
Poeta.
Nasceu na Fazenda do Prata, Capivari, no Rio de Janeiro. Fez seus estudos no Colégio Freese de Nova Friburgo, Cidade do Rio de Janeiro. Em 1853, a fim de aprofundar estudos sobre o comércio, foi enviado pelos pais para Portugal, onde contraiu tuberculose. Retornando ao Brasil, em 1857, faleceu três anos depois.
Apesar de sua obra ser quase inteiramente dedicada à poesia, escreveu também para teatro peças como “Camões e Jaó”, de 1856. Diversos poemas seus foram musicados por compositores populares. Hugo Bussmeyer musicou “Anjo”, Chiquinha Gonzaga musicou “O que é simpatia”. Em 1902, “Poesia e amor” foi gravada na Zon-O-Phone, pela cantora Odete, e, em 1906, por Emília de Oliveira na Odeon. Em 1907, o cantor Mário Pinheiro gravou na Odeon uma modinha sobre os versos de “Meus oito anos”, que também conheceu gravação em ritmo de tango por Carlos Galhardo, com melodia de Silvino Neto, pela RCA Victor em 1956. Esse poema, aliás, chegou a ser musicado por diversos autores, muitos deles desconhecidos. Em 1928 o poema “Moreninha”, musicado por Oscar da Silva foi gravado por Antônio Coutinho na Odeon. É o patrono da cadeira nº 6 da Academia Brasileira de Letras. Foi o “maior poeta dos modos menores que o nosso Romantismo teve”, segundo descreve o crítico e ensaísta Antônio Cândido em “Formação da Literatura Brasileira”.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.