1.001
Nome Artístico
Francisco Braga
Nome verdadeiro
Antônio Francisco Braga
Data de nascimento
15/4/1868
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
4/3/1945
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Maestro. Compositor. Internado no Asilo de Meninos Desvalidos ali fez seus primeiros estudos musicais chegando a ser regende da banda dessa instituição. Posteriormente estudou no Imperial Conservatório de Música onde aprendeu clarineta com o professor Antônio Luís de Moura obtendo medalha de ouro por seu desempenho. Em 1890, foi para Paris a fim de estudar no Conservatório de Música obtendo o primeiro lugar no concurso de ingresso. Residiu durante algum tempo na Alemanha. Em 1902, foi nomeado professor de fuga, contraponto e composição do Instituto Nacional de Música e do Instituto Profissional João Alfredo, novo nome do ex- Asilo dos Meninos Inválidos. Em 1909, foi nomeado instrutor de bandas da Marinha do Brasil. A partir de 1912, e durante vinte anos, sozinho ou em sociedade com Francisco Nunes esteve à frente da Sociedade de Concertos Sinfônicos do Rio de Janeiro. Em 1938, aposentou-se como professor do Instituto Nacional de Música.

Dados artísticos

Seu nome ficou marcado na história da música brasileira como compositor do “Hino à bandeira” que recebeu versos do poeta Olavo Bilac. Em 1887, teve sua primeira composição executada, a “Fantasia-abertura” pela Sociedade de Concertos Populares. Em 1900, sua ópera “Jupira” foi apresentada no Teatro Lírico do Rio de Janeiro com regência sua. Em 1905, compôs o “Hino à bandeira”. A primeira gravação do “Hino à bandeira” ocorreu por volta de 1910 pela Banda do Corpo de Bombeiro que registrou também o dobrado “Barão do Rio Branco”. Pouco depois, em data não precisa houve uma gravação por parte da Banda Phoenix. Em 1914 o “Hino à bandeira” foi regravado pela Banda Odeon sendo regravado pouco depois pela Banda do Batalhão Naval com vocal de Vicente Celestino. Em 1929, a Orquestra Filarmônica do Rio de Janeiro gravou pela Odeon o “Hino à bandeira”. Em 1934, o “Hino à bandeira” foi gravado pela Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro em disco Columbia. Em 1940, o “Hino à bandeira” foi gravado em versão instrumental pela Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro em disco Odeon. No mesmo ano, a mesma banda gravou o dobrado “Barão do Rio Branco”. Em 1983, teve o hino-marcha solene “Brasil” e a marcha “Barão do Rio Branco”, gravadas por uma banda especialmente formada e regida pelo maestro e clarinetista Luiz Gonzaga Carneiro para o LP “Banda de música de ontem e de sempre”, lançado pela FENAB. Em 1998, o “Hino à bandeira” foi relançado numa gravação da Banda do Corpo de Fuzileiros Navais no CD “Hinário nacional”. Em 2017, seu “Hino à bandeira”, com Olavo Bilac, foi gravado pela cantora Rosemary no CD “Ouço soprar o vento”.

Obras
Barão do Rio Branco
Hino á bandeira
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.