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Nome Artístico
Francisco Alves
Nome verdadeiro
Francisco de Morais Alves
Data de nascimento
19/8/1898
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
27/9/1952
Local de morte
Pindamonhangaba, SP
Dados biográficos

Cantor. Compositor.

Filho do imigrante português José Alves, que se tornou dono de um bar na Rua do Acre, onde nasceu e se criou. Teve quatro irmãos, entre os quais, José, conhecido por Juca, que morreu durante as epidemia de gripe espanhola e Ângela, a mais velha e que o presenteou com uma guitarra, seu primeiro instrumento musical.

Desde cedo ganhou o apelido de Chico que o acompanhou por toda a vida. Começou a trabalhar cedo, como engraxate na Rua Evaristo da Veiga, para onde a família se mudou com dificuldades financeiras. Por essa época, costumava acompanhar os ensaios da banda de música do batalhão da Polícia Militar situado na mesma rua onde morava. Em 1916 empregou-se na fábrica de chapéus Mangueira onde ficou por pouco tempo indo trabalhar em seguida na fábrica de chapéus Júlio Lima. Em 1918 começou a trabalhar como chofer de táxi. Com a morte do pai e o casamento das irmãs, passou a morar sozinho com a mãe. Em 1920 casou-se com Perpétua Guerra Tutóia, a quem conhecera num cabaré na Lapa. O casamento, que foi feito contra a vontade da família, durou pouco tempo entretanto.

Pouco depois conheceu a atriz Célia Zenatti, com quem se casou e viveu por 28 anos. Durante alguns anos, mesmo já atuando como cantor e com diversos discos gravados, continuou trabalhando como chofer de táxi.

Decidido a ser cantor, fez seu primeiro teste com o maestro Antônio Lago, pai do ator Mário Lago. Foi aprovado, mas ainda assim preferiu tomar aulas de canto com o barítono Sante Athos por um período de três meses.. Em 1948, apaixonou-se por Iraci, sua companheira dos últimos quatro anos de vida.

Morreu em 1952, vitimado por um acidente na Estrada Rio-São Paulo. Voltando de uma viagem à capital paulista, tendo ao lado o amigo Haroldo Alves, o carro (um Buick) por ele mesmo dirigido foi atingido por um caminhão que vinha na contramão e o cantor morreu instantaneamente, próximo à cidade de Pindamonhangaba (SP). No trajeto até o Rio de Janeiro o caixão foi sendo recoberto de flores pelo povo.

Após sua morte, a ex-mulher Perpétua, foi à justiça reivindicando seus filhos como herdeiros, o que ocasionou grande celeuma pública.

Dados artísticos

Iniciou a carreia artística em 1918 cantando no Pavilhão do Méier para o qual foi aprovado num teste e depois, no Circo Spinelli. A companhia com a qual trabalhava dissolveu-se pouco depois devido aos efeitos provocados na cidade pela gripe espanhola. Um ano depois a companhia voltou a se organizar em Nitérói e o cantor voltou a atuar nela. Por essa época conheceu numa festa o compositor Sinhô que o apresentou a João Gonzaga, filho de Chiquinha Gonzaga e que estava montando uma fábrica de discos. Em 1919 lançou pelo selo Popular seu primeiro disco interpretando de Sinhô a marcha carnavalesca “O pé de anjo” e o samba “Fala, meu louro”, com o próprio Sinhô fazendo o ritmo e o côro formado por algumas de suas sobrinhas e seu amigo Juvenal Fontes. Em seguida, gravou do mesmo Sinhô o samba “Alivia esses olhos”. Continuou frequentando rodas de boemia em bairros como a Lapa e Vila Izabel, travando conhecimento com inúmeros artistas, entre os quais, Pixinguinha.

Em 1921 conheceu o empresário José Segreto que o convidou a trabalhar no Teatro São José, em revistas musicais, interpretando sucessos de Vicente Celestino. Em 1924 gravou na Odeon, sem muito sucesso, o samba “Miúdo”, de Sebastião Santos Neves, e de Freire Júnior as marchas carnavalescas “Não me passo prá você” e “Mademoiselle cinema”. Em 1927, realizou uma série de gravações mecânicas na Odeon, interpretando diversas composições de Sinhô como o maxixe “Cassino Maxixe” e o samba “Ora vejam só”, esta última, grande sucesso do carnaval daquele ano. No mesmo ano gravou o samba “O que é nosso”, de José Luiz de Morais, o Caninha, que havia vencido um concurso carnavalesco promovido pelo jornal “Correio da Manhã”. Ainda no mesmo ano, tornou-se o primeiro cantor a gravar no novo sistema eletrônico na Odeon, lançando a marcha “Albertina” e o samba “Passarinho do má”, ambas do dançarino e compositor Duque.

Em 1928 gravou outros sucessos de autoria de Sinhô, os sambas “A favela vai abaixo” e “Não quero saber mais dela”, este último em dueto com a atriz Rosa Negra, com a qual gravou também o fox trote “Moleque namorador”, de Hekel Tavares e o fox “Que pequena levada” de J. Francisco de Freitas. Neste ano gravou pela Odeon 62 discos, num total de mais de 120 músicas, um verdadeiro record. Dentre essas diversas gravações, constam as do maxixe “Não posso  comer sem molho”, de Bonfíglio de Oliveira e o samba “Foram-se os malandros”, de Donga, feitas com o cantor Gastão Formenti. Registrou também, o samba “Festa de branco”, de Pixinguinha, a modinha “Leão da noite”(Flor de sangue), de Pedro de Sá Pereira, o tango “Adios mis farras”, de Raul Roulien e a valsa “Castelo de luar”, de Joubert de Carvalho. Também em 1928 gravou na Parlophon, subsidiária da Odeon, a canção “A voz do violão”, de sua autoria e Horácio de Campos.  Os versos  da canção foram compostos originalmente para a revista “Não é isso que eu procuro”, encenada pela companhia de Jardel Jércolis e que não alcançou sucesso, foram musicados pelo cantor que se entusiasmou com o poema, e que acabou por se tornar um marco na sua carreira, sendo regravada ainda mais quatro vezes.

Em 1929 teve duas composições gravadas por Mário Reis, os sambas “Vadiagem”, que foi um dos sucessos do período e “Perdão”. No mesmo ano, alcançou sucesso com a canção “Lua nova”, parceria com Luiz Iglesias e o samba “Amor de malandro”, parceria com Ismael Silva. Dentre os 51 discos que gravou nesse ano, registrou duas composições alusivas ao então canditato à presidência da República Júlio Prestes, a marcha “Seu Julinho vem”, de Freire Jr.  e o samba “Eu ouço falar (Seu Julinho), de Sinhô, além de um samba de Cartola, “Que infeliz sorte”.

Em 1930, entre diversos registros fonográficos, gravou “Quando a mulher não quer”, samba de Caninha, “Dá nela”, samba de Ary Barroso, que foi destaque no carnaval daquele ano, e “Dor de uma saudade”, samba de sua autoria. Com a cantora Gilda de Abreu registrou a valsa canção “Se estou sonhando”, de J. Burke, com versão de Osvaldo Santiago. No mesmo ano gravou o primeiro disco, de uma série de 12 com Mário Reis, interpretando os sambas “Deixa essa mulher chorar”, de Sylvio Fernandes e “Quá quá quá”, de Lauro dos Santos. Participou também de seu primeiro filme, “Coisas nossas”, de Wallace Downey.

Em 1931 gravou dois sambas de sua polêmica parceria com os sambistas do Estácio, Ismael Silva e Nilton Bastos, os sambas “Nem é bom falar” e “olê-leô”. Esta parceria levou a comentários, nem sempre justos e verdadeiros, a respeito da compra de sambas por parte do cantor. Tal fato era verdadeiro em alguns casos, mas não em todos, e, ofuscou um pouco seu talento como compositor. No mesmo ano, lançou o segundo disco com Mário Reis no qual os dois interpretaram “Se você jurar”, parceria com Ismael Silva e Nilton Bastos, que se tornou um grande sucesso e clássico da música brasileira.

Em 1932, lançou dois sambas antológicos, “Para me livrar do mal”, de Noel Rosa e Ismael Silva, e, com Mário Reis, “A razão dá-se a quem tem”, de sua parceria com Ismael Silva e Noel Rosa.  Ainda no mesmo ano, excursionou a Buenos Aires com Mário Reis, Carmen Miranda, Luperce Miranda e Tute. Em 1933, assinou contrato com a Rádio Mayrink Veiga e gravou mais três discos em dupla com Mário Reis, destacando-se os sambas de Noel Rosa “Estamos esperando”, “Tudo que você diz” e o clássico “Fita amarela”, grande sucesso no carnaval daquele ano. No mesmo ano, foi o responsável pelo lançamento de Aurora Miranda, irmã de Carmem Miranda como cantora, com a qual gravou em dueto a marcha “Cai, cai, balão”, de Assis Valente e o samba “Toque de amor”, de Floriano Ribeiro de Pinto. Também na mesma época, gravou com Castro Barbosa o samba “Feitio de oração”, de Noel Rosa e Vadico, que se tornou um clássico da MPB.

