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Nome Artístico
Candeia
Nome verdadeiro
Antônio Candeia Filho
Data de nascimento
17/8/1935
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
16/11/1978
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Cantor.

O pai, Antônio Candeia, era tipógrafo, flautista e integrante de comissões de frente de escolas de samba. Quando criança, na data de seu aniversário, o pai promovia uma roda de samba para os amigos adultos, regada à cachaça e a feijão.

Desde os seis anos de idade, frequentava as rodas de samba e choro, organizada por seu pai, sambista e boêmio, amigo de Paulo da Portela, João da Gente, Claudionor Cruz e Zé da Zilda.

Aprendeu a tocar violão e cavaquinho e passou a participar das reuniões de sambistas na casa de Dona Ester, em Oswaldo Cruz. Por essa época, conheceu e fez amizade com vários compositores como Luperce Miranda.  Também era freqüentador dos terreiros de candomblé, das rodas de capoeira e da Escola de Samba Vai Como Pode, que deu origem à Portela.

Começou a compor aos 13 anos.

O primeiro samba-enredo para a Portela foi “Seis datas magnas”, em parceria com Altair Marinho. Com esse samba, em 1953, a escola foi campeã no carnaval daquele ano, obtendo nota máxima em todos os quesitos. Por essa época, com alguns amigos, fundou a Ala da Mocidade da Portela. Mais tarde, integrou a Ala dos Impossíveis, considerada por Paulo da Portela como a ala que mais deu fruto para a escola.

Em 1957, aos 22 anos, entrou para a Polícia Civil, assumindo o cargo de Investigador. Policial severo vivia prendendo prostitutas e malandros. Certa vez, em uma sinuca, chegou a pedir documentos a um certo rapaz que mais tarde seria conhecido como Paulinho da Viola. No dia 13 de dezembro de 1965, após abordar um caminhão e ao esvaziar o revólver nas rodas do veículo, foi surpreendido pelo motorista que lhe desfechou cinco tiros. Um deles alojou-se na medula óssea. Logo depois, já paralítico, foi  obrigado a afastar-se da profissão e passou a dedicar-se exclusivamente à carreira artística.

Em 8 de dezembro de 1975, desiludido com o gigantismo assumido pelas escolas, inclusive a Portela, fundou, ao lado de outros compositores como Nei Lopes e Wilson Moreira, o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo. Inicialmente, a nova escola teve sede em Rocha Miranda e logo depois mudou-se para Acari, sendo Candeia o primeiro presidente do conselho deliberativo.

Em 1978, em parceria com Isnard, lançou o livro “Escola de Samba – A Árvore que Esqueceu a Raiz”, pela Editora Lidador/Seec. De acordo com o crítico Mauro Ferreira: “Tal qual Zumbi dos Palmares, Candeia era o Zumbi dos terreiros cariocas, desbravando caminhos e lutou para manter erguida a bandeira dos partidos mais altos e do orgulho negro.”.

No ano de 1987 foi publicado pela Funarte, em coedição com a Martins Fontes, o livro “Candeia: luz da inspiração”, de João Batista M. Vargem.

Em 2002 foi lançado o livro “Velhas Histórias, memórias futuras” (Editora Uerj) de Eduardo Granja Coutinho, livro no qual o autor faz várias referências ao compositor.

Sua vida e obra também foram temas de dois documentários em longas-metragens: “Eu sou o povo!”, de Bruno Bacellar, Luís Fernando Couto e Regina Rocha) e “É Candeia”, dirigido por Márcia Waltzl.

