4.754
© Nana Moraes
Nome Artístico
Djavan
Nome verdadeiro
Djavan Caetano Viana
Data de nascimento
27/1/1949
Local de nascimento
Maceió, AL
Dados biográficos

Cantor. Compositor.

Aos 16 anos de idade, começou a tocar violão. Dois anos depois, passou a integrar o grupo vocal Luz, Som, Dimensão (LSD), com o qual se apresentava em clubes, praças, igrejas e palanques, cantando e tocando músicas dos Beatles.

Em 2007, o cantor fez teste de DNA para verificar a ancestralidade. A ancestralidade materna apresentou sequências genéticas (haplogrupo) predominantes na África Ocidental. Principalmente no Senegal. A ancestralidade paterna indicou sequências genéticas predominantes nos países do norte europeu.

Dados artísticos

Em 1973, mudou-se para o Rio de Janeiro, iniciando carreira profissional como crooner da casa noturna Number One. Nessa época, foi contratado pela Som Livre como intérprete de outros autores em trilhas de novelas da TV Globo. Durante três anos, gravou músicas para “Os ossos do barão”, “Super Manoela”, “Fogo sobre terra” e “Gabriela”. Atuou também como crooner da boate 706 (RJ).

Em 1975, participou do “Festival Abertura” (TV Globo), classificando sua canção “Fato consumado” em 2º lugar. Gravou, em seguida, seu primeiro disco, um compacto duplo contendo as canções “E que Deus ajude”, “Um dia”, “Rei do mar” e “Fato consumado”, todas de sua autoria.

No ano seguinte, gravou seu primeiro LP, “A voz, o violão e a arte de Djavan”, com produção de Aloysio de Oliveira e arranjos de Edson Frederico. O disco incluiu suas canções “Pára-raio”, “Maria das Mercedes” e “Flor de liz”, grande sucesso até hoje em seus shows. Apresentou-se novamente no 706, dessa vez como atração, fazendo temporada de sucesso durante três meses.

Em 1977, gravou um compacto simples com suas canções “É hora” e “Romeiros”, lançado pela Som Livre. Logo em seguida, assinou contrato com a EMI/Odeon e gravou seu primeiro LP nessa gravadora, com produção de Mariozinho Rocha e Eduardo Souto Neto. As faixas “Cara de índio” e “Serrado” tiveram grande execução. Nessa época, suas músicas começaram a ser gravadas por outros artistas, como Nana Caymmi (“Dupla traição”) e Maria Bethânia (“Álibi”).

Em 1980, lançou o LP “Alumbramento”, que registrou o grande sucesso da faixa “Meu bem querer”, além de “A rosa” (em duo com Chico Buarque) e o samba “Aquele um”.

No ano seguinte, gravou “Seduzir”, com destaque para as canções “Açaí” e “Faltando um pedaço”, também gravadas com grande sucesso por Gal Costa.

O disco seguinte, “Luz”, que marca sua estréia no mercado internacional, foi gravado no Yamaha Studios em Los Angeles (EUA) e lançado, em 1982, pela CBS/Sony Music, Esse disco incluiu a canção “Sina”, na qual o compositor homenageia Caetano Veloso com o verso “Como querer caetanear o que há de bom”. A homenagem foi retribuída por Caetano, que registrou a canção em seu LP “Cores e nomes”, trocando o verbo da frase: “Como querer djavanear o que há de bom…”. O disco foi produzido por Ronnie Foster e contou com a participação de Stevie Wonder na faixa “Samurai” e dos instrumentistas norte-americanos Robert Laws, Ernie Watis, Abe Laboriel e Harvey Mason, além de sua banda Sururu de Capote. Foi apontado pela Associação Paulista de Críticos de Arte como Melhor Compositor, em 1981e 1982. A partir desse momento, começou a apresentar seus espetáculos em ginásios e estádios. A vendagem de seus discos passou a atingir 350 mil cópias. Atuou no filme “Para viver um grande amor”, de Miguel Faria Jr., participando, também, da trilha sonora do filme.

Em 1984, gravou o LP “Lilás”, com destaque para a canção- título, além das canções “Lilás”, “Esquinas” e “Infinito”.