Em 1934, excursionou a Porto Alegre juntamente com Noel Rosa, que foi como violonista, o pianista Nonô, o bandolinista Peri Cunha e o cantor Mário Reis, realizando diversas apresentações. No mesmo ano, parrticipou de seu primeiro filme, “Alô, alô, Brasil”, da Waldow-Cinédia, dirigido pelo americano Wallace Downey, com roteiro de João de Barro (Braguinha) e Alberto Ribeiro, lançado no ano seguinte, interpretando “Foi ela”, de Ary Barroso. Ainda no mesmo ano, assinou contrato com a gravadora Victor onde estreou cantando o fox-trot “Dei-te meu coração”, de Franz Lehar, com versão de Orestes Barbosa e a valsa “Por teu amor”, de sua autoria e o mesmo Oreste Barbosa.

Em 1935, gravou com Lamartine Babo a marcha “Grau dez…”, de Lamartine Babo e Ary Barroso. No mesmo ano, lançou em seu programa  na Rádio Cajuti o cantor Orlando Silva. Em 1936 tomou parte no filme “Alô, alô carnaval”, de Adhemar Gonzaga, no qual interpretou “Comprei uma fantasia de pierrô”, de Alberto Ribeiro e Lamartine Babo, “Manhãs de sol”, de João de Barro e Alberto Ribeiro, “Amei”, de Eratóstenes Frazão e Antônio Nássara e “Sonhos de amor”, de Franz Liszt. No mesmo ano, fez sucesso com a valsa “Boa noite amor”, de José Maria de Abreu e Francisco Matoso, composição que marcaria sua presença no rádio, sendo executada como prefixo e sufixo de suas apresentações.  A valsa foi por ele regravada ainda mais duas vezes. Ainda como destaques do ano ficaria o samba “Favela”, de Roberto Martins e Valdemar Silva.

Em 1937, entre outras composições, gravou os sambas “Ando sofrendo”, de Alcebíades Barcelos e Roberto Martins e “Foi você”, de Ataulfo Alves e Roberto Martins e o samba canção “Serra da boa esperança”, de Lamartine Babo. No ano seguinte, gravou 4 composições de Ary Barroso, as marchas “Como as ondas do mar” e “De déu em déu”, e os sambas “Vão pro Scala de Milão” e “Ela sabe e não diz”, e do pernambucano Capiba, o frevo canção “Júlia”. Em 1939, estreou na Columbia lançando com Dalva de Oliveira os sambas “Brasil!”, de Benedito Lacerda e Aldo Cabral e “Acorda Estela”, de Benedito Lacerda e Herivelto Martins. No mesmo ano, foi responsável  pela  primeira gravação de “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, com arranjo antológico de Radames Gnatalli e que contaria com uma discografia das mais extensas na história da Música Popular Brasileira.

Em 1940  tomou parte no filme “Laranja da China”, de Ruy Costa, no qual cantou as músicas “A dama das camélias”, “Despedida de Mangueira” e “Solteiro é melhor”. No ano seguinte, voltou a gravar em dueto com Dalva de Oliveira registrando a “Valsa da despedida”, de R. Burns, com versão de João de Barro e Alberto Ribeiro.  Também em 1941, dois anos após o lançamento de “Aquarela do Brasil”,  fez sucesso com a gravação de “Canta Brasil”, de  Alcyr Pires Vermelho e David Nasser, que  consolidaria o prestígio do  gênero samba-exaltação. Sobre a música, Alcyr  contava que “fez a melodia numa viagem de bonde do Centro à  Tijuca depois de receber a letra de Nasser num encontro casual na Avenida Rio  Branco.  “Canta Brasil” foi gravado na Odeon, com acompanhamento da Orquestra da Rádio Nacional. Nesse mesmo ano, alcançou grande êxito com a valsa “Eu sonhei que tu estavas tão linda”, de Lamartine Babo e Francisco Matoso. Em julho de 1941, retornou à Odeon, gravadora onde permaneceu até 1952, ano de sua morte.

Em 1942, gravou com sucesso o samba “Sandália de prata”, de Pedro Caetano e Alcyr Pires Vermelho. No mesmo ano, impulsionado pelo clima nacionalista provocado pela Segunda Guerra Mundial, gravou a marcha “O “V” da vitória”, de Lamartine Babo e com Dalva de Oliveira o samba “Meu país verdadeiro”, de Herivelto Martins e Pinto Filho. Em 1943 gravou outro sucesso da dupla Pedro Caetano e Alcyr Pires Vermelho, a valsa “Dama de vermelho”. Gravou também a clássica canção “Luar do sertão”, de Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco.

Em 1944 gravou outro grande sucesso carnavalesco, a marcha “Eu brinco”, de Pedro Caetano e Caludionor Cruz. No mesmo ano, gravou novamente com Dalva de Oliveira, desta feita a valsa “Mais uma história de amor”, de Herivelto Martins e Humberto Porto. Mais uma vez, enprestou sua voz ao esforço de guerra e gravou a “Canção do expedicionário”, de Spartaco Rossi e Guilherme de Almeida e a canção “Vitória! Vitória!”, de José Rodrigues Pires. Ainda no mesmo período, reapareceu no cinema participando dos filmes da Cinédia “Berlim na batucada” e “Caídos do céu”.

Em 1945, voltou a gravar composições de Herivelto Martins, muito comum naquele momento de sua carreira, os sambas “Isaura”, parceria de Herivelto e Roberto Roberti, “A guerra acaba amanhã”, de Herivelto e Grande Otelo e “Que rei sou eu?”, de Herivelto e Valdemar Resurreição. No mesmo ano, gravou com o Trio de Ouro o samba “Não é assim que se procede”, de Arnô, Buci, Raul e Henrique. Em 1946, gravou a clássica canção “Minha terra”, de Valdemar Henrique. Composta em 1923, a canção teve outras duas gravações, mas só se tornou sucesso a partir do seu registro. Em 1947, gravou quatro sambas canção que se tornaram clássicos da música popular brasileira, “Marina”, de Dorival Caymmi, “Cinco letras que chora (Adeus)”, de Silvino Neto, “Caminhemos”, de Herivelto Martins e “Nervos de aço”, de Lupicínio Rodrigues.

Em 1948 alcançou sucesso no carnaval com o samba “Falta um zero no meu ordenado”, de Ary Barroso e Benedito Lacerda. No mesmo ano, gravou duas composições de Lupícínio Rodrigues que se tornaram clássicos da música romântica, os sambas “Quem há de dizer”, este uma parceria com Alcides Gonçaves e “Esses moços (Pobres moços)”. Em 1949, gravou os sambas “Chuvas de verão”, de Fernando Lobo; “Velhas cartas de amor”, parceria sua com Klécius Caldas e “Palavras amigas”, de Klécius Caldas e Armando Cavalcanti. No ano seguinte, lançou com sucesso o samba “A Lapa”, de Herivelto Martins e Benedito Lacerda. Gravou no mesmo ano, os sambas “Cadeira vazia”, de Lupicício Rodrigues e “Vem meu amor”, outra parceria sua com Klécius Caldas.

Em 1951, fez sucesso no carnaval com a marcha “Retrato do velho”, de Haroldo Lobo e Marino Pinto, que aludia ao retorno do presidente Getúlio Vargas ao poder. No mesmo ano gravou os sambas “São Paulo coração do Brasil ” e “Sem protocolo”, parcerias com David Nasser. Ainda no mesmo ano, o cantor João Dias gravou da mesma dupla o bolero “Peço a Deus”. Em 1952, gravou de sua parceria com David Nasser, o samba “Todo mundo chora” e a toada “Que saudade”. Gravou também “Milagre impossível”, de sua parceria com René Bittencourt. No mesmo ano, a 10 de setembro, gravou na Odeon, aquele que foi seu último disco, interpretando a canção “Malandrinha”, de Freire Jr. e o samba “A mulher do meu amigo”, de Dênis Brean e Osvaldo Guilherme. Dezesste dias após esta gravação, o cantor morreu vítima de um acidente automobilístico na Via Dutra, quando retornava de São Paulo. Por ocasião de sua morte, assim noticiou o Jornal do Brasil: “O maior cantor brasileiro de todos os tempos, Francisco Alves, morreu em um desastre de automóvel na Via Dutra, no Estado de São Paulo, quando viajava em direção ao Rio de Janeiro. Seu carro chocou-se com um caminhão em plena rodovia, e, explodindo o motor, as chamas envolveram todo o veículo, carbonizando o corpo do querido artista. (…) Era contratado da Rádio Nacional, em cujo elenco artístico estava há 10 anos. Tão logo chegou a notícia do falecimento de Chico Alves, a emissora suspendeu a sua programação habitual em  sinal de luto. As demais emissoras homenagearam igualmente a sua memória fazendo ouvir os seus discos, inclusive a Rádio Jornal do Brasil, que sentiu profundamente a morte do artista das multidões”. Por ocasião do enterro do cantor o mesmo jornal assim noticiou o fato: “Brasil canta “adeus” a Chico Alves: “Adeus, adeus, adeus/Cinco letras que choram/Num soluço de dor”. A canção de Silvino Neto foi o fundo musical  da despedida de Francisco Alves, O Rei da Voz. Sua morte arrancou lágrimas no Brasil inteiro. Os seus restos mortais foram transportados para esta capital durante a noite, e no dia seguinte filas intermináveis passaram diante do seu esquife. Multidões compungidas, chorosas, saudosas do seu ídolo desaparecido. Quem conhecia o artista que se impôs pelos seus predicados vocais e pelos dotes do seu coração, sentiu profundamente o acontecimento que o destino determinara.”