Em 2007 o texto “É samba na veia, é Candeia”, de Eduardo Rieche, foi o vencedor do “Seleção Brasil em Cena 2007”, concurso nacional de dramaturgia promovido pelo Centro Cultural Banco do Brasil. No ano seguinte o texto foi levado ao palco do CCBB com direção cênica de André Paes Leme e direção musical de Fábio Nin. Estrelado pelo ator Jorge Maya, a peça sobre a obra e a vida do compositor ficou em cartaz por vários meses, atraindo um público de cinco mil espectadores e acumulando prêmios, tal como “Melhor Espetáculo de 2008”, pelo júri do Jornal do Brasil, sendo também indicado ao “Prêmio Shell 2008” nas categorias de “Melhor Texto” e “Melhor Direção Musical”. No ano de 2009 a peça foi levada ao palco do Centro Cultural Veneza, em Botafogo e posteriormente estreou temporada no teatro Ôi Casa Grande, no Leblon, no Teatro Villa-Lobos, em Copacabana, ambos os bairros na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Em 2011 foi finalizado o documentário “Candeia – Sangue, Suor e Lágrimas”, dirigido por Felipe Nepomuceno. Neste mesmo ano sua filha Selma Candeia (Presidente do Grêmio Recreativo de Artes Negras Quilombo) deu início à pesquisa de um livro sobre o compositor, trabalho no qual vários familiares e amigos prestaram entrevistas sobre o sambista.

No ano de 2018 estreou no “11º Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Caribe”, no Cine Odeon, Cinelândia, no Rio de Janeiro, o filme “Candeia”, do diretor Luiz Antônio Pilar.

No ano de 2023 o editor Léo Antan (Selo Carnavalize) reeditou o livro “Escola de Samba, a Árvore que Esqueceu a Raiz”, escrito por Candeia em parceria com o professor e escritor Isnard Araújo, publicado originalmente em 1978 pela Editora Lidador, prefaciado por Sérgio Cabral. Na reedição a obra ganhou texto de apresentação do escritor João Batista Vargens, autor de “Luz da Inspiração”, perfil biográfico do compositor editado em 1987, além de uma nova ilustração da capa do artista gráfico Rodrigo Cardoso. Sobre a nova edição e a importância do compositor no cenário do samba e das Escolas de Samba, o radialista Adelzon Alves comentou em entrevista ao “Segundo Caderno”, do Jornal O Globo:

“Era um personagem central, jamais figurativo. Em sua casa, na Rua Albano, na Taquara, ele reunia pessoas fundamentais para a luta contra a desconfiguração das escolas e samba. Natal era o homem forte da Portela, o provedor. Mas a liderança intelectual da escola naquele período era o Candeia. Tanto que quando rompeu com a escola e fundou o Granes todos os grandes nomes o apoiaram e permaneceram ao lado dele. Pena que morreu jovem, em novembro de 1978, no mesmo ano em que lançou este livro. Mas a sua chama de resistência, de fato, não se apagou nem se apagará.”

O livro foi lançado no Museu do Samba, na Mangueira, e contou com as filhas do compositor, entre as quais a cantora Selma Candeia, em festa com muito samba, bem ao feitio dele.

Dados artísticos

Iniciou a carreira artística na Portela, levado pelo compositor Alvaiade, responsável por seu lançamento e apresentação na ala dos compositores da escola.

Aos 17 anos, em 1953, compôs o samba-enredo “Seis datas magnas” em parceria com Altair Marinho, sendo este o primeiro samba na história do carnaval a conseguir a nota máxima do júri. Ainda na Portela, com Valdir 59, compôs mais dois sambas-enredos. Um deles, “Festas juninas em fevereiro”, de 1955, classificou a escola em terceiro lugar.

No ano de 1957 compôs com Valdir 59 o samba-enredo “Legados de D. João VI” , com o qual a escola foi campeã. Neste mesmo ano, teve gravada em um 78 rpm por Luís Bandeira a sua primeira música, “Samba sincopado”. O cantor ouvira a samba por acaso, nos estúdios da gravadora Sinter.

No ano de 1959 compôs com Casquinha, Bubu, Valdir 59 e Picolino, o samba-enredo “Brasil, panteão de glórias”, com o qual a escola se classificou no carnaval daquele ano em primeiro lugar.

No início da década de 1960 participou do movimento de revitalização do samba, promovido pelo CPC (Centro Popular de Cultura) em parceria com a UNE (União Nacional dos Estudantes). Por essa época, ao lado de Picolino e Casquinha, organizou o conjunto Mensageiros do Samba que, a partir de 1964, passou a apresentar-se no Zicartola, chegando a gravar um LP pela Philips.

