Instrumentista. Arranjador.
Aprendeu a tocar trombone com o pai, José Gagliardi. Em 1938 entrou para o curso de iniciação musical na E.N.M.U.B, do Rio de Janeiro (RJ).
Começou sua carreira profissional atuando em distintas orquestras. No final da década de 1930, tocou na Orquestra Simom Bountman. Suas primeiras gravações foram músicas de carnaval em 1939. Atuou e diversas orquestras na Odeon, acompanhando, entre outros, Francisco Alves, o Trio de Ouro, Sílvio Caldas e Emilinha Borba. De 1940 a 1943, tocou na Orquestra de Carlos Machado, atuou no Cassino da Urca (RJ) e participou também de sua excursão pela Argentina em 1943. Atuou, no ano seguinte, na Orquestra de Zacarias, tendo viajado pelo Uruguai. Recebeu o prêmio de melhor trombonista brasileiro, dado pela Associação dos Fã-clubes Brasileiros e pelos programas Cinemúsica e Disc-jockey. Atuou também na Orquestra Sílvio Mazzuca, de 1954 a 1956, na Orquestra Simonetti, em 1961, na Dick Farney e sua Orquestra, em 1963, na Orquestra Élcio Álvarez, em 1966, e na Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, como primeiro trombone solista. Tocou na Rádio Globo (RJ), de 1944 a 1947, e na Rádio Nacional, de 1948 a 1951. De 1946 a 1953, atuou com o conjunto Os Copacabanas. Em 1957 lançou o LP “Escola de dança”. Em 1959 gravou com sua orquestra o LP “Dançando com G. Gagliardi e sua orquestra” e no ano seguinte, “Baile das Américas”. No mesmo ano, gravou o LP “Saudosa Colombina (Músicas de Carnavais Passados) – Gilberto Gagliardi e Sua Orquestra”, pela gravadora Continental interpretando as marchas “Mamãe Eu Quero”, de Jararaca e Vicente Paiva, “Marcha do Gago”, de Armando Cavalcanti e Klécius Caldas, “Quem Sabe, Sabe”, de Joel de Almeida e Carvalhinho, “Alá-Lá-Ô”, de Haroldo Lobo e Antônio Nássara, “Pescador”, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, “Carolina”, de Bonfíglio de Oliveira e Hervé Cordovil, “Deixa A Lua Sossegada”, de João de Barro e Alberto Ribeiro, “Upa Upa (Meu Trolinho)”, de Ary Barroso, “China Pau”, de João de Barro e Alberto Ribeiro, e “Dama das Camélias”, de João de Barro e Alcyr Pires Vermelho, e os sambas ” Obsessão”, de Mirabeau e Milton de Oliveira, “Fita Amarela”, de Noel Rosa, “Onde Estão Os Tamborins”, de Pedro Caetano, “Império do Samba”, de Zé da Zilda e Zilda do Zé, “Maior É Deus”, de Felisberto Martins e Fernando Martins, “Se Eu Errei”, de Francisco Neto, Humberto de Carvalho e Edu Rocha, “Vou Sambar Em Madureira”, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, “É Bom Parar”, de Rubens Soares e Noel Rosa, “Agora É Cinza”, de Alcebíades Barcelos “Bide” e /Armando Marçal “Marçal”, “Samba Fantástico”, de José Toledo, Jean Manzon, Leônidas Autuori e Paulo Mendes Campos, e “A Voz do Morro”, de Zé Keti.
Ao lado de parceiros como Clóvis Mamede, Domingos Namone e Romeu Rocha, compôs vários choros. De 1968 a 1974, atuou como arranjador de músicas de carnaval dos compositores da SICAM, e participou nas trilhas sonoras de vários filmes produzidos pela Vera Cruz.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.