1.001
Nome Artístico
Carlos Pena Filho
Nome verdadeiro
Carlos Souza Pena Filho
Data de nascimento
27/5/1929
Local de nascimento
Recife, PE
Data de morte
1/7/1960
Local de morte
Recife, PE
Dados biográficos

Poeta. Compositor.

Cursou a faculdade de Direito, mas acabou dedicando-se ao jornalismo e à vida boêmia.

Dados artísticos

Seus primeiros trabalhos de poesia foram publicados no jornal Diário de Pernambuco. Em 1952 publicou o primeiro livro, “O tempo da busca”. Um dos parceiros do músico pernambucano Capiba. Em 1955 publicou seu segundo livro de poesias, “Memórias do boi Serapião”, com uma temática social e ilustrado por Aloísio Magalhães. Em 1958 publicou “A vertigem lúcida”. Em 1959, mostrou a Capiba um poema pedindo-lhe para musicá-lo para o carnaval. Capiba, entretanto, achou a letra muito bonita para ser cantada apenas por quatro dias e resolveu fazer um samba-canção. Nascia assim “A mesma rosa amarela”, que se incorporou ao movimento da Bossa Nova, tornando-se uma das principais canções da década de 1960. O próprio poeta começou a divulgar a música cantando-a nos bares que freqüentava, especialmente na A Cabana, restaurante que reunia jovens intelectuais do Recife. Foi gravada primeiramente pelo cantor Claudionor Germano, ainda em 1960 pela gravadora pernambucana Mocambo, tornando-se sucesso através da cantora Maysa que a gravou em 1962, pela RCA Victor. A música conheceu diversas regravações entre as quais as do Conjunto Farroupilha, de Paulinho Nogueira e de Jair Rodrigues, além de uma da cantora Marisa Barroso que a lançou na forma de guarânia. Ainda em 1959 teve publicado pela Livraria São José do Rio de Janeiro seu “Livro geral”, antologia de seus trabalhos. Outras letras de sua autoria musicadas por Capiba foram “Ai de mim”, samba-canção gravado em 1961 por Claudionor Germano e depois por Tito Madi, o samba “Claro amor”, gravado por Claudionor Germano e depois por Paulo Molin, o samba “Manhã da tecelã” também gravado por Claudionor Germano, o frevo-canção “Não quero amizade com você”, gravado por Paulo Molin e a canção “Sino, claro sino” interpretado por Zélia Barbosa. Morreu prematuramente sem ver o sucesso de “A mesma rosa amarela”. Nos anos 1970, o cantor e compositor Alceu Valença musicou seus poemas “Solibar” e “Sino de ouro”. Em 1993 teve diversos poemas musicados pelo músico Antônio José Madureira e gravados no CD “Opereta do Recife”, entre os quais, “Bairro do Recife”, “Dádivas do amante”, “Desmantelo azul” e “Manoel, João e Joaquim”, homenagem aos poetas Manoel Bandeira, João Cabral de Melo Neto e Joaquim Cardozo.

Obras
A mesma rosa amarela (c/ Capiba)
Ai de mim (c/ Capiba)
Bairro do Recife (c/ Antônio José Madureira)
Chope (c/ Antônio José Madureira)
Claro amor (c/ Capiba)
Desmatelo azul (c/ Antônio José Madureira)
Dádivas do amante (c/ Antônio José Madureira)
Elegia (c/ Antônio José Madureira)
Manhã de tecelã (c/ Capiba)
Manoel, João e Joaquim (c/ Antônio José Madureira)
Não quero amizade com você (c/ Capiba)
O início e o fim (c/ Antônio José Madureira)
Olinda (c/ Antônio José Madureira)
Poema de natal (c/ Antônio José Madureira)
Secos e molhados (c/ Antônio José Madureira)
Sino de ouro (c/ Alceu Valença)
Sino, claro sino (c/ Capiba)
Solibar (c/ Alceu Valença)
Sonetinho azul (c/ Antônio José Madureira)
Bibliografia Crítica

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

GONÇALVES, Magaly trindade; AQUINO, Zélia Thomaz de e SILVA, Zina Bellodi. Antologia de antologias. São Paulo: Musa editora, 1997