No ano seguinte, foi lançada nos Estados Unidos uma compilação de “Lilás” e “Luz”.

Em 1986, gravou o LP “Meu lado”, contendo as canções “Segredo”, “Topázio” e “Quase de manhã”, entre outras.

Lançou, no ano seguinte, o LP “Não é azul mas é mar”, com destaque para as canções “Dou não dou”, “Florir” e “Soweto”. O disco foi produzido por Ronnie Foster e contou com a participação dos músicos Greg Phillinganes, Larry Williams, Nathan East, Harvey Mason, Carlos Rio, Cisão (baixo), Téo (bateria) e Paulinho da Costa (percussão), e foi lançado internacionalmente com o título “Bird of paradise”, incuindo três faixas cantadas em inglês.

Em 1988, participou, com Ivan Lins e Patti Austin, do CD “Brazilian knights and a lady”.

Lançou mais um disco, em 1989, com destaque para a faixa “Oceano”, incluída na trilha sonora da novela “Top model” (TV Globo) e para “Curumim”, que contou com a participação de Paco de Lucia. Nesse ano, foi apontado pela “Revista de Domingo” do “Jornal do Brasil” como Melhor Cantor do ano e “Oceano” foi considerada a Melhor Música do ano pela mesma publicação. Recebeu, ainda, o Troféu Rádio Globo, como destaque masculino. Partiu, em seguida, para uma bem sucedida turnê pela Europa.

Em 1992, lançou o CD “Coisa de acender”, co-produzido com Ronnie Foster, que registra sua primeira parceria com Caetano Veloso, em “Linha do Equador”.

Dois anos depois, gravou o CD “Novena”, apresentando a canção “Avô”, uma parceria com sua filha Flávia Regina.

Em 1996, lançou o CD “Malásia”, destacando-se “Correnteza” (Tom Jobim e Luiz Bonfá) e “Sorri”, versão de João de Barro para “Smile”, clássico de Charlie Chaplin.

No ano seguinte, a Lumiar lançou o “Songbook Djavan”.

Em 1998, gravou o CD “Bicho solto”.

No ano seguinte, lançou “Djavan, ao vivo”, álbum duplo gravado no Teatro João Caetano (RJ), com uma banda formada por Paulo Calasans (teclados), Carlos Bala (bateria), João Castilho (violão, guitarra e vocais), seu filho Max Viana (violão, guitarra e vocais) e André Vasconcellos (baixo e vocais). O disco atingiu a vendagem de mais de 700.000 cópias.

Em 2000, foi lançado o DVD “Djavan ao vivo”.

No ano seguinte, lançou o CD “Milagreiro”, contendo exclusivamente músicas inéditas de sua autoria: “Farinha”, “Om”, “Meu”, “Ladeirinha”, “Infinitude”, parceria com sua filha Flávia Virgínia, “Brilho da noite”, “Além de amar”, “Lugar comum”, “Sílaba” (c/ Lulu Santos), “Cair em si” e a faixa-título. O disco, gravado no Estúdio Em Casa, montado em sua residência, contou com a participação de seus filhos, os músicos Max e João Viana, na banda e com a participação especial da cantora Cássia Eller (em “Milagreiro”) e do baixista Marcos Miller (em “Além de amar”).

Em 2004, gravou o CD “Vaidade”, primeiro disco lançado por sua própria gravadora, Luanda Records, registrando suas composições “Se acontecer”, incluída na trilha sonora da novela “Senhora do destino” (Rede Globo), “Tainá-flor”, composta para o filme “Tainá 2”, “Bailarina”,”Estátua de sal”, “Celeuma”, “Mundo vasto”, “Dorme Sofia”, “Flor do medo” e a faixa-título, essa última com solo do bandolinista Hamilton de Holanda. Nesse mesmo ano, fez show na Fundição Progresso (RJ).

Em 2005, apresentou-se o espaço Oi Noites Cariocas, no Morro da Urca (RJ), interpretando canções do disco “Vaidade” e sucessos de sua carreira. Nesse mesmo ano, fez turnê de shows pela Europa e África. Também em 2005, recebeu indicação ao Grammy Latino, pelo CD “Vaidade”. Ainda nesse ano, lançou o CD “Na pista, etc.”.

