4.754
© Flavio Colker
Nome Artístico
Cazuza
Nome verdadeiro
Agenor de Miranda Araújo Neto
Data de nascimento
4/4/1958
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
7/7/1990
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Poeta. Letrista.

Filho do produtor e diretor da gravadora Som Livre João Araújo e de Maria Lúcia Araújo (Lucinha Araújo).

Foi criado no bairro de Ipanema e estudou no Colégio Santo Inácio, um dos mais tradicionais da cidade. Posteriormente, já frequentando o Baixo Leblon (ponto de encontro de artistas e intelectuais no Rio de Janeiro), abandonou a faculdade de comunicação e viria a ser preso por porte e uso de drogas. Passou a trabalhar na gravadora Som Livre com o pai, então presidente da empresa, na época, fazia a primeira triagem de cantores novos e assessoria de imprensa. Chegou também a trabalhar como divulgador de artistas na gravadora RGE. Porém, continuava insatisfeito com o rumo da sua vida profissional. Viajou para os Estados Unidos, onde fez um curso de fotografia na Universidade de Berkley, e, de volta ao Brasil, matriculou-se no curso de teatro de Perfeito Fortuna (grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone e fundador do Circo Voador). Na montagem de “Pára-quedas do coração”, peça de conclusão de curso, seu papel exigia que cantasse, experiência que o agradou. Seu desempenho chamou a atenção de Léo Jaime, que o apresentou ao grupo Barão Vermelho, em 1981. Neste mesmo ano, com ajuda do poeta e letrista Tavinho Paes, imprimiu em mimeógrafo eletrônico, o livreto de poesia “Disparo contra o sol”, com poemas que mais tarde usaria como letra de músicas, no todo ou em parte. O livro não chegou a ter uma edição por editora e somente circulou entre os amigos do poeta com uma edição às margens do mercado convencional, isto é, edição marginal.

Logo no início da sua carreira solo, descobriu ser portador do vírus HIV, sendo o primeiro artista brasileiro a manifestar publicamente a condição de soropositivo. Após sua morte, Lucinha Araújo fundou a Sociedade Viva Cazuza (em Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro), entidade beneficente que trata de crianças com Aids, e publicou a biografia sobre a vida e a obra do filho.

No ano de 2005, sua letra “Todo amor que houver nessa vida” foi incluída na antologia poética “Veneno antimonotonia”, organizada pelo poeta e professor Eucanaã Ferraz, obra que reuniu 20 autores, entre poetas e letristas: Ana Cristina César, Armando Freitas Filho, Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Francisco alvin, João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira, Mário Quintana, Murilo Mendes, Oswald de Andrade, Adriana Calcanhoto, Aldir Blanc, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Noel Rosa, Antônio Cícero, Wally Salomão e Vinicius de Moraes.

Em 2010 entre as muitas monografias, dissertações de mestrado e teses de doutorado sobre sua obra, defendidas no círculo acadêmico de todo o país, destacamos “Segredos de Liquidificador – Um estudo das letras de Cazuza”, dissertação de mestrado defendida por Rafael Barbosa Julião, sob orientação do Professor Doutor Eucanaã de Nazareno Ferraz, no Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

No ano de 2020 foi lançado o livro “Brasileiros”, de Roberto de Castro Neves (Editora Nova Fronteira) com textos de diversos autores sobre personalidades de várias áreas, entre os quais, do compositor e jornalista Paulo Ricardo (cantor da banda RPM), no qual fala sobre a trajetória de Cazuza.

Dados artísticos

Sua formação musical passou tanto pelo rock de Jimi Hendrix, Rolling Stones e Led Zeppelin, quanto por artistas como Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran e Maysa, que costumava ouvir na casa do pai.

Seus primeiros discos com o grupo Barão Vermelho apresentavam rocks e blues, um gênero com o qual se identificava desde que ouvira Janis Joplin.