Em 1953, Aracy de Almeida gravou, dele e René Bittencourt, o samba canção “Boite”. Em 1955,  a Atlândida-Argentina-Sonofilms fez o  filme “Chico Viola não morreu”, baseado na história de sua vida, com Cyl Farney no papel do cantor. Em 1981, a canção “A voz do violão”, com Horácio Campos Alves foi regravada por Gilberto Alves no LP “O fino da seresta volume 2”. Sobre sua obra como compositor, observou o musicólogo Vasco Mariz: “Mesmo que, com exagero  lhe fosse negada a autoria de todas as suas músicas , e realmente não há dúvida que muitas delas foram compradas a diversos compositores, uma ficaria, pelo menos, para lhe dar também um título de glória neste setor: a  melodia  com que revestiu os versos de Horácio de Campos e que seria, aliás, o seu prefixo musical: “A voz do violão “.

Em 2002, o selo Revivendo lançou uma caixa com quatro CDs intitulada “Francisco Alves 50 anos depois”, com 92 faixas gravadas por ele, em rememoração ao aniversário de sua morte. Os CDs estão divididos em quatro sessões temáticas: as grandes versões, seresteiro, sambista e carnavalesco. Em 2009, foi levado ao palco do Teatro Bibi Ferreiro, no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro, o espetáculo “Francisco Alves – O Rei da Voz”, com direção de Di Veloso, e Eduardo Cabús no papel principal. O espetáculo cênico-musical narrou a vida do cantor. Em 2013, sua canção “A voz do violão”, com Horácio campos, foi interpretada por Cauby Peixoto no espetáculo “A voz do violão”, no Teatro NET Rio, no Rio de Janeiro. No mesmo ano, o jornalista Artur Xexéo, em crônica escrita para a Revista do jornal O Globo, assim escreveu, atestando ao mesmo tempo a qualidade e popularidade ainda presentes do cantor, e ao mesmo tempo, o esquecimento em que se encontra: “É costume se dizer que a música no Brasil não é uma área de vozes masculinas. Somos um país de cantoras. Eu mesmo repito isso aqui de vez em quando. O Brasil é um país de cantoras. Tenho uma teoria para explicar por que desvalorizamos nossas grandes vozes masculinas, que não são poucas. Vivemos muito tempo sob a sobra do talento de Francisco Alves. Embora esteja meio esquecido, Francisco Alves é considerado até hoje o maior cantor brasileiro. Como  morreu relativamente moço (tinha 52 anos), de forma inesperada (um acidente de automóvel) e no auge da carreira, o país não acompanhou sua decadência, como aconteceu com Orlando Silva e Nelson Gonçalves, só para citar duas vozes do século passado.”

Discografias
[post. 1950] Odeon 33/10 pol. Os duetos de Francisco Alves e Mario Reis

"Na contra-capa, texto de Lúcio Rangel."

[ant. 1980] EMI LP Entrevista com Chico Alves - 25 anos depois

"Encarte com entrevista do intérprete a Miécio Caffé, contendo também caricaturas de Noel Rosa, Carmen Miranda, Orlando Silva, Ary Barroso e Francisco Alves ."

[ant. 1980] Continental LP Francisco Alves
[ant. 1980] EMI-Odeon/Fênix LP Francisco Alves e seus amigos

"Na contra-capa, texto de Francisco A. Aguiar (Chico da Motodiscos)."

[ant. 1970] Odeon LP Francisco Alves

"Na contra-capa, texto de Lúcio Rangel."

[ant. 1970] Odeon LP Francisco Alves e seus amigos

"Na contra-capa, texto de Martim Pescador."

[ant. 1970] Odeon LP O eterno rei

"Na contra-capa, as letras das músicas."

[ant. 1970] Odeon LP Parceiros na glória - Francisco Alves e David Nasser

"Na contra-capa, comentários de Jorge Audi e foto de Francisco Alves no Café que pertenceu a seu pai, rememorando passagens de sua vida a David Nasser."

[ant. 1960] Odeon 33/10 pol. Francisco Alves

Na contra-capa biografia de Francisco Alves.

[ant. 1960] Imperial LP Homenagem ao rei Francisco Alves

Este disco faz parte da série 'Tesouros brasileiros'.

[ant. 1960] Odeon LP O Rei da Voz

"Na contra-capa, texto de Lúcio Rangel."

1992 Collector's Editora Ltda LP O único Rei da Voz - Vol. 1

"Encarte com as letras das músicas. Edição limitada (1000 exemplares) para colecionadores e pesquisadores. Arquivo fonográfico: Collector's Editora Ltda e Fundação Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Disco 1. Junto à capa, fascículo com texto de Fr"

1992 Collector's Editora Ltda LP O único Rei da Voz - Vol. 2

Disco 2. Encarte com as letras das músicas. Junto à capa fascículo com a discografia do intérprete. Edição limitada de 1000 exemplares para colecionadores e pesquisadores. Arquivo fonográfico Collector's Editora Ltda e Fundação MIS do Rio de Janeiro.

1989 EMI/Moto Discos LP Canção do expedicionário

"Na contra-capa, letra da música 'canção do expedicionário', texto de Chico da Moto discos e Geraldo J.de Barros."

1989 Collector's Editora Ltda LP Francisco Alves

"Edição para colecionadores. Na capa-interna, biografia de Francisco Alves e detalhamento de todas as fontes e matrizes que serviram-se os produtores para a criação deste disco."

1988 Collector's Editora Ltda LP Francisco Alves e seus sucessos

"Edição para colecionadores. Na capa-interna, biografia de Francisco Alves e detalhamento de todas as fontes e matrizes que serviram-se os produtores para a criação deste disco."

1988 EMI/Moto Discos LP Homenagem a Francisco Alves

Na contra-capa texto de Geraldo José de Barros.

1987 Collector's Editora Ltda LP Francisco Alves 35 anos depois...

"Álbum duplo. Edição limitada de 1000 exemplares para colecionadores. Na parte central da capa, biografia de Francisco Alves e um pequeno histórico sobre os compositores das músicas por Jairo Severiano."

1986 Collector's Editora Ltda LP Francisco Alves

Este disco faz parte da série Os Ídolos do Rádio - Voll-2

1977 Continental LP Homenagem ao 25o. Aniversário de falecimento do Rei da Voz

"Na contra-capa, texto de J.L. Ferrete."

1975 Odeon LP A voz do rei ...

"Este disco faz parte da série documento - Edição Documento n° 1. Encarte com texto de Miécio Caffé. Desenho e texto intitulado Chico Rey de Denis, Brean, datado de 1951 e publicado no 'Album dos Radorianos' da revista 'Radar' na semana de 29 de junho a 5 "

1974 Continental/Cultural LP Francisco Alves

"Exemplar promocional. Na contra-capa, texto de J.L. Ferrete. Encarte com biografia de Francisco Alves, fotos de compositores e artistas e uma reprodução fotográfica da avenida Beira Mar, no início do século XX."

1973 Odeon LP Chico Viola - Tributo a Francisco Alves

Capa dupla com fotos e histórico sobre o intérprete. Encarte com fotos do intérprete em shows e em sua vida privada.

1971 RCA/Camden LP O Rei da Voz - Vol. 3
1969 Odeon LP Francisco Alves - O cantor eclético
1969 RCA/Camden LP O Rei da Voz - Vol. 2

Série Reminiscências.

1968 RCA/Camden LP Francisco Alves - O Rei da Voz
1968 Odeon LP Francisco Alves interprete Sinhô

"Na contra-capa, comentário de Ary Vasconcelos sobre as músicas."