Em 2007, lançou o CD “Matizes”, 18º disco de carreira, com 12 composições inéditas: “Joaninha”, “Azedo e amargo”, “Mea-culpa”, “Imposto”, “Delírio dos mortais”, “Louça fina”, “Por uma vida em paz”, “Desandou”, “Adorava me ver como seu”, “Pedra”, “Fera” e a faixa-título. A seu lado, os músicos que o acompanham há mais de 10 anos: seus filhos João Vianna (bateria) e Max Vianna (guitarra), e ainda Renato Fonseca (piano e teclados) e Sérgio Carvalho (baixo), além de um naipe de sopros formado por Marcelo Martins (sax tenor e flauta), Walmir Gil (trompete) e François Lima (trombone). O disco foi lançado por sua gravadora Luanda Records.

Após temporada paulistana, em 2008 apresentou o show “Matizes” no Citibank Hall (RJ), tendo a seu lado os filhos João Viana (bateria) e Max Viana (guitarra e voz), além de Sérgio Carvalho (baixo e voz), Renato Fonseca (teclados e voz) e um trio de metais formado por Marcelo Martins (saxofone), François Lima (trombone e voz) e Walmir Gil (trompete e voz), com cenário de Muti Randolph e iluminação de Maneco Quinderé. No repertório, canções do CD homônimo e também sucessos como “Flor de lis”, “Eu te devoro”, “Faltando um pedaço”, além de “Delírio dos mortais”, esta última incluída na trilha sonora da novela “Duas caras” (Rede Globo).

Exclusivamente como intérprete, lançou, em 2010, CD “Ária”, contendo as faixas “Disfarça e chora” (Cartola e Dalmo Castello), “Oração ao tempo” (Caetano Veloso), “Sabes mentir” (Othon Fortes Russo), “Apoteose ao samba” (Silas Oliveira), “Luz e mistério” (Beto Guedes e Caetano Veloso), “La Noche” (Enrique Heredia Carbonell e Juan Jose Suarez Escobar), “Treze de Dezembro” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas), “Valsa brasileira” (Edu Lobo e Chico Buarque), “Brigas nunca mais” (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), “Fly Me To The Moon” (Bart Howard), “Nada a nos separar” (West of the Wall) e “Palco” (Gilberto Gil). Participaram do disco os músicos André Vasconcellos (baixo acústico), Torcuato Mariano (guitarra) e os percussionistas Marcos Suzano, Leonardo Reis e Marco Lobo.

Constam da relação dos intérpretes de suas canções vários artistas brasileiros, como Leny Andrade, Rildo Hora, Roberto Carlos, Olívia Hime, Rosa Passos, Amaranto, Orlando Morais, Rosa Passos, Gal Costa, Augusto Martins, Fátima Guedes, Lica Cecato, Amelinha, Maria Bethânia, Trio Esperança, Zimbo Trio, Bena Lobo, Flora Purim, Zizi Possi, Pery Ribeiro, Jane Duboc, Os Cariocas, Mônica Salmaso, Olívia Byington, Emílio Santiago, Márcia Tauil, Tetê Espíndola, Paulinho Trompete, Leo Gandelman, Simone, Quarteto em Cy e MPB-4, Sergio Mendes, Milton Banana, Tim Maia, Danilo Caymmi, Cauby Peixoto, Raul de Souza, O Tao do Trio, Baby do Brasil, Verônica Sabino, Angela Maria, Nana Caymmi, Cássia Eller, Virgínia Rodrigues, Wanderléa, Jair Rodrigues, Elba Ramalho, Luciana Mello, Cristina Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Quinteto Violado, entre outros, além de Carly Simon, Al Jarreau, Carmen McRae e Manhattan Transfer, no exterior.

Em 2011, lançou o DVD “Ária”, gravado no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, ao lado de Torcuato Mariano (guitarra), André Vasconcellos (baixo acústico) e Marcos Suzano (percussão), também lançado em CD ao vivo. No repertório, canções incluídas no CD “Ária”, lançado em 2010, e ainda sucessos de carreira, como “Flor de lis”, “Faltando um pedaço” e “Lambada de serpente”.