O primeiro disco do grupo Barão Vermelho, lançado em 1982, chamou a atenção de Caetano Veloso, que incluiu no repertório do seu show “Todo amor que houver nessa vida” (Frejat e Cazuza) e criticou as emissoras de rádios por não tocarem as músicas do grupo. No ano seguinte, Ney Matogrosso gravou com grande sucesso “Pro dia nascer feliz” (Frejat e Cazuza), do segundo disco do Barão Vermelho. Porém, a banda só se tornaria um sucesso de vendas com o compacto “Bete Balanço”, composição feita para o filme homônimo de Lael Rodrigues, que acabou sendo incluída no terceiro LP do grupo “Maior abandonado” e também no LP da trilha sonora do filme. Além de compor a música para o filme, ainda trabalhou como ator. Em seis meses, o disco vendeu 100 mil cópias.

Em julho de 1985, saiu amigavelmente do grupo para constituir carreira solo. O primeiro disco solo foi “Exagerado”. Lançado em novembro de 1985, apresentou uma sonoridade mais limpa que a do Barão e uma influência maior da MPB. Nessa fase, iniciou uma série de parcerias, além de manter as de Roberto Frejat e Ezequiel Neves, que continuaram amigos e parceiros. Nesse disco, destacam-se a faixa-título “Exagerado”, parceria com Leoni e Ezequiel, na qual reafirmava a sua persona romântico-poética, e a balada “Codinome beija-flor”, com Ezequiel e Reinaldo Árias. A música “Só as mães são felizes”, que homenageava o escritor beat Jack Kerouac, citado no verso-título, teve a sua execução pública proibida pela censura devido a alguns versos escatológicos e à citação explícita de incesto. Dois anos depois, lançou o LP “Só se for a dois”, disco que teve como maior sucesso o pop-rock “O nosso amor a gente inventa (estória romântica)”. Foi o seu primeiro trabalho na PolyGram, pois a Som Livre havia dissolvido o seu cast. Neste mesmo ano, participou como ator do filme “Um trem para as estrelas”, de Cacá Diegues, além de compor a música-tema “Um trem para as estrelas”, em parceria com Gilberto Gil. Ganhou como “Melhor Letrista da MPB”, prêmio que foi dividido com Chico Buarque, o que o deixeou na época muito orgulhoso. No dia 15 de maio de 1987, dois dias após saber ser portador do vírus HIV, fez show no teatro Ipanema e lançou-se, então, numa turnê nacional de grande sucesso. Depois da turnê, passaria dois meses críticos, internado num hospital de Boston, fazendo tratamento com AZT. Quando retornou, no início de 1988, gravou o terceiro LP, “Ideologia”. O disco vendeu meio milhão de cópias e trouxe a sua definitiva consagração artística. Músicas como a faixa-título, “Faz parte do meu show”, com  influência da bossa nova, e “Brasil”, um rock-sambão com forte comentário social sobre o país, formaram um conjunto denso de canções que mostravam um artista mais maduro. “Brasil” chegou a ser gravada por Gal Costa e foi tema de abertura da novela “Vale tudo”, da Rede Globo, na interpretação da cantora. Com a saúde estabilizada, no mesmo ano receberia o “Prêmio Sharp de Música” na categoria “Melhor Cantor Pop-Rock” e “Melhor Música Pop-Rock” pela composição “Preciso dizer que te amo”, parceria com Dé e Bebel Gilberto, lançada por Marina Lima.

Dirigido por Ney Matogrosso, fez o espetáculo “Ideologia”, no qual apresentava uma postura mais contida no palco e buscava valorizar o texto do show, sempre pontuado pela palavra vida. Sucesso de público e crítica, o show foi levado para todo o país e virou programa especial na Rede Globo. Devido ao grande sucesso da turnê, o show foi registrado em disco “O tempo não pára”. Além de reunir os seus maiores sucessos, trazia duas músicas inéditas que logo fariam sucesso nacional: “Vida louca vida”, de Lobão e Bernardo Vilhena, e “O tempo não pára”, parceria  com Arnaldo Brandão. Foi nessa época que reconheceu em rede de televisão que estava com Aids.