1968 Musicolor LP O imortal Rei da Voz

"Exemplar promocional. Discos gentilmente cedidos da discoteca do Sr. Miécio Caffe. Na contra-capa, texto de 'Titio' Padua Reis, produtor e apresentador do programa noturno 'Rua das Recordações, 1.100' da Rádio Nacional de São Paulo, setembro de 1968."

1968 Musicolor LP Recordando o rei da voz com Dalva de Oliveira e Orquestra
1967 Odeon LP Os carnavais antigos de Francisco Alves

"Na contra-capa, texto de Ary Vasconcelos sobre as músicas do disco."

1966 Odeon LP O cantor de sempre
1964 Odeon LP O melhor de Francisco Alves

"Na contra-capa, texto de Z. Viana."

1963 RCA/Camden LP Os grandes sucessos de Francisco Alves

"Na contra-capa, pequena biografia de Francisco Alves."

1953 Odeon 78 Malandrinha/A mulher do meu amigo
1952 Continental 78 Até a volta/numa noite assim
1952 Odeon 78 Brasil de amanhã/Canção da criança
1952 Odeon 78 Confete/Todo mundo chora
1952 Continental 78 Dama das camélias/Ela teve razão
1952 Continental 78 Dona Rita/Triste pierrô
1952 Odeon 78 Ela/Que saudade
1952 Continental 78 Fiz um samba/Termina assim esse romance
1952 Continental 78 Linda judia/Céu e mar
1952 Continental 78 Linda mexicana/Solteiro é melhor
1952 Odeon 78 Macaco quer banan/Pra que sofrer
1952 Odeon 78 Milagre impossível/Felicidade
1952 Odeon 78 No tempo da valsa/Falando a verdade
1952 Continental 78 Quem chorou fui eu/Despedida de Mangueira
1952 Continental 78 Sob a máscara de veludo/Ao ouvir esta canção hás de pensar em mim
1952 Odeon 78 Tempo feliz/Pra São João decidir
1952 Odeon 78 Valsa dos namorados/Pra esquecer
1952 RCA Victor 78 É bom parar/Foi ela
1951 Odeon 78 A voz do violão/Lua nova
1951 Odeon 78 Canção de Natal do Brasil/Sinos de Natal
1951 Odeon 78 Convite ao samba/Longa caminhada
1951 Odeon 78 Estranha melodia/Baia da Guanabara
1951 Odeon 78 Retrato do velho/Largo do estácio
1951 Odeon 78 Saudades do passado/Não sei
1951 Odeon 78 São Paulo coração do Brasil/Sem protocolo
1950 Odeon 78 Aquarela mineira (I)/Aquarela mineira (II)
1950 Odeon 78 Boa noite amor/Na estrada do bosque
1950 Odeon 78 Cadeira vazia/Vem meu amor
1950 Odeon 78 Deus lhe pague/Lili
1950 Odeon 78 Forasteiro/Maria Rosa
1950 Odeon 78 Holandesa (c/Dalva de Oliveira)/Se o divórcio vier
1950 Odeon 78 No jardim dos meus amores/Marcha dos brotinhos
1950 Odeon 78 Ximango/A Lapa
1949 Odeon 78 Chuvas de verão/Maria bonita
1949 Odeon 78 Estou com tudo/Pode matar que é bicho
1949 Odeon 78 Inútil/Beduína
1949 Odeon 78 Luar do sertão/Cidade de São Sebastião
1949 Odeon 78 Palavras amigas/Quando te encontrei
1949 Odeon 78 Uma apresentação/Maior é Deus
1949 Odeon 78 Velhas cartas de amor/A noite triste em que você não vem
1948 Odeon 78 Esses moços (Pobreas moços)/Talvez, talvez, talvez, talvez
1948 Odeon 78 Mal-me-quer, bem-me-quer/Falta um zero no meu ordenado
1948 Odeon 78 Pra que recordar/Madrugada
1948 Odeon 78 Quem há de dizer/Maria lá-ó
1948 Odeon 78 Rasguei o meu pierrô/Telefona lá pra casa
1948 Odeon 78 Vidas mal traçadas/Um sonho que passou
1947 Odeon 78 Ave Maria/Nervos de aço
1947 Odeon 78 Bahia com "H"/Caminhemos
1947 Odeon 78 Cinco letras que choram (Adeus)/Você e a valsa
1947 Odeon 78 Duas almaS/Dez minutos mais
1947 Odeon 78 Mademoiselle/Canção romântica
1947 Odeon 78 Maria/Marina
1947 Odeon 78 Mexicanita (c/Dalva de Oliveira)/Palhaço
1946 Odeon 78 Adeus pampa minha/O cigano
1946 Odeon 78 Amada mia/Fracasso
1946 Odeon 78 Andorinha (c/Dalva de Oliveira)/Olinda
1946 Odeon 78 Deslumbramento/Minha terra
1946 Odeon 78 Não me conheço mais
1946 Odeon 78 Te quero, disseste/Para sempre teu
1946 Odeon 78 Tristeza Marina/Frenesi
1945 Odeon 78 A guerra acaba amanhã/Que rei sou eu?
1945 Odeon 78 Cristal/E a noite continua
1945 Odeon 78 Deus salve a América/Granada
1945 Odeon 78 Haja carnaval ou não/Não é assim que se procede

(c/o Trio de Ouro)

1945 Odeon 78 Isaura/Vida de pobre
1945 Odeon 78 Mato verde/Coração iluminado
1945 Victor 78 Na virada da montanha/Canção do meu amor
1945 Odeon 78 Nanci/Adios muchachos
1945 Odeon 78 Noite santa silenciosa/Amanhã vem Papai Noel/Natal

(c/o Trio de Ouro)

1945 Odeon 78 O dia em que me queiras/Outrora
1945 Odeon 78 Palacete do Catete/vaidosa
1945 Odeon 78 Ponciana./Amor
1945 Odeon 78 Santa/rei sem coroa
1945 Victor 78 Sem ela/Só nóis dois no salão e essa valsa
1945 Victor 78 Serra da boa esperança/Misterioso amor
1945 Odeon 78 malaguenha(c/Dalva de Oliveira)/Se a vida não melhorar
1944 Odeon 78 A lavadeira
1944 Odeon 78 Adeus/Enfrenta o trabalho
1944 Odeon 78 Apogeu/Teu erro
1944 Odeon 78 Canção do expedicionário/Vitória!Vitória
1944 Odeon 78 Chuá.chuá/Oi, iaiá baiana
1944 Odeon 78 Eu brinco
1944 Odeon 78 Mais uma história de amor (c/Dalva de Oliveira)/Ternura
1944 Odeon 78 Nunca saberás/Uma valsa azul
1944 Odeon 78 Odete

(c/Trio de Ouro)

1944 Continental 78 Onde o céu azul é mais azul/A flor e o vento
1944 Odeon 78 Para sempre adeus/Lagoa adormecida
1944 Odeon 78 Percal/Oração ao Bonfim
1944 Odeon 78 Uno (Rosa vermelha)/A última valsa
1943 Odeon 78 A mulher e a rosa/Marilena
1943 Victor 78 Adeus/A mulher que ficou na taça
1943 Odeon 78 Ainda serás minha/A dama de vermelho
1943 Odeon 78 Alza Manolita (I)/Alza Manolita (II)
1943 Odeon 78 Beija-me muito/Sejas bem feliz
1943 Odeon 78 De pé Brasil/Mocidade feliz
1943 Odeon 78 Depois da separação/Beija-me a boca
1943 Odeon 78 Ela partiu...(Sabe moço?)/Adeus escola!
1943 Odeon 78 Era eu/A mulher tem razão
1943 Odeon 78 O amor é sempre amor/Luar do sertão
1943 Odeon 78 Quantas são//Céu cor de rosa

(c/as Três Marias)

1943 Odeon 78 Se é pecado.../Transformação
1943 Continental 78 Valsa da despedida/Ciúme
1942 Odeon 78 Capela de São joão/Ai, ai, que pena
1942 Odeon 78 Carnaval de minha vida/Culpe-me
1942 Odeon 78 Deixa a mulher sossegada/Sandália de prata
1942 Odeon 78 Eu, você e mais ninguém/Amor próprio
1942 Odeon 78 Faço passo/Quero, quero
1942 Odeon 78 O "V" da vitória/Meu país verdadeiro

(c/Dalva de Oliveira)

1942 Odeon 78 O chapéu da Leonor/Eu quero uma mulher
1942 Odeon 78 Prece de paz/Maria Helena
1942 Odeon 78 Sabemos lutar/Sabremos luchar

(c/Bob Lazy)