Lançou, em 2012, o CD “Rua dos amores”, contendo suas canções “Já não somos dois”, “Anjo de vitrô”, “Triste é o cara”, “Acerto de contas”, “Bangalô”, “Pecado”, “Ares sutis”, “Quinze anos”, “Vive”, “Pode esquecer”, “Reverberou”, “Quase perdida” e a faixa-título.

Em 2013, foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Cantor/MPB, pelo CD “Rua dos amores”, e na categoria Melhor Canção, por “Vive”, incluída em seu CD “Rua dos amores”. Nesse mesmo ano, apresentou-se no Vivo Rio (RJ), com o show “Rua dos Amores”. Ainda em 2013, recebeu indicação à 14ª edição do Grammy Latino, na categoria Melhor Canção Brasileira, pela música “Bangalô”. Também em 2013, recebeu indicação à 14ª edição do Grammy Latino, na categoria Melhor Canção Brasileira, pela música “Bangalô”.

Sobre sua obra, uma das mais privilegiadas do Brasil por cantores e músicos norte-americanos, o Maestro Quincy Jones se manifestou com uma única expressão: “Unbelievable!” (“Inacreditável!”).

Em 2014, lançou o DVD “Rua dos Amores – ao vivo”, com inclusão do documentário “Um olhar íntimo”, com os bastidores do show.

Ainda no mesmo ano, foi homenageado pela V Feira Literária de Marechal Deodoro, em Alagoas (AL). Ricardo Cravo Albin e Joaquim Ferreira dos Santos foram os convidados para falar sobre ele. Ao fim do evento, ele recebeu a Comenda FLIMAR da feira.

Em 2015, teve a sua gravação da música “Alegre menina”, de Dorival Caymmi e Jorge Amado, incluída na coletânea “Teletema”, disco dedicado à temas de novela e composto por 17 faixas.

No fim do mesmo ano, lançou “Vidas pra contar”, um disco totalmente autoral, com as faixas “Vida nordestina”, “Só pra ser o sol”, “Encontrar-te”, “Primazia”, “Não é um bolero”, “O tal do amor”, “Aridez”, “Vidas pra contar”, “Enguiçado”, “Se não vira jazz”, “Dona do horizonte” e “Ânsia de viver”.

Em 2016, por conta desse trabalho,foi indicado para o 27º Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor cantor de MPB.

No fim de 2016, trouxe para o Rio a turnê do seu disco “Vidas pra Contar”. Apresentou-se dois dias seguidos no Metropolitan, na Barra, com ambas as apresentações com ingressos esgotados. No repertório de 24 músicas, clássicos da carreira e composições novas, além de “Oceano”, incluída por causa dos constantes pedidos do público. Ainda em 2016 foi o vencedor do Grammy Latino na categoria “Melhor Canção em Português” com a composição “Vidas para contar”.

Em 2017 a canção inédita “Com mais ninguém” foi lançada para a novela “Tempo de amar” da Rede Globo em formato single com edição da Luanda Records. No mesmo ano realizou apresentações da turnê de seu último disco na Cidade do Porto em Portugal e pelo Brasil.

Ainda em 2016 foi o vencedor do Grammy Latino na categoria “Melhor Canção em Português” com a composição “Vidas para contar”.

Em 2017 a canção inédita “Com mais ninguém” foi lançada para a novela “Tempo de amar” da Rede Globo em formato single com edição da Luanda Records. No mesmo ano realizou apresentações da turnê de seu último disco na Cidade do Porto em Portugal e pelo Brasil.

Em 2018 lançou o disco “Vesúvio”, pela Luanda Records/Sony Music, com 13 faixas compostas, arranjadas e produzidas por ele mesmo, com participações do guitarrista Torcuato Mariano, os pianistas Paulo Calasans e Renato Fonseca, o baixista Arthur de Palla e o baterista Felipe Alves. “Vesúvio” conteve uma faixa-bônus, “Esplendor de amor”, ao final do disco, uma versão em espanhol da canção, “Meu romance”, em parceria com o compositor uruguaio Jorge Drexler.  Sua última parceria foi com Cássia Eller, em “Milagreiro” (2001). Em suas composições, muitos elementos do meio ambiente foram incluídos em faixas como “Vesúvio”, “Madrissilva”, “Entre outras mil”, e principalmente no samba “Orquídea”, em que cita os nomes científicos de pelo menos 15 espécies da planta.

