD Eu tiro é onda
1997 Chaos/Sony CD Os cães ladram mas a caravana não pára

(com Planet Hemp)

1995 Chaos/Sony CD Usuário

(com Planet Hemp)

Obras
A Maldição do samba - (c/ Zé Gonzales)
Abrindo os caminhos - (c/ Cabelo, Kiko Dinucci e Nave)
Alto da colina
Atividade na laje - (c/ Stephan Peixoto)
Batidas e levadas
CB Sangue bom - (c/ Will.I.AM e Davi Corcos)
Depois da tempestade - (c/ Sacha Rudy)
Desabafo - (c/ Ivan Guimarães, Nave e Ronaldo Monteiro de Souza)
Febre do rato
Filho de Obá - (c/ Rogê e Rincon Sapiência)
Futuro do país
Gueto
Kalundu - (c/ Kiko Dinucci)
Kush
Legalize já
Loadeando - (c/ DJ Marechal)
Meu tambor
Minha missão
O samba falará mais alto - (c/ João Martins)
Pilotando o bonde da excursão - (c/ Davi Corcos e Mauro Berna)
Povo de fé - (c/ Luiz Antônio Simas)
Pra curara a dor do mundo - (c/ Luiz Antônio Simas e Nave)
Pra posteridade
Prelúdio em rimas cariocas
Profissão M.C
Qual é
Qual é - (c/ Davi Corcos)
Re: batucada
Resistência cultural - (c/ Nave Beatz)
Saravá - (c/ Barba Negra)
Surpresa Pros amigos
Tambor de aço - (c/ Tropkillaz e Nave)
Tempo de opinião - (c/ Kiko Dinucci)
Vai vendo - (c/ Mário Caldato)
À procura da batida perfeita - (c/ Davi Corcos)
Shows
2004 Pitty, Nando Reis e Marcelo D2. Festival Skol Rio. Lona da Marina da Glória, RJ.
2003 Video Music Brasil 2003 MTV, Palácio do Anhembi, SP.
11º Prêmio Multshow de Música. Teatro Municipal do Rio de Janeiro, RJ.
Bossacucanova convida Marcelo D2. Ballroom, RJ.
Hip hop Manifesta. Riocentro, RJ.
Marcelo D2 convida Bezerra da Silva. Canecão, RJ.
Marcelo D2. Butique Daslu. São Paulo, SP.
Marcelo D2. Canecão, RJ.
Planet Hemp e convidados. Circo Voador, RJ.
Planet Hemp. Club Soda de Montreal, Canadá.
Planet Hemp. Festival de Verão de Quebec, Canadá.
Planet Hemp. Turnê em Portugal e Inglaterra.
Projeto ATL Rio de Verdade nas quintas de janeiro. Lona da Marina da Glória. RJ.
Rio Mix Festival (c/ Cidade Negra, Capital Inicial, O Rappa e Skank). Riocentro, RJ.
Show Planet Hemp - MTV ao vivo. Galpão da Barra. RJ.
Show Planet Hemp. Linhares. Espírito Santo.
Show À procura da batida perfeita. Festival Eletronika. Belo Horizonte, MG.
West Festival 2006. Luso Brasileiro, Campo Grande, RJ.
À procura da batida perfeita. Fundição Progresso, RJ.
À procura da batida perfeita. Ginásio do Estádio Caio Martins, Niterói, RJ.
Clips
2003 "Qual é". Direção Johnny Araújo
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

CHAVES, Xico e CYNTRÃO, Sylvia. Da Pauliceia à Centopeia Desvairada – as Vanguardas e a MPB. Rio de Janeiro: Elo Editora, 1999.

LEVINSON, Bruno. Vamos fazer barulho! Uma radiografia de Marcelo D2. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S/A, 2007.

PEIXOTO, Luiz Felipe de Lima, e SEBADELLE, Zé Octávio. 1976 – Movimento Black Rio. Rio de Janeiro. Editora José Olympio, 2016.