1942 Odeon 78 Se ela sente saudade/Ela
1942 Odeon 78 Só vindo ao Brasil pra ver/Levanta-te meu amor
1942 Odeon 78 Terra de ouro/Cavalinho teimoso
1941 Columbia 78 A dança do funiculi/Adeus mocidade
1941 Odeon 78 Alô, alô América/Já passava das onze
1941 Columbia 78 Até a volta/Numa noite assim
1941 Odeon 78 Canta Brasil I/Canta Brasil II
1941 Odeon 78 Cidade de São Sebastião/Dizem que eu sou um mau rapaz
1941 Odeon 78 Esmagando rosas/Vivo bem na minha terra
1941 Columbia 78 Jalousie (Ciúme)/Valsa da despedida

(c/Dalva de Oliveira)

1941 Odeon 78 Perfídia/Eu sonhei que tu estavas tão linda
1941 Columbia 78 Poleiro de pato é no chão/Eu não posso ver mulher
1941 Odeon 78 Terra do samba/Um agradinho é bom!...
1940 Columbia 78 Em sonho ouvi/Oh! Que dia tão feliz
1940 Columbia 78 Fiz um samba/Termina assim este romance
1940 Columbia 78 Linda judia/Céu e mar
1940 Columbia 78 Linda mexicana/Solteiro é melhor
1940 Columbia 78 No meu tempo de criança/Eu garanto...
1940 Columbia 78 Onde o céu é mias azul/A flor e o vento
1940 Columbia 78 Quem chorou fui eu/Despedida de Mangueira
1940 Odeon 78 Se o nosso amor ainda existisse/Já fui feliz
1940 Columbia 78 Sob a máscara de veludo/Ao ouvir esta canção hás de pensar em mim
1939 Odeon 78 A voz do violão/Valsa dos namorados
1939 Odeon 78 Aquarela do Brasil I/Aquarela do Brasil II
1939 Columbia 78 Brasil!/Acorda Estela!
1939 Columbia 78 Dama das camélias/Ela teve razão
1939 Odeon 78 Diga-me!/Minha adoração
1939 Columbia 78 Dona Rita/Triste pierrô
1939 Odeon 78 Fica de lá/Paz e amor
1939 Odeon 78 Nossa melodia/E não esqueço de você
1939 Odeon 78 Ora bolas/Nunca chorei
1939 Odeon 78 Rema, rema (Barqueiro sem voga)/Quem mandou voê beber
1939 Odeon 78 Só você me faz viver/Cruel destino
1939 Odeon 78 Vou-me embora amor/Que tem você?
1938 Odeon 78 Ainda uma vez/Barcarola
1938 Odeon 78 Boa noite senhorita/Minha história
1938 Odeon 78 Carnaval na minha terra/Fiquei louco
1938 Odeon 78 Como as ondas do mar/Vão pro Scala de Milão
1938 Odeon 78 De déu em déu/Ela sabe e não diz
1938 Odeon 78 Meu primeiro amor/Nada de novo na frente ocidental
1938 Odeon 78 Numa noite de céu estrelado/Sonhei com teus carinhos
1938 Odeon 78 Pra que mentir/Encantamento
1938 Odeon 78 Quero voltar a ser feliz/A única lembrança
1938 Odeon 78 Saudade, esperança/Meu romance
1938 Odeon 78 Sevilhana/Napolitana
1938 Odeon 78 Ui, que medo eu tive!/Júlia
1937 Odeon 78 Ando sofrendo/Foi você
1937 Odeon 78 Arranje uma pequena
1937 Odeon 78 Meu sonho de criança/Porque você voltou
1937 Victor 78 Misterioso amor/Canção do meu amor
1937 Odeon 78 P. R. Você/Meu amor me abandonou
1937 Victor 78 Parei com elas/O que é que você quer mais?
1937 Odeon 78 Quero uma boemia/Mulata cor de jambo
1937 Victor 78 Serra da boa esperança/Só nós dois no salão (e esta valsa)
1937 Victor 78 Tua partida
1936 Victor 78 Boa noite amor/Lembro-me ainda
1936 Victor 78 Cadência/Comprei uma fantasia de pierrô
1936 Victor 78 Ela disse adeuS/Dor oculta
1936 Victor 78 Favela/Já não és mais aquela
1936 Victor 78 Guarda no coração/A canção que eu fiz para você
1936 Victor 78 Lá vem ela chorando/Chegou a sua vez
1936 Victor 78 Manhãs de sol/Uma porta e uma janela
1936 Victor 78 Marido da Eva/A .M.E.I.
1936 Victor 78 Me queimei/É bom parar
1936 Victor 78 Pelo amor que eu tenho a ela/Rio
1936 Victor 78 Pula a fogueira/Longe dos olhos
1936 Victor 78 Reflorir da minha vida/O samba que eu queria
1936 Victor 78 Sem ela/Cachopa
1936 Victor 78 Uma furtiva lágrima/Iaiá do balacuchê
1936 Victor 78 Vai meu samba/Tu deves ser das tais
1935 Victor 78 A vida é sempre a mesma coisa/Fui eu o seu primeiro amor-Entre nós dois
1935 Victor 78 Ama-me uma vez/Não deixo saudade
1935 Victor 78 Amores de estudante/Meu Buenos Aires querido
1935 Victor 78 Até o sol/Na virada da montanha
1935 Victor 78 Era uma linda tarde/Choro, sim
1935 Victor 78 Foi ela!.../Garu dez..
1935 Victor 78 Garota colossal/O sereno é meu castigo
1935 Victor 78 Ilha de Capri/Teus beijos
1935 Victor 78 Moreninha sweepstake/A melhor das três
1935 Victor 78 Sobe meu balão/Meu São João
1935 Victor 78 Um caboclinho/Meu sonho morreu
1935 Victor 78 Valsa do Rio/A canção da fonte
1935 Victor 78 Você chorou/Hei de ver-te um dia
1935 Victor 78 minha serenata/Reminiscência
1935 Victor 78 olhando o céu todo enfeitado/Mais um balão
1934 Victor 78 Adeus/A mulher que ficou na taça
1934 Victor 78 Amor, muito amor/Vai meu bem
1934 Odeon 78 Anistia/Negra também é gente
1934 Odeon 78 Caboca/Palhaço do luar
1934 Victor 78 Carneirinho/Balão do amor
1934 Victor 78 Dei-te meu coração/Por teu amor
1934 Odeon 78 Dois amores/Maria Rosa
1934 Victor 78 Durmo sonhando/Reclamando a sorte
1934 Victor 78 Meu natal/Linda mulher
1934 Victor 78 Não sei.../Romance
1934 Victor 78 Olha pra lua/Hás de me pedir perdão
1934 Victor 78 Sob uma cascata/Paisagens da minha terra
1934 Victor 78 Valsa da champagne/Que lindo dia vamos ter
1934 Victor 78 Vivo deste amor/Quero morrer cantando
1934 Victor 78 Volta para o meu amor.../Você veio sonhando para mim
1933 Odeon 78 Abelha da ironia/Ciúme
1933 Odeon 78 Brinca coração/Estrela da manhã

(c/Madelou de Assis)

1933 Odeon 78 Cai, cai, balão/Toque de amor

(c/Aurora Miranda)

1933 Odeon 78 Diga-me esta noite (Tell me tonight)/Amor imortal
1933 Odeon 78 Divina dama
1933 Odeon 78 Estamos esperando/Tudo que você diz

(c/Mário Reis)

1933 Odeon 78 Feitio de oração (c/Castro Barbosa)/Desacato (c/Castro Barbosa e Murilo Caldas)
1933 Odeon 78 Formosa/Primeiro amor

(c/Mário Reis)

1933 Odeon 78 Garimpeiro do Rio das Garças/Canção do barqueiro
1933 Odeon 78 Mas como...outra vez?/Fita amarela

(c/Mário Reis)

1933 Odeon 78 Nunca dei a perceber/Não digas
1933 Odeon 78 Pálida morena/Ouve esta canção
1933 Odeon 78 Quem não quer sou eu/Não tem tradução
1933 Odeon 78 Sei que vou perder/Pra esquecer
1933 Odeon 78 Somente amigos/A saudade não quer
1933 Odeon 78 Só por ti/Adeus mocidade
1933 Odeon 78 Taboada/Mês de Maria
1933 Odeon 78 Vai cavar a nota/Qual foi o mal que eu te fiz?
1933 Odeon 78 Você 'so... mente (c/Aurora Miranda)/Dona de minha vontade
1932 Odeon 78 A razão dá-se a quem tem/Rir

(c/Mário Reis)

1932 Odeon 78 A saudade/A despedida
1932 Odeon 78 Ando cismado/É peso
1932 Odeon 78 Marianinha/Sol do coração
1932 Odeon 78 Meu companheiro/Destino
1932 Odeon 78 Não faz mal amor/Nuvem que passou
1932 Odeon 78 Perdão, meu bem/Antes não te conhecesse