Em 2019 apresentou-se pelo país com a turnê do disco “Vesúvio”.

Em 2022, alcançou 1 bilhão de streams em áudio e vídeo nas plataformas digitais, com a música “Se…” tendo sido a mais ouvida, com 135 milhões de execuções. Na lista das mais tocadas estão ainda “Oceano”, com 96 milhões de execuções, e “Sina”, que foi tocada 44 milhões de vezes.

Ainda em 2022, no mês de agosto,  Djavan lançou, pela LuandaRecords/Sony Music, o seu 25º  álbum com o título  “D”. O álbum teve como single a música “Num Mundo de Paz”.  A capa foi feita pelo designer Giovanni Bianco, que também dirigiu os clipes do álbum. A produção e os arranjos do álbum foram do próprio Djavan. As músicas incluídas no álbum foram “Primeira Estrada”, “Num Mundo De Paz”, “Nada Mais Sou”, “Cabeça Vazia”, “Ao Menos Um Porto”, “Beleza Destruída”, “Sevilhando”, “Você Pode Ser Atriz”, “Quase Fantasia”, “Ridículo”, “Êh! Êh!” e “Iluminado”. Todas, com exceção de “Êh! Êh!”, uma parceria com Zeca Pagodinho, são de autoria apenas de Djavan. Entre as participações estão as de Milton Nascimento em “Beleza Destruída” – primeira vez que os dois gravam algo juntos. Os músicos que tocaram no álbum foram Carlos Bala ou Felipe Alves (bateria), Marcelo Mariano ou Arthur de Palla (baixo), Marcelo Martins (saxofone), Jessé Sadoc (trompete e fluguel), Rafael Rocha (trombone), Paulo Calasans (teclados e apoio na direção musical) e Renato Fonseca (teclados), Max Viana, João Castilho e Torquato Mariano (guitarras), Marcos Suzano (pandeiro) e João Viana (hang drum). Destaque para a participação familiar de filhos e netos em “Iluminado”, com Djavan, Flavia Virginia (voz), Max Viana (violão), João Viana (voz, cajón e percussão), Sofia Viana (voz e ukelelê), Inácio Viana (voz e violão), Thomas Boljover(voz) e Lui Viana (voz).

Em setembro do mesmo ano Djavan se apresentou no Rock in Rio, abrindo o Palco Mundo no dia 10 acompanhando pela banda com Carlos Bala(bateria), Marcelo Mariano(baixo), Paulo Calasans (teclados), Torquato Mariano (guitarra), Marcelo Martins, Jessé Sadoc e Rafael Rocha (sopros).

Ganhou o prêmio na categoria Melhor Intérprete de MPB na edição de 2023 do Prêmio da Música Brasileira.

Em 2024 lançou álbum ao vivo a partir do show inaugural da turnê do álbum  “D”, que aconteceu em Maceió (AL). Foram incluídas no álbum músicas como “Alagoas”(Djavan) e Ventos do Norte (Djavan). O álbum “D – Ao vivo em Maceió” teve ação de marketing coordenada entre a Sony Music, a Luanda Records e a plataforma Spotify na qual Djavan usou a plataforma Countdown page, ainda em fase de testes. Foi colocado um link nas redes de Djavan a partir do qual foi possível fazer pré-save e o acompanhamento da contagem regressiva para o lançamento do álbum.