No ano de 1965, no aniversário dos 400 anos da cidade do Rio de Janeiro, compôs com Valdir 59 “Histórias e tradições do Rio Quatrocentão”, com o qual a Portela se classificou em terceiro lugar no desfile daquele ano. Neste mesmo ano, Elizete Cardoso, no LP “Elizete sobe o moro”, interpretou de sua autoria “Minhas madrugadas” (c/ Paulinho da Viola). No ano seguinte, Paulinho da Viola regravou a composição.

Em 1970 lançou o LP “Candeia”, o primeiro disco individual, no qual interpretou de sua autoria “Samba da antiga”, “Viver”, “Chorei, chorei”, “O pagode”, “Prece ao sol”, “A volta”, “Paixão segundo eu”, “Dia de graça”, “Outro recado” (c/ Otto Enrique Trepte “Casquinha”), “Sorriso antigo” (c/ Aldecy),  “Coisas banais” (c/ Paulinho da Viola) e “Ilusão perdida” (c/ Otto Enrique Trepte “Casquinha”). No ano seguinte, pela mesma gravadora, lançou o LP “Raiz”. No disco incluiu de sua autoria “Filosofia do samba”, “Vem é lua”, “A hora e a vez do samba”, “Quarto escuro”, “Regresso”, “Saudação a Toco Preto”, “De qualquer maneira”, “Imaginação” (c/ Aldecy), “Minhas madrugadas” (c/ Paulinho da Viola), “Saudade” (c/ Arthur Poerner), “Vai pro lado de lá” (c/ Euclenes) e ainda “Silêncio tamborim”, de autoria de Anézio e Wilson Bombeiro.

Em 1972, juntamente com Hiram Araújo, foi o autor do enredo “Ilu Ayê – A Terra da Vida”. A Portela se classificou em terceiro lugar com o samba-enredo do mesmo nome, de autoria de Cabana e Norival Reis.

Em meados da década de 1970, afastou-se da Portela. No ano de 1974, Clara Nunes gravou “Sindorerê”. Neste mesmo ano, o crítico Ricardo Cravo Albin incluiu seu samba “Dia de graça” no oitavo e último LP da série “MPB – 100 Anos – Ao Vivo”, contando a história da MPB, gravado ao vivo na Rádio MEC. O samba foi interpretado por Elza Soares, acompanhada de Abel Ferreira e seu conjunto. Ainda em 1974, Elizete Cardoso, no LP “Feito em casa”, incluiu de sua autoria “Peso dos anos”, parceria com Walter Rosa.

Em 1975, pela gravadora Tapecar, lançou o LP “Samba de roda”, no qual adaptou e interpretou diversos motivos folclóricos da Bahia, entre os quais “Capoeira: Ai, Haydê”, “Paranauê”, “Maculelê: Sou eu, sou eu”, “Não mate homem”, “Olha hora Maria”, “Candomblé: Deus que lhe dê” e “Salve! Salve!”, além da faixa-título “Samba de roda: Porque não veio”, também um desses motivos baianos. No disco também incluiu composições de sua autoria, entre elas “Brinde ao cansaço”, “Alegria perdida” (c/  Wilson Moreira), “Sinhá dona da casa”  (c/ Netinho), “Acalentava”, “Samba na tendinha”, “Não tem veneno” (c/ Wilson Moreira), “Eskindôlelê” e ainda “Já clareou” (Dewett Cardoso), “Conselhos de vadio” (Alvarenga) e “Camafeu” (Martinho da Vila). Neste mesmo ano participou do disco “Partido em 5 – volume 1”, ao lado de Joãozinho da Pecadora, Anézio, Wilson Moreira, Velha e Casquinha. Ainda em 1975, ao lado de Hélio Nascimento, Anézio, Velha, Casquinha e Wilson Moreira, gravou o LP “Partido em 5 volume 2”, no qual foram incluídas de sua autoria “Batuque feiticeiro”, “História de pescador” e “Luz da inspiração”. Participou também do LP “Partido de primeira”, no qual interpretou “Samba na tendinha”, “Já clareou” e “Olha a hora, Maria”. Neste mesmo ano, Clara Nunes gravou um sucesso de sua autoria, “O mar serenou”, e  Alcione, no LP “A voz do samba”, incluiu duas composições de sua autoria, “História de pescador” e “Batuquei no feiticeiro”.