(c/Mário Reis)

1932 Odeon 78 Salada chinesa/Amor, delicioso amor

(c/VitórioLattari)

1932 Odeon 78 Tristezas não pagam dívidas/Para me livrar do mal
1932 Odeon 78 Tudo tem fim/Gandaia
1932 Odeon 78 Uma hora contigo/Seremos sempre namorados
1932 Odeon 78 Valsa do beijo (The kiss waltz)/A vida é tudo...tudo para você
1932 Odeon 78 Você me enlouquece/Viena, cidade dos meus sonhos
1932 Odeon 78 É preciso discutir/Foi em sonho

(c/Mário Reis)

1931 Odeon 78 Apanhando papel/Ironia
1931 Odeon 78 Arrependido/Oque será de mim

(c/Mário Reis)

1931 Odeon 78 Cena caipira
1931 Odeon 78 Cena carioca/Folhas murchas
1931 Odeon 78 Dançando com lágrimas nos olhos/Tormento
1931 Odeon 78 De masinho entre as tulipas (Tip-toe thru' the tulipas)/Pintando as nuvens com o sol (Painting the clouds with sunshine)
1931 Odeon 78 Deusa/Alma perversa
1931 Odeon 78 Dona Adelaide/Riso fingido
1931 Odeon 78 Eu bem sei/Feiticeiro
1931 Odeon 78 Frevo pernambucano/A vida é boa
1931 Parlophon 78 Gosto, mas não é muito/Amar
1931 Odeon 78 Hino da legião mineira/Olhos fatais
1931 Odeon 78 Horas de amor/Lenita
1931 Odeon 78 Mandinga de nego
1931 Odeon 78 Manoelina
1931 Odeon 78 Marchinha do amor/Liberdade

(c/Mário Reis)

1931 Odeon 78 Nem assim/Anda, vem cá

(c/Mário Reis)

1931 Odeon 78 Nem é bom falar/Olê-leô
1931 Odeon 78 Não há/Se você jurar

(c/Mário Reis)

1931 Odeon 78 Não é nada disso/Vou me regenerar
1931 Odeon 78 O nosso amor acabou/Lua nova
1931 Odeon 78 Oh! Dora
1931 Odeon 78 Olhos fatais/Meu pensamento
1931 Odeon 78 Onde tudo sorri/Meu pensamento
1931 Odeon 78 Palpite/Mulher de malandro
1931 Odeon 78 Príncipe/Trovas de amor
1931 Odeon 78 Que me importa/Padece
1931 Odeon 78 Ri palhaço/Arturinha
1931 Odeon 78 Sergipana
1931 Odeon 78 Sinto saudade/Ri para não chorar

(c/Mário Reis)

1931 Parlophon 78 Sonhei/Você gosta de mim
1931 Odeon 78 Sozinho/Não te deixarei
1931 Odeon 78 Verbo ser/Meu batalhão
1931 Odeon 78 Yira...Yira.../Diz que sim
1931 Odeon 78 É bom evitar
1930 Odeon 78 A cruz das estrelas
1930 Odeon 78 A mais bela portuguesa/Tu já foste boa
1930 Odeon 78 Boquinha de anjo/Eu já te vi com alguém
1930 Odeon 78 Canto dos vagabundos/Se eu fosse rei
1930 Parlophon 78 Canção do vaqueiro/Carta de amor
1930 Parlophon 78 Coração/E diremo-nos adeus
1930 Odeon 78 Deixa essa mulher chorar/Quá, quá, quá
1930 Odeon 78 Dor de uma saudade/Não preciso de você
1930 Parlophon 78 Dor sem consolo/Rapsódia de amor
1930 Odeon 78 Dá nela/No reinado da alegria
1930 Odeon 78 Falsa mulher/Palhaço
1930 Parlophon 78 Favorito/Outono
1930 Odeon 78 Gaúcha
1930 Odeon 78 Hino a João Pessoa
1930 Odeon 78 Kalatan/Tristeza hawaiana
1930 Odeon 78 Marianne/Adda
1930 Odeon 78 Melindrosa futurista
1930 Parlophon 78 Miami/Escrita complicada
1930 Odeon 78 Miss...Elânia/Rosinha
1930 Parlophon 78 Negando um lamento/Anjo pecador
1930 Parlophon 78 Não nasci para trabalhar
1930 Odeon 78 Não quero mais/Ai! Meu bem
1930 Odeon 78 Não se esqueça de seu bem/Se meu amor me vê
1930 Parlophon 78 Oh seu coronel/Corpo sadio
1930 Odeon 78 Olha a pomba/És ingrata...mulher
1930 Odeon 78 Oo-la-la-la-la/The right kind of man
1930 Odeon 78 Por que será?/Ave de rapina
1930 Odeon 78 Porque gosto de você/Sai da chuva
1930 Odeon 78 Prá que casá/Arranjei outra
1930 Odeon 78 Prá sinhozinho drumi/No Pegi de Oxossi
1930 Odeon 78 Quando a mulher não quer/Essa nega é da Bahia
1930 Parlophon 78 Sapequinha/Ceia dançante
1930 Parlophon 78 Saudade/Jurei
1930 Odeon 78 Saudades/Caboquinha
1930 Odeon 78 Se estou sonhando (If i'm dreaming)/Sally
1930 Odeon 78 Se você me quisesse/Serenata do pastor
1930 Odeon 78 Sempre é tempo de amar (Anytime's the time to fall in love)/Varrendo as nuves (Up on top of raibow sweeping the clouds away)
1930 Odeon 78 Sou da Saúde/Quando souberes amar
1930 Odeon 78 Talento e formosura/Bem-te-vi
1930 Odeon 78 Too wonderful for words
1930 Odeon 78 Um filme falado de você (If i had a talking picture of you)/Um filme falado de você (Turn on the heat)
1930 Odeon 78 Vai recolher/Cadeirinha
1930 Odeon 78 Valsa do rei vagabundo/Somente uma rosa
1930 Odeon 78 Vem cá, neném!/Digo já
1930 Odeon 78 Ô-ba/De tanga
1929 Odeon 78 A dança rubra (Um dia qualquer)/Falsidade
1929 Odeon 78 Adeus mulata/Chiquinha meu amoire
1929 Parlophon 78 Almas simples/Meu Brasil
1929 Parlophon 78 Amor na Penha/Que cala consente
1929 Odeon 78 Amor profanado/Nunca mais
1929 Parlophon 78 Angela mia/Arlete
1929 Odeon 78 Arranje uma pequena
1929 Parlophon 78 Aurora/Mariposa
1929 Odeon 78 Bambo-bambo/Meu amor, te juro
1929 Odeon 78 Breakaway/That's you baby
1929 Odeon 78 Broadway melody/Coquette
1929 Parlophon 78 Caboré/Ivone
1929 Odeon 78 Cariocadas/Meu passarinho...voou
1929 Odeon 78 Carnaval/Cafajeste
1929 Odeon 78 Casa do paulista/Eu quero uma mulher bem preta
1929 Odeon 78 Casinha de sapé/Segura o boi
1929 Parlophon 78 Cateretê paulista/Radiosa

(c/Rogério Guimarães)