Discografias
2022 Sony Music D
2018 Sony Music Vesúvio
2015 Sony Music. CD “Vidas pra contar”.
2014 Sony Music DVD Rua dos Amores – ao vivo
2012 Rua dos Amores (Djavan) – Luanda/Universal - CD
2011 Ária (Djavan) - Luanda Records/Biscoito Fino – DVD
2011 Ária ao vivo (Djavan) - Luanda Records/Biscoito Fino – CD
2010 Ária (Djavan) – Luanda Records/Biscoito Fino - CD
2007 Luanda Records CD Matizes (Djavan)
2005 Luanda Records CD Na pista, etc. (Djavan)
2004 Luanda Records CD Vaidade (Djavan)
2001 Epic/Sony Music CD Milagreiro (Djavan)
2001 Som Livre CD Novelas (Djavan) - coletânea
1999 Epic/Sony Music Djavan ao vivo (Djavan)
1999 EMI-Music CD Meus momentos (Djavan) - coletânea
1998 Sony Music CD Bicho solto (Djavan)
1997 Lumiar Discos CD Songbook Djavan (vários artistas)
1996 Sony Music CD Malásia (Djavan)
1994 Sony Music CD Novena (Djavan)
1992 Sony Music CD Coisa de acender (Djavan)
1989 CBS CD Djavan (Djavan)
1988 CD Brazilian Knights and a Lady (Djavan, Ivan Lins e Patti Austin)
1988 CBS LP Pétala (Djavan) - coletânea
1987 CBS Não é azul mas é mar (Djavan)
1986 CBS Meu lado (Djavan)
1984 CBS Lilás (Djavan)
1983 CBS LP Para viver um grande amor - Trilha sonora do filme (vários artistas) - participação
1982 SonyMusic Luz (Djavan)
1982 EMI-Odeon LP Água (Djavan) - participação
1981 EMI/Odeon Seduzir (Djavan)
1980 EMI/Odeon Alumbramento (Djavan)
1978 EMI/Odeon Djavan (Djavan)
1977 Som Livre Compacto simples É hora/Romeiros
1976 Som Livre A voz, o violão e a arte de Djavan (Djavan)
1975 Som Livre Compacto Duplo Fato consumado/E que Deus ajude/Um dia/Rei do mar (Djavan)
Obras
A carta (c/ Gabriel o Pensador)
A ilha
A rota do indivíduo (c/ Orlando Morais)
Acelerou
Acerto de contas
Adorava me ver como seu
Alagoas
Aliás
Alumbramento (c/ Chico Buarque)
Além de amar
Alívio (c/ Arthur Maia)
Amar é tudo
Andaluz
Anjo de vitrô
Aquele um (c/ Aldir Blanc)
Ares sutis
Asa
Atitude
Avião
Avô (c/ Flávia Virgínia)
Azedo e amargo
Azul
Açaí
Bailarina
Baile
Bangalô
Banho de rio
Beiral
Bicho solto
Boa noite
Bouquet
Brilho da noite
Cair em si
Canto da Lira
Capim
Cara de índio
Carnaval no Rio
Cedo ou tarde
Celeuma
Cigano
Cordilheira
Corisco (c/ Gilberto Gil)
Curumim
Deixa o sol sair
Delírio dos mortais
Desandou
Desejo
Desfigurado
Doidice
Dois amores (c/ Fátima Guedes)
Dor e prata
Dores gris
Dorme Sofia
Dou não dou
Dupla traição
E que Deus ajude
Embola bola
Entre outras mil
Esfinge
Esplendor
Esquinas
Estátua de sal
Estória de cantador
Eu te devoro
Faltando um pedaço
Farinha
Fato consumado
Fera
Flor de liz
Flor do medo
Florir
Imposto
Infinito
Infinitude (c/ Flávia Virgínia)
Invisível (c/ Caetano Veloso)
Irmã de neon
Joaninha
Jogral (c/ Filó e José Neto)
Já não somos dois
Ladeirinha
Lambada de serpente (c/ Cacaso)
Lei
Liberdade
Lilás
Limão
Linha do Equador (c/ Caetano Veloso)
Lobisomem
Louça fina
Luanda
Lugar comum
Luz
Lábios
Madressilva
Magia
Mal de mim
Malásia
Mar à vista
Maria das Mercedes
Matizes
Maçã
Maçã do rosto
Me leve
Mea-culpa
Mera fantasia
Meu
Meu bem-querer
Meu romance
Mil vezes
Milagreiro
Minha irmã
Minha mãe
Miragem
Morena de endoidecer (c/ Cacaso)
Muito mais
Muito obrigado
Mundo vasto
Mãos dadas
Na boca do beco
Nas ruas
Navio (c/ Flávia Virgínia e Max Frederico)
Nem um dia
Nereci
Nobreza
Numa esquina de Hanói
Nuvem negra
Não deu
Obi
Oceano
Om
Orquídea
Outono
Passou
Pecado
Pedra
Pedro Brasil
Pode esquecer
Por uma mulher
Por uma vida em paz
Pára-raio
Pássaro
Pétala
Quantas voltas dá meu mundo
Quase de manhã
Quase perdida
Que foi my love?
Quero-quero
Quinze anos
Real (c/ Tetsuo Sakurai)
Rei do mar
Renunciação
Retrato da vida (c/ Dominguinhos)
Reverberou
Romance
Romeiros
Rua dos amores
Sabor impune
Samba dobrado
Samurai
Se
Se acontecer
Seca
Seduzir
Segredo
Sem saber
Serene (c/ Arto Lindsay)
Serrado
Sete coqueiros
Sim ou não
Sina
Solitude
Soweto
Sururu de capote
Sílaba (c/ Lulu Santos)
Tainá-flor
Tanta saudade (c/ Chico Buarque)
Tem boi na linha (c/ Aldir Blanc e Paulo Emílio)
Temporal
Tenha calma
Tenho medo de ficar só
Todas as horas
Topázio
Total abandono
Transe
Triste é o cara
Tão raro
Um amor puro
Um dia
Um quase amor
Vaidade
Ventos do norte
Vesúvio
Violeiros
Viver é dever
Você bem sabe (c/ Nelson Motta)
Água
Água de lua
Álibi
É hora
É sério (c/ Fátima Guedes)
Êxtase (c/ Aldir Blanc)
Íris
Shows
2016. Metropolitan, Rio de Janeiro “Vidas pra contar”
2013 Rua dos Amores – Vivo Rio, Rio de Janeiro
Djavan. Avery Fischer Hall. Nova York, EUA.
Djavan. Fundição Progresso, Rio de Janeiro.
Djavan. Metropolitan. Rio de Janeiro.
Djavan. Oi Noites Cariocas, Morro da Urca, Rio de Janeiro.
Djavan. Teatro João Caetano. Rio de Janeiro.
Djavan. Turnê de shows pela Europa e África.
Djavan. Turnê no Japão.
Djavan. Turnê nos Estados Unidos, Europa e Japão.
Djavan. Turnê pela Europa.
Matizes. Citibank Hall, Rio de Janeiro.
Participação no Festival de Montreux, Suíça.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.

