
Museólogo. Carnavalesco. Cantor. Filho de mãe espanhola e pai suiço. Foi o idealizador do famoso Baile de Gala do Teatro Municipal, um dos mais famosos bailes carnavalescos do carnaval carioca.
Iniciou a carreira artística em 1937, quando convenceu o então diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro a criar um baile de carnaval naquele teatro aos moldes dos bailes de Veneza. Nesse ano usou a fantasia “Príncipe hindu” e obteve o primeiro lugar. Também fez bastante sucesso no desfile de 1965, quando se comemorou o Quarto centenário de Fundação do Rio de Janeiro com a fantasia “Estácio de Sá”. No cinema, atuou nos filmes “Terra em transe”, de Glauber Rocha, em 1967, e “Independência ou morte”, de 1972. Foi jurado do programa do Chacrinha. Atuou como carnavalesco nas escolas de samba Salgueiro, Portela, Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos das Tijuca. Como intérprete participou de algumas coletâneas carnavalescas, a primeira delas em 1969, quando gravou a marcha “Dondoca (Boneca deslumbrada)”, de Antônio Almeida, gravada com o coral As Bonecas e incluída no LP “Carnaval Rio 1970” da RCA Camden. Em 1970, fez, com Rubem Gerardi e Toninho, a marcha “Deslumbrada” que ele mesmo gravou para o LP “Sol e alegria – Copacarnaval 1971” da gravadora Copacabana. Em 1971, fez grande sucesso no carnaval com a marcha “Paz e amor”, de João Roberto Kelly e Toninho, incluída na coletânea carnavalesca “Carnaval Copacabana – 1972” da gravadora Copacabana. Em 1972, gravou a marcha “Vizinha milionária”, de sua autoria e Gracia do Salgueiro, para o LP “Carnaval 1973” da gravadora Copacabana. Em 1976, fez parte da coletânea “Carnaval 76” do selo Musicolor/Continental interpretando “A marcha do pompom”, de Max Nunes e Laércio Alves. Em 1981, participou de duas coletâneas para o Carnaval. Em “Carnaval 82 – As marchinhas estão de volta” da gravadora K-Tel cantou a marcha “Mais um chopp”, de Jayme Bochner, e para a coletânea “Carnaval do jeito que o povo gosta” da Top Tape gravou a marcha “Palhaço solidão”, com Ari Júnior. Em 1982, gravou a marcha “Vamos furunfar”, com Carlos Martins e Conceição, que integrou o LP “Carnaval 83 – VOL. 1” do selo Araponga/Lança/Polygram. No mesmo ano, gravou para o LP “Carnaval 83 – VOL. 2” do mesmo selo a marcha “Cachorro quente”, de Elidio Costa e Jandir Motta. Nessa época gravou a polêmica marcha “Fla gay”, de Jayme Bochner, que fez parte do LP “Carnaval Somil” do selo Somil. Participou de mais de dez coletâneas carnavalescas e deixou seu nome gravado na história da música popular com o sucesso da marcha “Paz e amor”.