1929 Parlophon 78 Chiquinha/Um beijo não é pecado
1929 Parlophon 78 Chiquita/Eu não posso dar-te mais que amor
1929 Parlophon 78 Chiribiribi/Lamentos de um matuto
1929 Parlophon 78 Comigo não violão/Não venhas assim
1929 Odeon 78 Coração de borboleta/Sem a nota é que os carinhos
1929 Odeon 78 Coração volúvel/Mulher venenosa
1929 Parlophon 78 Diz meu amor/O feitiço é um fato
1929 Odeon 78 Dor de recordar/A voz do violão
1929 Parlophon 78 Déa
1929 Odeon 78 Entre dois fogos/Angelina
1929 Parlophon 78 Estás com o dinheiro aí/Desprezo de uma noiva
1929 Odeon 78 Eu beijo a sua mão madame/Guess who
1929 Odeon 78 Eu beijo a sua mão madame/Raquel
1929 Odeon 78 Eu não sou bicho/Dando o valor (Samba do afeto)
1929 Odeon 78 Eu queria saber/Mulata
1929 Odeon 78 Eu quero falar (Seu Julinho)/Para mim perdeste o valor
1929 Odeon 78 Eu quero sossego/Tomara
1929 Odeon 78 Eu quero uma mulher/Malabá
1929 Parlophon 78 Feiosa/Meu benzinho
1929 Odeon 78 Fvorito/Outono
1929 Odeon 78 Guess who/Some sweet day (Um belo dia)
1929 Parlophon 78 Isto não é amar/Porque me abandonas
1929 Odeon 78 Isto é o Brasil
1929 Odeon 78 Já me esqueci de você/Sonhei
1929 Odeon 78 Lua nova/Beija-flor
1929 Odeon 78 Malandro/Não sou baú
1929 Odeon 78 Marion
1929 Parlophon 78 Meiga flor/Não jures
1929 Odeon 78 Meu barco é veleiro-Benedito Pretinho/Vadeia cabocolinho
1929 Parlophon 78 Mulher enigma/Madre Helena
1929 Odeon 78 Mulher enígma/Viver sem amar alguém
1929 Parlophon 78 Nas serras mineiras
1929 Odeon 78 Não dou palpite/Vai ou racha
1929 Parlophon 78 Não posso negar/Não quero mais mulher
1929 Parlophon 78 O bolina/Passa por lá
1929 Parlophon 78 O cantor do jazz
1929 Odeon 78 Olha o boi/Olhos negros
1929 Odeon 78 Pagan love song/My mother's eyes
1929 Parlophon 78 Paradise and you/Arrange uma pequena
1929 Parlophon 78 Psiu! Psiu!/A família é boa
1929 Odeon 78 Que infeliz sorte/Pra mim chega
1929 Parlophon 78 Que noite!... E que pequena/Encontrei a felicidade
1929 Parlophon 78 Rosa desfolhada/Lágrimas ocultas
1929 Odeon 78 Sapo cururu/O preto velho Cambina
1929 Odeon 78 Seu Julinho vem/Morena advinha que eu gosto de ti
1929 Parlophon 78 Seu doutor/Não posso mais
1929 Parlophon 78 Só minha
1929 Odeon 78 Só quero amor assim/Casá é bão
1929 Parlophon 78 Tenho medo de você/Mal me queres
1929 Odeon 78 Tereza, Tereza/Digo-te a verdade
1929 Odeon 78 Torna a vortá/Rio chic
1929 Odeon 78 True heaven
1929 Parlophon 78 Uma coisinha gostosa chamada amor/In old Tia Juana
1929 Odeon 78 Vem colombina/Amizade
1929 Odeon 78 Why can't you?/I'm in seventh heaven
1929 Odeon 78 Yo te amo (Te quero meu amor)/Jeannine
1929 Odeon 78 Yo te soñe!/Sonhar é viver
1929 Odeon 78 Zorô/Vem comer do meu angu
1929 Odeon 78 Zum, zum, zum, meu violão/Diz o que tem
1929 Odeon 78 Água de coco
1929 Odeon 78 É no toco da goiaba/Vão por mim (Harmonia, harmonia)

(c/Araci Cortes)

1929 Odeon 78 É sim senhor/Seu doutor
1929 Odeon 78 É sopa (17 a 3)/Golpe errado
1929 Parlophon 78 És feliz/Bahia
1928 Odeon 78 A favela vai abaixo/Cuscus
1928 Odeon 78 A voz do amor/Caprichosa
1928 Parlophon 78 A voz do violão/Até as flores mentem
1928 Odeon 78 Adios mis farras
1928 Odeon 78 Ai Balbina/Josefina
1928 Odeon 78 Ai, eu queria/Eu vou chorar
1928 Odeon 78 Aves sem ninho/Canção da noite
1928 Odeon 78 Cabocla do sertão/Rancho vazio
1928 Odeon 78 Caridade/Pesadelo
1928 Parlophon 78 Casanova/Dança meu bem
1928 Odeon 78 Castelo de luar/Meu pensamento
1928 Odeon 78 Coisinhas/Já sei porque é..
1928 Odeon 78 Coração de Maria/Suprema
1928 Odeon 78 Curió/Esfregado
1928 Odeon 78 Enlevo/Amar a uma só mulher
1928 Parlophon 78 Esta noche em emborracho/Adios muchachos
1928 Odeon 78 Eu quero é nota/Eu vou te abandonar
1928 Odeon 78 Eu vivo assim/Eterna
1928 Odeon 78 Festa de branco/Dois amores é mentira
1928 Odeon 78 Fim de romance/Copacabana
1928 Odeon 78 Foi você/Xô canarinho
1928 Odeon 78 Foram-se os malandros/É bebé (Não faltava mais nada)
1928 Odeon 78 Foste, não és mais.../Misteriosa
1928 Odeon 78 Gauchita formosa/Sapoti
1928 Parlophon 78 Lembranças

(c/Lídia Campos)