Crítica

Ouvir Djavan sempre foi uma experiência pouco usual desde que ele começou a carreira, vindo das Alagoas há mais de 20 anos. E por qual razão? Simplesmente pela originalidade de seus versos soltos e desparafusados, que permitem viagens estético-poéticas com várias interpretações e cargas. Mas não é somente isso. Djavan criou, aos poucos, uma bateria de músicas que ficam guardadas na cabeça de quem as ouve. Como esquecer “Açaí”, com sua linha melódico-harmônica, forte e incisiva? Impossível.

Por tudo isso ocorreu com Djavan o que muitos de nós esperávamos: o reconhecimento internacional, exatamente por suas melodias sedutoras, que têm um discreto cheiro pop, de presumível agrado universal.

Lembro-me que fui ouvir Carmen McRae em 1982 em Nova York, no Five Spot, um dos templos do jazz. A cantora só falou duas ou três únicas frases no meio do show para anunciar que cantaria duas músicas de um jovem compositor latino (argh!). E sapecou Djavan. Depois do espetáculo, fui ao camarim para informar que Djavan era brasileiro. Miss MacRae deu um muxoxo de desdém e retrucou quase sem me olhar: “Não me importa a mínima se ele vem do México ou da Argentina.” E aí o insulto foi proposital. Dei meia volta, saí do camarim furioso, mas soube naquele momento que o Brasil já tinha outro Tom Jobim a caminho.

Ricardo Cravo Albin