Em 1977 Clara Nunes gravou no LP “As forças da natureza”, a composição “PCJ – Partido da Clementina de Jesus”, interpretada em dueto com Clementina de Jesus. Neste mesmo ano, ao lado de Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Elton Medeiros, gravou o disco “Os Quatro grandes do samba”, no qual foram incluídas de sua autoria “Expressão do teu olhar”, interpretada pelo autor e ainda “Não vem” (assim não dá), interpretada junto com Elton Medeiros, Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho e uma terceira faixa, “Sou mais o samba”, cantada em dueto com Dona Ivone Lara. Com o sucesso do LP, foi montado o show homônimo no Teatro Clara Nunes, também com grande sucesso. Neste mesmo ano lançou o disco “Luz da inspiração” interpretando de sua autoria “Olha o samba sinhá”, “Vem menina moça”, “Nova escola”, “Luz da inspiração”, “Cabocla Jurema” e “Falso poder”, além de outras composições em parceria, tais como “Me alucina” (c/ Wilson Moreira), “Era quase madrugada” (c/ Casquinha), “Riquezas do Brasil” c/ Waldir 59) e ainda “Pelo nosso amor” (Cartola), “Maria Madalena da Portela” (Aniceto do Império) e “Já curei minha dor”, de Padeirinho da Mangueira.

No ano de 1978 lançou o que foi considerado seu melhor disco, “Axé! Gente amiga do samba”. No LP, com arranjos de João de Aquino, incluiu “Vivo isolado do mundo”, composição de autoria de Alcides Malandro Histórico, geralmente creditada a autoria a Candeia, dado ao enorme sucesso da música naquela época. No disco também interpretou “O invocado”  (Casquinha), “Beberrão” (Aniceto do Império e Mulequinho), “Ouço uma voz” (Nelson Amorim) e “Ouro desça do seu trono”, de Paulo da Portela. Ainda no LP, incluiu de sua autoria as faixas “Dia de graça”, “Gamação”, “Pintura sem arte”, “Mil reis” (c/ Noca da Portela), “Amor não é brinquedo” (c/ Martinho da Vila),  “Zé Tambozeiro” (c/ Vandinho), “Peixeiro granfino” (c/ Bretas) e “Vem amenizar”, em parceria com Waldir 59. Neste mesmo ano, Beth Carvalho interpretou “Você, eu e a orgia”, parceria com Martinho da Vila. No ano seguinte, em 1979, no LP “Clementina e convidados”, Clementina de Jesus gravou “Tantas você fez”, em dueto com Cristina Buarque. A cantora Renata Lu no LP “Tô voltando” regravou “Mil-réis”. Alcione, neste mesmo ano, regravou “Dia de graça” no LP “Gostoso veneno”, gravada anteriormente por Elza Soares. Clara Nunes, no disco “Esperança”, incluiu duas composições suas em parcerias com Jaime: “Ê, favela” e “Minha gente” e, em 1980, interpretou no LP “Brasil mestiço”, duas outras composições de sua autoria: “Dia a dia” (c/ Jaime) e “Regresso”.

Em 1981Alcione regravou “Pintura sem arte”. Dois anos depois, em 1983, Beth Carvalho gravou “Sabão”(c/ Alvarenga) no disco “Suor no rosto”. No ano seguinte, em 1984, Alcione interpretou “A luz do vencedor”, parceria com Luiz Carlos da Vila.