Em fevereiro a junho de 1989 gravou, já em cadeira de rodas, seu derradeiro registro fonográfico em vida, o disco duplo “Burguesia”. O trabalho apresentou uma concepção dual. Num disco, o de embalagem azul, prevalecia o rock, noutro, o de embalagem amarela, MPB. Nesse disco interpretou músicas de Antônio Maria e Caetano Veloso, além de inaugurar parcerias com Rita Lee e Angela Ro-Ro. Contudo, o disco não alcançou o mesmo sucesso de público dos anteriores e foi recebido friamente pela crítica. Em outubro de 1989, retornou a Boston para tratamento médico, voltando ao Brasil em março do ano seguinte, em estado bastante delicado.

Em julho de 1990 morreria em decorrência da Aids. Neste mesmo ano, a Editora Lumiar lançou o “Songbook Cazuza”, em dois volumes, nos quais participaram diversos artistas da MPB.

Em 1991, foi lançado “Cazuza por aí”, disco com as faixas que não foram utilizadas em “Burguesia”. Após sua morte, várias coletâneas foram lançadas com sucesso e suas composições constantemente regravadas por vários artistas. Por essa época, sua mãe fundou, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio de Janeiro, uma entidade de apoio a crianças portadoras do vírus da Aids “Sociedade Viva Cazuza”.

No ano de 1997, Cássia Eller gravou o disco “Veneno antimonotomia” só com composições de Cazuza. Neste mesmo Lucinha Araújo publicou o livro “Cazuza – só as mães são felizes” Editora Globo, São Paulo.

No dia 16 de novembro de 1999, foi realizado na casa de espetáculos carioca Metropolitan um show tributo em sua memória. Neste show participaram, entre outros, Ney Matogrosso, Leoni, Dulce Quental, Barão Vermelho e Arnaldo Antunes. O show foi transformado em CD pela Som Livre e lançado no ano seguinte com o nome “Tributo a Cazuza”.

Em fevereiro de 2000, estreou em São Paulo, na casa de espetáculos Tom Brasil, o musical “Cazas de Cazuza”, com 16 atores-cantores dirigidos por Rodrigo Pitta.

Em 2001, Simone gravou “Pura seda” (Cazuza e Frejat), música composta para a cantora em 1984, gravada com a participação de Roberto Frejat, dando título ao disco da cantora.

No ano de 2002 foi inaugurada no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, a exposição “A Imagem do Som do Rock Pop Brasileiro”, na qual foi incluída uma “instalação” do fotógrafo Walter Carvalho sobre a música “Ideologia”, na qual o ator Daniel de Oliveira pousou nu. Neste mesmo ano foi lançada a 6ª edição do livro “A canção popular brasileira”, de Vasco Mariz, no qual o autor faz várias referência ao cantor e compositor.

Em março de 2003 começou a ser filmado “Cazuza – Eu preciso dizer que te amo”, dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho com roteiro de Victor Navas e Fernando Bonassi. O filme foi baseado na biografia “Só as mães são felizes”, escrita por Lucinha Araújo, tendo como ator principal Daniel de Oliveira. Neste mesmo ano, sua composição “O tempo não pára” (c/ Arnaldo Brandão) gravada no disco “Y punto”, do grupo de rock argentino Bersuit foi regravada no CD ao vivo “De la cabeza com Bersuit” do mesmo grupo e fez parte da trilha sonora da novela de uma das principais emissoras de TV da  Argentina neste mesmo ano de  2003.