1928 Odeon 78 Loló/Vou te buscar
1928 Odeon 78 Lulu...acende a luz/Não é isso que eu procuro
1928 Odeon 78 Malaventurado/Suspirando
1928 Odeon 78 Meu sabiá/Samba de verdade
1928 Odeon 78 Meu suquinho/Que pequena levada
1928 Parlophon 78 My blue heaven
1928 Odeon 78 Nega no fogão/Deixa ela
1928 Odeon 78 Noite de Reis/Porquê partistes
1928 Odeon 78 Nuvens/Exaltação
1928 Odeon 78 Não posso comer sem molho/Beijos à bessa
1928 Odeon 78 Não quero saber mais dela/Me faz carinhos
1928 Odeon 78 Não quero saber mais deles/Ciúme louco
1928 Odeon 78 Não se meta/Lavadeira
1928 Odeon 78 O bobalhão/A malandragem
1928 Parlophon 78 O gaúcho/Uma noite de serenata
1928 Odeon 78 Oh! Colette/Foi um sonho
1928 Parlophon 78 Olhos japoneses/Serenata de amor
1928 Odeon 78 Ora vejam só/Puxa, puxa
1928 Odeon 78 Passarinho bateu asas/O perfume da crioula
1928 Odeon 78 Piscando o olho/Tentação
1928 Odeon 78 Pião/Cateretê dos almofadinhas
1928 Odeon 78 Por que falas tanto?/Cabrocha
1928 Odeon 78 Porque me haces sufiri/Amanhã
1928 Parlophon 78 Que vale a nota sem o carinho da mulher
1928 Odeon 78 Quem eu deixar não quero mais/Quem me dera morena
1928 Odeon 78 Rainha...das crioulas/Sonho revelador!...
1928 Parlophon 78 Recordando/Ah! Tudo passa na vida
1928 Odeon 78 Rio de Janeiro
1928 Odeon 78 Ruana/Barbuleta, barbuleta
1928 Odeon 78 Saudades/Ao luar
1928 Odeon 78 Sertaneja/Quanto sofri
1928 Odeon 78 Sete flexas/Samba de nego
1928 Odeon 78 Seu Voronoff/Não faço fé contigo
1928 Odeon 78 Sofia/Ninguém se entende
1928 Odeon 78 Sonho de gaúcho/Campanha do sul
1928 Odeon 78 Sílvia/Araca
1928 Odeon 78 Tereza/Eu fui no mato crioula
1928 Odeon 78 Tesourinha/Sou do meu bem
1928 Odeon 78 Tira canga/Tire o meu nome do meio
1928 Odeon 78 Toada sertaneja/Malandrinha
1928 Odeon 78 Traição/Leão da noite (Flor de sangue)
1928 Parlophon 78 Visão de amor/Cafuné
1928 Odeon 78 Zezé/tua saia é curta
1928 Parlophon 78 É meu cantar/Periquito
1928 Odeon 78 É no Leblon/Ai , pirata
1927 Odeon 78 Ai Lelé lé lé
1927 Odeonette 78 Ai, seu Mé
1927 Odeon 78 Albertina/Passarinho do má
1927 Odeon 78 Asas do Jaú/Pé de elefante
1927 Odeonette 78 Bambo-bambu
1927 Odeon 78 Beijos em excesso
1927 Odeonette 78 Braço de cera
1927 Odeon 78 Cangote raspado
1927 Odeon 78 Canção antiga/Na roça
1927 Odeon 78 Cassino Maxixe
1927 Odeonette 78 Chuá, chuá
1927 Odeon 78 Eu não era assim/Vou te deixar
1927 Odeon 78 Fogo no meu coração
1927 Odeon 78 Foi você quem me deixou
1927 Odeonette 78 Fumando espero
1927 Odeon 78 Geladeira
1927 Odeon 78 Gracinha
1927 Odeon 78 Juriti/A verdade e a mentira
1927 Odeon 78 Manequinho
1927 Odeon 78 Mau olhado
1927 Odeonette 78 Morena do sertão
1927 Odeon 78 Nego D'Angola/Cangote cheiroso
1927 Odeon 78 Nosso Jaú
1927 Odeonette 78 Nosso Jaú
1927 Odeon 78 Não quero saber
1927 Odeon 78 Não zombes de mim
1927 Odeonette 78 O cantor do jazz.
1927 Odeon 78 O que é nosso
1927 Odeon 78 Olgarina/Mágoa sertaneja
1927 Odeon 78 Ora vejam só
1927 Odeon 78 Os canoeiros do norte/Canção do seresteiro
1927 Odeon 78 Paquita
1927 Odeon 78 Pequei em te beijar
1927 Odeonette 78 Pinta pinta melindrosa
1927 Odeon 78 Pombinhos
1927 Odeon 78 Quem não chora não mama
1927 Odeonette 78 Rosa, meu bem
1927 Odeon 78 Salve Jaú
1927 Odeon 78 Samba charleston
1927 Odeon 78 Samba da madrugada
1927 Odeonette 78 Samba da madrugada
1927 Odeon 78 Sonhei contigo
1927 Odeon 78 Só na Bahia tem
1927 Odeon 78 Só para gozar
1927 Odeon 78 Trepadeira
1927 Odeon 78 Uma noite de festas na roça/Sogra versus Central
1927 Odeon 78 Vem cá Jaú/Dê no quer der
1927 Odeon 78 Você quebrou
1924 Odeon 78 Mademoiselle cinema
1924 Odeon 78 Miúdo
1924 Odeon 78 Não me passo pra você
1919 Popular 78 Alivia estes olhos
1919 Popular 78 Fala, meu louro
1919 Popular 78 O pé de anjo
Obras
A mulher que ficou na taça (c/ Orestes Barbosa)
A razão dá-se a quem tem (c/ Noel Rosa e Ismael Silva)
A voz do violão (c/ Horácio Campos)
Abelha da ironia (c/ Orestes Barbosa)
Adeus (c/ Orestes Barbosa)
Adeus mocidade (c/ Orestes Barbosa)
Amar (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
Amor de malandro
Antes não te conhecesse (c/ Ismael Silva)
Arrependido (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
Balão do amor (c/ Orestes Barbosa)
Boite (c/ René Bittencourt)
Brasil de amanhã (c/ René Bittencourt)
Canção da criança (c/ René Bittencourt)
Canção de Natal do Brasil (c/ David Nasser e Felisberto Martins)
Chegou a sua hora (c/ Rubens Soares)
Ciúme (c/ Orestes Barbosa)
Comigo não violão
Deixaste meu lar
Diz que sim (c/ Gilberto de Andrade)
Dor de uma saudade
Dor oculta (c/ Dan Mallio)
Encantamento (c/ Gilka Machado)
Estranha melodia (c/ David Nasser)
Estrela da manhã (c/ Noel Rosa e Ary Barroso)
Eu bem sei (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
Falando a verdade (c/ David Nasser)
Feiticeiro (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
Gandaia (c/ Ismael Silva)
Golpe errado
Gosto, mas não é muito (c/ Ismael silva)
Já me esqueci de você (c/ Ari Brandão)
Liberdade (c/ Ismael Silva)
Lua nova (c/ Luiz Iglesias)
Malandro (c/ Freire Jr. )
Mas como... outra vez? (c/ Noel Rosa)
Meu companheiro (c/ Orestes Barbosa)
Meu natal (c/ Ary Barroso)
Meu pensamento (c/ Gilberto de Andrade)
Meu sonho morreu (c/ Valentina Biosca)
Milagre impossível (c/ René Bittencourt)
Minha serenata (c/ Paulo Roberto)
Muito mais (c/ Nássara)
Nem com uma flor (c/ Noel Rosa)
Nem é bom falar (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
Não há (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
Não sei... (c/ Orestes Barbosa)
Não tem tradução (c/ Noel Rosa e Ismael Silva)
O que será de mim (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
Olê-leô (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
Ouve esta canção (c/ Orestes Barbosa)
Palhaço do luar (c/ Orestes Barbosa)
Para mim perdeste o valor
Perdão
Peço a Deus (c/ David Nasser)
Por teu amor (c/ Orestes Barbosa)
Pra São João decidir (c/ Lupicínio Rodrigues)
Pra que sofrer (c/ José Roy)
Que saudade (c/ David Nasser)
Quero sossego (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
Ri para não chorar (c/ Ismael Silva)
Romance (c/ Orestes Barbosa)
Saudade esperança! (c/ Luiz Iglésias)
Saudades do passado (c/ David Nasser)
Se você jurar (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
Sem protocolo (c/ David Nasser)
Sofrer é da vida (c/ Ismael Silva)
Sonhei (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
São Paulo coração do Brasil (c/ David Nasser)
Tempo feliz (c/ David Nasser)
Termina assim este romance (c/ David Nasser)
Todo mundo chora (c/ David Nasser e José Roy)
Tormento (c/ Luiz Iglesias)
Tu deves ser das tais (c/ Jorge Faraj)
Uma jura que eu fiz (c/ Noel Rosa e Ismael Silva)
Vadiagem
Velhas cartas de amor (c/ Klécius Caldas)
Vem meu amor (c/ Kécius Caldas)
Você gosta de mim (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
Vão por mim Harmonia, harmonia
É bom evitar (c/ Ismael Silva e Nilton Bastos)
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

ALBIN, Ricardo Cravo. MPB: A História de um século. Editora: Funarte. Rio de Janeiro, 1997.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da Música Popular. Edição do autor. Rio de Janeiro, 1965.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.

EFEGÊ, Jota. Figuras e coisas da Música Popular Brasileira. Editora: MEC/FUNARTE. Rio de Janeiro, 1978.

EPAMINONDAS, Antônio. Brasil brasileirinho.Editora: Instituto Nacional do Livro. Rio de Janeiro, 1982.

JÚNIOR, Abel Cardoso. “Francisco Alves- As mil canções do Rei da Voz ” .Edição comemorativa de seu centenário de nascimento- REVIVENDO – 1998.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

MARIZ, Vasco. A canção brasileira. Editora: Francisco Alves. Rio de Janeiro, 2000.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume 1. Editora 34. São Paulo, 1997.

TINHORÃO, José Ramos. Música popular – teatro e cinema. Editora: Vozes. Rioi de Janeiro, 1972.

VASCONCELOS, Ary. Panorama da Música Popular Brasileira. Vol. 2. Editora: Martins. Rio de Janeiro, 1965.

Crítica

Francisco Alves foi o mais influente cantor brasileiro da primeira metade do século. De sua estréia sob uma lona de circo em 1918 até sua morte trágica em 1952, foram 34 anos de primeiro plano, de sucesso, de impressionante presença, arrastando em sua carreira inúmeros seguidores, quando não imitadores. Como a quase totalidade dos barítonos e tenores anteriores à gravação elétrica – que, aliás, coube a ele inaugurar em 1927 –, guiou-se pela escola do bel-canto, mais afinada pelos padrões da ópera clássica do que por um cantar brasileiro ainda em formação: para que suas vozes fossem registradas pelo primitivo sistema mecânico de registro fonográfico, de microfones pouco sensíveis, tenores e barítonos valiam-se mais da potência do que de outros recursos. Numa palavra, “gritavam” mais que “cantavam”. Francisco Alves jamais se livraria de todo desse estilo semi-operístico, mas se tornaria mais natural a partir da gravação elétrica e, principalmente, de seus duetos em disco (24 ao todo) com Mário Reis, este, sim, um cantor já brasileiro, na emissão de voz, na naturalidade e na pronúncia. Essas diferenças entre Francisco Alves e Mário Reis, anotadas por vários estudiosos da música popular, já eram ressaltadas por Mário de Andrade no ensaio “A pronúncia cantada e o problema do nasal brasileiro através dos discos”, de 1938. Sendo assim, a que se deve a importância do chamado Rei da Voz? Qual o porquê de sua influência sobre seus pares? Primeiramente, à sua musicalidade, ao seu faro para descobrir canções destinadas ao sucesso. Entre elas, os sambas de compositores desconhecidos, pedras brutas dos morros cariocas (Ismael Silva, Cartola, Bide, Marçal, Brancura, Gradim), que o intérprete lapidou com sua voz. É verdade que resultou disso um produto híbrido, o samba espontâneo dos morros vestidos pelo artificialismo do cantor. Mas uma hibridez de grande agrado popular e que, entre outras coisas, tirou aqueles sambistas do anonimato. Em seguida, e até o fim da vida, o cantor seguiu perseguindo o sucesso (ou o sucesso a ele). Música de carnaval, sambas-canções de meio de ano, as exaltações de Ary Barroso, as incontáveis versões, de tudo um pouco, num repertório de mais quantidade que qualidade.

Em seu tempo, ninguém gravou tanto. Já o Francisco Alves compositor está a merecer um estudo mais atento. Se é verdade que comprava sambas daquelas pedras brutas,

tornando-se seu parceiro, não há como negar que, com sua musicalidade, ele próprio era capaz de compor lindas melodias, do que são exemplos as valsas serenatas com letras de Orestes Barbosa.

João Máximo