Foi homenageado pela Escola de Samba Unidos do Jacarezinho em 1986, com o enredo “Candeia, luz de inspiração”, com o qual a escola foi promovida para o grupo principal. No ano seguinte, em 1987, Cristina Buarque gravou “Morro do sossego” (c/ Arthur José Poerner). Neste mesmo ano de 1987 o escritor, pesquisador e ex-diretor da Escola de Samba Portela João Batista M Vargens lançou o livro “Candeia: Luz da inspiração” (Rio de Janeiro: Editora Martins Fontes/Funarte. Coleção MPB volume 20), livro no qual perpassou a vida e a obra do compositor, listando, também, algumas composições inéditas do sambistas, entre as quais “Apoteose musical” (c/ Walter Rosa), “Cruel decepção” (c/ Walter Rosa), “Celeiro de heróis” (c/ Casquinha), “Atendendo o apelo” (c/ Casquinha), “Data maravilhosa” (c/ Casquinha e Waldir 59), “Vou partir” (c/ Casquinha), “Fim de romance” (c/ Casquinha), “Estado da Guanabara” (c/ Catoni), “Rio de Janeiro I” (c/ Catoni), “Rio de Janeiro II” (c/ Catoni), “Samba livre” (c/ Wilson Moreira), “Magna beleza” (c/ Waldir 59), “Sem razão” (c/ Waldir 59), “Não é bem assim” (c/ Waldir 59), “Meu ser” (c/ Waldir 59), “Por que não vens?” (c/ Waldir 59), “Lamento de uma raça” (c/ Waldir 59), “Mera ilusão” (c/ Altair Prego), “Cansaço” (c/ Paulinho da Viola), “Faz de conta”, “Miragens do deserto” e “Amor não é pecado”.

Em 1988, aos dez anos de seu falecimento, a Funarte prestou-lhe homenagem lançando um disco com 11 composições suas: “O último bloco”, “Anjo moreno”,  “Criança louca”, “Testamento de partideiro”, “Réu confesso” (c/ Casquinha e Davi do Pandeiro),  “Indecisão” (c/ Casquinha), “Seis datas magnas” (c/ Altair Prego), “Peso dos anos” (c/ Walter Rosa), “Quero estar só” (c/ Wilson Moreira), “Portela é uma família reunida” (c/ Monarco), “Não vou te perdoar” (c/ Wilson Moreira) e “Morro do Sossego” (c/ Arthur Poerner). Beth Carvalho também lhe prestou homenagem no LP “Alma brasileira”, interpretando de sua autoria “Olha a hora, Maria” e “Gamação”.

No ano de 1993 a gravadora Warner Music lançou pela coleção “Mestre da MPB” o CD “Candeia”, no qual foram compilados alguns de seus sucessos, entre os  quais “Dia de graça”, “Pintura sem arte” e “Amor não é brinquedo”, parceria com Martinho da Vila. No disco também foram incluídas algumas de suas interpretações para composições de amigos: “Maria Madalena da Portela” (Aniceto do Império), “Vivo isolado do mundo” (Alcides Malandro Histórico), “Ao povo em forma de arte” (Wilson Moreira e Nei Lopes) e “Beberrão”, de Aniceto do Império e Mulequinho.

No ano de 1995 Martinho da Vila, no CD “Tá delícia, tá gostoso”, o homenageou com o pot-pourri “Em memória a Candeia”, interpretando “Dia de graça”, “Filosofia do samba”, “De qualquer maneira”, “Peixeiro grã-fino” e “Não tem vencedor”. No ano seguinte, Zeca Pagodinho e a Velha-Guarda da Portela, no disco “Deixa clarear”, prestaram uma homenagem ao mestre, cantando o samba “Vivo isolado do mundo”, de autoria de Alcides Dias Lopes (Alcides Malandro Histórico). No ano posterior, em 1996, Paulinho da Viola, no disco “Bebadosamba”, interpretou “O ideal é competir” (c/ Casquinha). No ano seguinte, em 1997, Martnália, no disco “Minha cara”, incluiu de sua autoria a composição “A flor e o samba”. Dois anos depois, o disco “Homenagem Eterna chama/ Candeia”, trouxe as parcerias de Marquinhos de Oswaldo Cruz e Candeia na música “Luz de verão”, resgatada de uma fita cassete gravada por Cristina Buarque na casa de Candeia, na década de 1970. O CD “Eterna Chama/Candeia”, ainda destacou a participação especial de João de Aquino, que fez a direção musical e atuou como violonista, e de Cristina Buarque na faixa ” Vem pra Portela” (c/ Coringa). Neste mesmo disco outros intérpretes lhe prestaram homenagem: Beth Carvalho (Pintura de arte e O mar serenou), Zeca Pagodinho (Expressão do teu olhar), Martinho da Vila (Eterna paz, em parceria com o homenageado), Dona Ivone Lara (Peixeiro grã-fino), Nelson Sargento (Peso dos anos), Monarco e a Velha-Guarda da Portela (Portela, uma família reunida) e Zé Luiz Mazziotti, em “Preciso me encontrar”, canção composta por Candeia a pedido do falecido jornalista e escritor Juarez Barroso. Esta mesma canção foi gravada com grande sucesso pela cantora Marisa Monte, filha Carlos Monte, ex-diretor da Portela.