Em 2005 foi descoberta a fita do show “Só se for a dois”, no Teatro Ipanema, em 1987,  e transformada no  disco “Cazuza – o poeta está vivo”, produzido por José Daniel. O CD trouxe a primeira execução da música “Brasil” e outras desconhecidas, na época, “Ritual” (c/ Roberto Frejat), além de composições que seriam sucesso anos depois como “Todo amor que houver nessa vida”, “Um trem pras estrelas”, “Pro dia nascer feliz” e “Maior abandonado”, entre outras.

Em abril de 2008, nas comemorações do aniversário de 50 anos de nascimento, vários artistas da MPB participaram de um show em sua homenagem. O espetáculo, integrante do “Projeto Tim Música”, foi apresentado em palco na Praia de Copacabana e reuniu Caetano Veloso, Ney Matogrosso, George Israel (Kid Abelha), Leoni, Gabriel O Pensador, Preta Gil e Paulo Ricardo, entre outros.

No ano de 2010 o parceiro George Israel, com quem compôs 17 músicas, a maioria delas gravadas por vários artistas nacionais. Lançou o CD “13 parcerias com Cazuza” (Selo MPB com distribuição da Universal Music), com várias participações especiais, tais como Ney Matogrosso, Elza Soares, Frejat, D2, Sandra de Sá, Paulo Ricardo, Evandro Mesquita, Marcelo Novaes na gaita, Jaksom, Tico Santa Cruz e a nova geração Rafael Frejat (filho de Frejat), Fred e Leo Israel (filhos de George Israel) nas regravações de clássicos e uma inéditas da parceria de ambos. No disco, produzido pleo baixista Dadi Carvalho, foram incluídas “Você Vai Me Enganar Sempre 2” (c/ Nilo Romero e George Israel), faixa que contou com um dueto virtual de Cazuza e George Israel (cuja voz foi recuperada a partir de uma fita k7 gravada). A faixa ainda contou com a participação especial de Family Man (baixista de Bob Marley em todos os seus discos e até hoje integrante do The Wailers) e de Charlie Lalibe (baterista do grupo Alphablondy); “Brasil”, música que contou com regravação de Elza Soares (de quem Cazuza era amigo e fã incondicional) e Marcelo D2; “De quem é o poder (c/ Nilo Romero e George Israel); “Completamente Blue”; “Blues do Ano 2000”, com a participação de Frejat e do filho Rafael Frejat, além dos filhos de Geroge Israel Fred e Leo Israel, que tocam bateria e baixo, respectivamente; “4 Letras” com participação de Ney Matogrosso; “Inocência do Prazer”; “Solidão que nada” (c/ Nilo Romero e Cazuza) com participação especial de Sandra de Sá; “Amor, Amor” (c/ Freja e George Israel); “Mina” faixa que contou com a participação de Paulo Ricardo; “Nabucodonosor” com participações de Evandro Mesquita cantando e Marcelo Novaes na gaita; “Burguesia” (c/ George Israel e Ezequiel Neves) com participação de Tico Santa Cruz, além da única inédita “Eu agradeço”, composta em parceria com George Israel e Nilo Romero.No ano de 2013 o compositor foi citado no livro “Dias de Luta – O Rock e o Brasil dos Anos 80”, de Ricardo Alexandre, lançado pela Arquipélogo Editorial Ltda, de Porto Alegre. Neste mesmo ano