Chico Caruso

Iniciou sua carreira profissional em 1967, como cartunista da “Folha da Tarde”. Atuou, também, nos jornais “Opinião” (1973), “Movimento” (1975) e “Gazeta Mercantil” (1975) e na revista “Isto É” (1976), que publicou sua charge do então Presidente Figueiredo fardado, com uma cabeça mínima e um tronco enorme e medalhado. O desenho lhe valeu o convite, por indicação do também cartunista Lan, para trabalhar no “Jornal do Brasil”.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1979 e trabalhou nessa publicação até 1984. Nesse ano, foi contratado pelo jornal “O Globo”, no qual atua desde então, tendo suas charges diárias publicadas com destaque na primeira página . Foi contemplado, em 1976, com o primeiro prêmio do 3º Salão Nacional de Piracicaba.

Publicou os livros “Natureza morta e outros desenhos do Jornal do Brasil” (1980), “Não tenho palavras” (1984), “Nova República: Novo e Velho Testamento” (1988), “Full Color” (1990), “Fora Collor” (1992) e “Itamar, modo de usar” (1993), além de “Pablo, mon amour”, uma biografia de Pablo Picasso feita através de charges, cujos originais integram a “Coleção de Caricaturas da Basiléia”, na Suíça.

Participou de várias coletivas e fez diversas retrospectivas de seu trabalho, duas das quais no Museu Nacional de Belas Artes e na Galeria Tomas Konn.

É autor da peça teatral “Amigo da onça”, que conta a história de Péricles Maranhão na revista “O Cruzeiro”, nos anos 1950. Dirigido por Paulo Betti e protagonizado por Chico Brandão, o espetáculo foi indicado para o Pêmio Shell, nas categorias Melhor Autor, Melhor Diretor e Melhor Ator.

Levando o humor para a música, formou uma dupla de cantores com o irmão, o também cartunista Paulo Caruso, interpretando músicas de autoria própria satirizando o cotidiano político. Devido ao sucesso das apresentações realizadas em vários espaços, a dupla registrou o trabalho no CD “Pra seu governo”, gravado com o Conjunto Nacional. No repertório do disco, suas canções “Muda Brasil – Tancredo Jazz Band” (c/ Paulo Caruso e Ronaldo Figueiredo), “Réquiem (monólogo)”, “Bar Brasil”, “A marcha da Perestroika”, “Bom é ser Presidente”, “Presidente Mulatinho”, “Olodum do nhenhenhém”, “Condomínio Castelo de Areia”, “Samba do Precatório”, “Funk do PM”, “Um consolo para Bill Clinton”, “Itamar e Itapior”, “Pastelzinho de pêlo”, “Metida Provisória”, “País do futuro”, todas de sua parceria com Paulo Caruso, e “100 anos de corrupção”, de Paulo Caruso.

Em 2002, apresentou-se, com Paulo Caruso, no Mistura Fina (RJ), com o show “Enfim um ano com a nossa cara”. Nesse mesmo ano, lançou o livro “Era uma vez FH”, compilação de desenhos publicados no jornal “O Globo”, entre 1994 e 2002, relacionados aos dois mandatos presidenciais de Fernando Henrique Cardoso.