Em novembro de 1998, no Canecão, foi lançado o CD em homenagem a Candeia com a presença de amigos, parceiros e admiradores de sua obra.

No ano 2000, a cantora Dorina regravou “Me alucina”  no disco “Samba.com”. Neste mesmo ano o parceiro Casquinha lançou o primeiro disco, no qual incluiu a música “Tantos recados”, parceria de ambos, com participação especial de Aldir Blanc. Ainda neste ano, Luciana Mello, no disco “Assim que se faz”, pela gravadora Trama, incluiu “O mar serenou” e seu parceiro Waldir 59 participou do disco “Ala de Compositores da Portela”, CD no qual foi incluída uma de declamação de Waldir 59 de parte da letra do samba-enredo “Riquezas do Brasil” (Candeia e Waldir 59).

No ano de 2001 o sambista Agrião (Jorge Fernando Ribeiro Trindade) incluiu “A volta”, de sua autoria, no disco “Samba vadio”. No ano posterior, em 2002, Zeca Pagodinho no disco “Deixa a vida me levar”, incluiu de sua autoria “Riquezas do Brasil”. Ainda em 2002, o grupo Fundo de Quintal gravou o disco “Cacique de Ramos e convidados”, no qual foram incluídas de sua autoria “Samba da antiga”, “Olha o samba, Sinhá” e “A flor e o samba”, todas com participação especial de Zeca Pagodinho. Ainda neste ano, Teresa Cristina incluiu “Coisas banais”, parceria com Paulinho da Viola, no disco “A música de Paulinho da Viola”.

Em  2003 Alcione, no disco “Alcione ao vivo 2”, incluiu de sua autoria “Profecia”. Neste mesmo ano, “O mar serenou” foi interpretada por Wilson Moreira no disco “Um ser de luz – saudação à Clara Nunes”. No ano seguinte, em 2004, a cantora Tereza Gama lançou o CD “Aos mestres com carinho” (Selo Rio Fonográfico), no qual interpretou de sua autoria “Gamação”.

No ano de 2005, em São Paulo, vários amigos lhe prestaram homenagem em show no Sesc Pompeia, entre os quais Paulinho da Viola e Wilson Moreira. Por essa época a gravadora Warner relançou em CD dois elepês do compositor.

No ano de 2009 Cristina Buarque e Terreiro Grande, apesentaram-se no Espaço FECAP, em São Paulo, no qual fizeram homenagem ao compositor carioca Candeia. Na ocasião foi lançada a terceira edição do livro “Candeia, luz da inspiração” (Editora Almádena, aumentada e contendo um CD com mais de duas dezenas de músicas inéditas), de João Batista M. Vargens. O espetáculo foi gravado ao vivo e no ano seguinte, em 2010, foi lançado o CD “Terreiro Grande e Cristina Buarque cantam Candeia” em show no Bar do alemão, reduto do samba e choro da cidade de São Paulo. No CD foram incluídas várias composições inéditas, entregues pelo próprio Candeia à cantora anos antes, e algumas regravações, destacando-se as faixas “Canção da liberdade”, “Falsa inspiração”, “Os lírios”, “Que me dão para beber”, “Vida apertada” (c/ Casquinha), “Miragens do deserto”, “Já sou feliz”, “Não é bem assim” (c/ Waldir 59), “Magna beleza” (c/ Waldir 59), “Amor oculto” (c/ Picolino), “Não se vive só de orgia” e “Deixa de zanga”. Do encarte do disco, escrito por João Batista M. Vargens, destacamos o seguinte trecho: “Entre os seletos compositores da Música Popular Brasileira, está, sem dúvida, Antônio Candeia Filho. Versátil, Candeia explora, com maestria, as três grandes vertentes da música das escolas de samba do Rio de Janeiro: o partido-alto, o samba de terreiro e o samba-enredo, além de enveredar, com reconhecida competência, por outras searas de matizes afro-brasileiros, como o jongo, o caxambu, o maculelê, o afoxé, o samba-de-roda e por aí afora”.