foi lançando o CD “Agenor – Canções de Cazuza” (Selo Joia Moderna), homenagem feita pela nova geração de músicos e cantores, tais como a dupla Letuce (Não amo ninguém), Felipe Cordeiro (Tapas na cara), Wado (Down em mim), Catarina Dee Jah (Largado no mundo), Botika (Ritual), o cantor capixaba Silva (Mais feliz), Momo (Blues do iniciante), Qinho (Sorte e azar), Domenico Lancellotti (Vingança boa) e os grupos Tono (Amor, amor) e Mombonjó (Vem comigo), Brunno Monteiro (Nunca sofri por amor”), entre outros dos 17 artistas da nova geração que fizeram uma releitura musical do compositor no disco, produzido por Lorena Calabria e DJ Zé Pedro. No CD foram inseridas músicas pouco conhecidas, além de alguns sucessos, entre as quais Mariano Marovatto (Incapacidade de amar), “Gatinha de rua” pelo grupo Do Amor e a faixa “Doralinda” com Kassin. O disco foi lançado no Miranda, com DJ Zé Pedro recebendo vários dos participantes do trabalho, destacando-se a dupla Letuce, Qinho e os grupos Tono e Do Amor. Neste mesmo ano de 2013, no Palco Mundo, do evento “Rock In Rio”, vários artistas lhe prestaram homenagem em um show intitulado “O poeta está vivo”, no qual se apresentaram Ney Matogrosso (“O poeta está vivo”, “Codinome beija-flor”, “Brasil” e “O tempo não para”); Paulo Miklos (“Down em mim”, “Exagerado”e “Vida, louca vida”); Maria Gadú (“Faz parte do meu show” e “Bete Balanço”); Bebel Gilberto (“Preciso dizer que amo” e “Todo amor que houver  nessa vida”); Jota Quest (“Solidão, que nada” e “O nosso amor a gente inventa”) e por fim, o Barão Vermelho com as músicas “Blues da piedade”, “Por que a gente é assim?” e “Pro dia nascer feliz”, com todos os participantes no palco cantando trechos da composição. Ainda em 2013, desta vez em São Paulo, o cantor recebeu a homenagem “Viva Cazuza”, desta vez organizada pelo baixista e produtor Nilo Romero. O show também incluiu uma homenagem ao pai do cantor, João Araújo que acabara de falecer. O evento contou com as paticipações de Gal Costa, Paulo Ricardo, Nilo Romero, Leoni, Rogério Meanda, Guto Golfi e George Israel, acompanhados pelos músicos Marco Suzano (percussão), Gê Fonseca (teclados). Também em 2013, desta vez o compositor foi homenageado no projeto “Encontros O Globo – Rock in Rio – Especial Cazuza”, em evento no Teatro Rival BR, na Cinelândia,no centro do Rio de Janeiro. O projeto, mediado pelos jornalistas Bernardo Araújo (Editor Assistente do Segundo Caderno) e Arthur Dapieve (Colunista de O Globo), constituía de um debate seguido de depoimentos de amigos como Sandra de Sá, Dé Palmeira, George Israel, Charles Gavin e Leoni, além da mãe do poeta, Dona Lucinha Araújo. Ao final do evento todos os convidados interpretaram alguns sucessos do homenageado, tais como “Exagerado”, “Brasil” e “Preciso dizer que te amo”. Ainda em 2013o escritor Aloísio de Abreu montou o espetáculo “Cazuza – Pro dia nascer feliz – o Musical”, apresentado no Rio de Janeiro.