Lançado no ano de 2011 pelo Selo Discobertas, do pesquisador Marcelo Fróes, em convênio com o Selo ICCA (Instituto Cultural Cravo Albin),, o box “100 Anos de Música popular Brasileira” é integrado por quatro CDs duplos, contendo oito LPs remasterizados. Inicialmente os discos foram lançados no ano de 1975, em coleção produzida pelo crítico musical e radialista Ricardo Cravo Albin a partir de seus programas radiofônicos “MPB 100 AO VIVO”, com gravações ao vivo realizadas no auditório da Rádio MEC entre os anos de 1974 e 1975. Paulinho da Viola interpretou no CD volume 7 “Filosofia do samba” (Candeia) e “Minhas madrugadas” (Paulinho da Viola e Candeia) e Elza Soares no mesmo CD (volume 7) gravou a faixa “Dia de graça”, também de autoria de Candeia. Neste mesmo ano de 2011 o Selo Discobertas, do pesquisador Marcelo Fróes, relançou em CD três elepês emblemáticos da obra do compositor: “Autêntico – Samba original melodia Portela Brasil poesia – Candeia” (1970), “Raiz” (1971) e “Candeia, samba de roda” (1975). Ainda em 2011 o compositor foi homenageado, pela passagem de seus 76 anos, no projeto “Música na Arlequim”, da Livraria Arlequim, no Paço Imperial, na Praça XV, no Rio de Janeiro. Da homenagem prestada fizeram parte uma mesa redonda, com depoimentos sobre a vida e obra do autor, composta por Adelzon Alves, Noca da Portela, Marcelo Fróes, Waldir 59 e Aglaise Silva e Souza como mediadora. Foi exibido o filme “Partido Alto”, dirigido por Leon Hirszman (1974), apresentação da cantora Nina Wirtti, acompanhada pelo violonista de sete cordas Rafael Mallmith, além do show com a cantora Selma Candeia (filha do compositor), acompanhada pelo grupo o grupo Roda de Samba do Quilombo de Candeia, integrado por Luiz Henrique (violão), Alan Rocha (cavaco e voz), Márcia Moura (percussão e voz), Sílvia Drufieyer (percussão e voz), Peterson (surdo) e as pastoras Wilma Boss e Vânia Araújo.

No ano de 2014 a cantora Teresa Cristina estreou no Circo Voador, no Rio de Janeiro, o espetáculo “Tributo a Candeia”, apresentado na Arena Carioca Fernando Torres, no Parque de Madureira, onde se fez uma roda de samba em homenagem ao compositor, cuja renda foi direcionada ao Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo, que teve alagada sua sede no ano anterior. O grêmio foi presidido por sua filha Selma Candeia. Neste mesmo ano de 2014 Paulinho da Viola também lhe prestou homenagem desfilando com o Bloco Carnavalesco Timoneiro executando somente composições do homenageado.

Em 2015 o compositor foi homenageado, por conta das comemorações de seus 80 anos, em show no Circo-Voador com a participação de vários parceiros, amigos e admiradores, tais como Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Monarco, Cristina Buarque e Teresa Cristina. Fazendo parte das homenagens foi exibido no Espaço Cultural SINTUFRJ o documentário “80 Anos de Candeia, 37 Anos de Saudade”, dos diretores Bruno Barcellar e Luís Fernando Couto, com direito a uma roda de samba posterior à exibição. Na quadra da Escola de Samba Portela, mais precisamente no evento “Feijoada da Portela”, a Velha-Guarda da Portela lhe prestou homenagem interpretando algumas de suas composições com a participação especial da cantora Elza Soares. As homenagens à data de nascimento do compositor também foram feitas na quadra do G.R.A.N.E.S Quilombo (Grêmio Recreativo de Artes Negras Escola de Samba Quilombo), no bairro de Fazenda Botafogo, onde ocorreu uma roda de samba com os grupos paulistas Terreiro de Mauá e Terra Brasileira. Ainda fazendo parte das comemorações, pela data de seus 80 anos, foi relançado o livro “Escola de Samba: A Árvore que esqueceu a Raiz”, de Candeia e Isnard. Também em 2015 o pesquisador Vagner Fernandes finalizou a biografia do compositor, ainda sem título e editora.