No ano de 2014 o evento “Viva Cazuza” foi levado ao palco montado na areia de Ipanema, no qual vários parceiros e intérpretes cantam sua obra. Ao final do espetáculo todos os participantes e Lucinha Araújo se uniram à holografia do compositor e apresentaram a última música. Também em 2014 a cantora Maria Gadú apresentou um tributo ao compositor no palco do Vivo Rio, pelo projeto “Banco do Brasil Covers”.

Em 2022 entrou em processo de produção, dirigido por Nilo Romero, o documentário “Cazuza: Boas Novas”, sobre o período de cerca de dois anos entre o diagnóstico da Aids e a morte do compositor.

 

Discografias
2005 Som Livre CD Cazuza - o poeta está vivo

(ao vivo)

1991 PolyGram LP Cazuza por aí
1990 Lumiar Discos CD Songbook Cazuza

(vários)

1989 PolyGram LP Burguesia
1988 PolyGram LP Ideologia
1988 PolyGram LP O tempo não pára

(ao vivo)

1987 PolyGram LP Só se for a dois
1985 Som Livre LP Exagerado
1984 Som Livre LP Maior abandonado
1983 Som Livre LP Barão Vermelho 2
1983 Som Livre Compacto simples Pro dia nascer feliz
1982 Som Livre LP Barão Vermelho
Obras
Azul e amarelo (c/ Lobão e Cartola)
Baby lonest (c/ Ledusha e Bernardo Vilhena)
Baby suporte (c/ Barros, Pequinho e Ezequiel)
Bete balanço (c/ Frejat)
Boas novas
Bruma (c/ Arnaldo Brandão)
Burguesia (c/ George Israel e Ezequiel Neves)
Cobaias de deus (c/ Angela Ro Ro)
Codinome beija-flor (c/ Arias e Ezequiel Neves)
Como já dizia Djavan (c/ Frejat)
Dolorosa (c/ Frejat)
Down em mim
Eu agradeço (c/ George Israel e Nilo Romero)
Eu queria ter uma bomba
Eu quero alguém (c/ Renato Rocketh)
Exagerado (c/ Leoni e Ezequiel Neves)
Faz parte do meu show (c/ Renato Ladeira)
Filho único (c/ João Rebouças)
Garota de Bauru (c/ João Rebouças)
Ideologia (c/ Frejat)
Maior abandonado (c/ Frejat)
Mal nenhum (c/ Lobão)
Manhatã (c/ Leoni)
Milagres (c/ Frejat e Denise Barroso)
Mulher sem razão (c/ Dé e Bebel Gilberto)
Narciso (c/ Frejat)
Não amo ninguém (c/ Ezequiel Neves e Frejat)
Nós (c/ Frejat)
O nosso amor a gente inventa (c/ Rogério Meanda e João Rebouças)
O tempo não pára (c/ Arnaldo Brandão)
Perto do fogo (c/ Rita Lee)
Por que a gente é assim? (c/ Frejat e Ezequiel Neves)
Pro dia nascer feliz (c/ Frejat)
Pura seda (c/ Frejat)
Quando eu estiver cantando (c/ João Rebouças)
Sem vergonha (c/ Frejat)
Sub-produto do rock (c/ Frejat)
Só as mães são felizes (c/ Frejat)
Todo amor que houver nessa vida (c/ Frejat)
Tudo é amor (c/ L. Finochiaro)
Você se parece com todo mundo (c/ Frejat)
Shows
O tempo não pára. Canecão, RJ.
Rock In Rio, RJ,
Show Só se for a dois. Teatro Ipanema, RJ,
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

ALBIN, Ricardo Cravo. MPB, a história de um século. Rio de Janeiro: Atrações Produções Ilimitadas/MEC/Funarte, 1997.

ALBIN, Ricardo Cravo. O Livro de Ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A., 2003.

ALEXANDRE, Ricardo. Dias de Luta – O Rock e o Brasil dos Anos 80. Porto Alegre, Rio Grande do Sul: Arquipélogo Editorial Ltda, 2ª ed., 2013.

AMARAL, Beatriz Helena Ramos. Cássia Eller – Canção na voz do fogo. Escrituras Editora, 2002, SP.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

ARAÚJO, Lucinha. Cazuza – Só as mães são felizes. São Paulo: Editora Globo, 1997.

CHAVES, Xico e CYNTRÃO, Sylvia. Da Pauliceia à Centopeia Desvairada – as Vanguardas e a MPB. Rio de Janeiro: Elo Editora, 1999.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.

DAPIEVE, Arthur. BRock: o rock brasileiro dos anos 80. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.

FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.

JUÇÁ, Maria. Circo Voador – A Nave. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2014.

MARCONDES, Marcos Antônio. Enciclopedia da música brasileira – erudita, folclórica e popular. São Paulo. Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha – 2ª edição, 1998.

MARIZ, Vasco. A canção popular brasileira. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 2002.

MIGUEL, Antonio Carlos. GUIA DE MPB EM CD. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000.