Discografias
1998 Perfil Musical CD Eterna chama/Candeia
1997 Copacabana Discos CD Candeia - Samba da antiga
1997 Funarte/Atração Fonográfica CD Candeia, Aniceto do Império, Mestre Marçal e Velha-Guarda da Portela

(Série Acervo da Funarte, Música Brasileira nº 21)

1997 Copacabana Discos CD Raiz - Filosofia do samba
1993 Warner Music CD Mestre da MPB - Candeia
1988 Funarte LP Candeia
1978 Atlantic/WEA LP Axé! Gente amiga do samba
1978 Abril Cultural Candeia e Elton Medeiros. Coleção Nova História da Música Popular Brasileira
1977 Atlantic/WEA LP Luz da inspiração
1977 Tapecar LP Partido em 5 volume 3

(vários)

1977 RCA Victor LP Quatro grandes do samba (c/ Elton Medeiros, Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho)
1975 Tapecar LP Partido em 5 volume 1

(vários)

1975 Tapecar LP Partido em 5 volume 2

(vários)

1975 Tapecar LP Samba de roda
1971 Gravadora Equipe LP Raiz
1970 Gravadora Equipe LP Autêntico - Candeia
1964 Gravadora Philips LP Mensageiros do Samba
Obras
A flor e o samba
A hora e a vez do samba
A luz do vencedor (c/ Luiz Carlos da Vila)
A paz no coração (c/ Davi do Pandeiro)
A volta
Acalentava
Alegria perdida (c/ Wilson Moreira)
Amor não é brinquedo (c/ Martinho da Vila)
Amor não é pecado inédita
Amor oculto c/ Picolino
Anjo moreno
Apoteose musical c/ Walter Rosa
Atendendo o apelo c/ Casquinha
Batuquei no feiticeiro
Brasil, panteão de glórias (c/ Valdir 59, Casquinha, Bubu e Picolino)
Brinde ao cansaço
Cabocla Jurema
Candomblé: Deus que lhe dê (Folclore - Adpt. Candeia)
Cansaço c/ Paulinho da Viola
Canção da liberdade
Capoeira: Ai, Haydê (Folclore - Adpt. Candeia)
Celeiro de heróis c/ Casquinha
Chorei, chorei
Coisas banais (c/ Paulinho da Viola)
Criança louca
Cruel decepção c/ Walter Rosa
Data maravilhosa c/ Casquinha e Waldir 59
De qualquer maneira
Deixa de zanga
Dia a dia
Dia de graça
Era quase madrugada (c/ Casquinha)
Eskindolelê
Estado da Guanabara c/ Catoni
Eterna paz (c/ Martinho da Vila)
Expressão do teu olhar
Falsa inspiração
Falso poder Ser ou não ser
Faz de conta inédita
Festas juninas em fevereiro (c/ Valdir 59)
Filosofia do samba
Gamação
História de pescador
Histórias e tradições do Rio Quatrocentão (c/ Waldir 59)
Ilusão perdida (c/ Otto Enrique Trepte "Casquinha")
Imaginação (c/ Aldecy)
Indecisão (c/ Casquinha)
Já clareou
Já sou feliz
Lamento de uma raça c/ Waldir 59
Legados de D. João VI (c/ Valdir 59)
Luz da inspiração
Luz de verão (c/ Marquinhos de Oswaldo Cruz)
Maculelê: Sou eu, sou eu (Folclore - Adpt. Candeia)
Magna beleza c/ Waldir 59
Me alucina (c/ Wilson Moreira)
Mera ilusão c/ Altair Prego
Meu dinheiro não dá (c/ Catoni)
Meu ser c/ Waldir 59
Mil reis (c/ Noca da Portela)
Minha gente do morro (c/ Jaime)
Minhas madrugadas (c/ Paulinho da Viola)
Miragens do deserto
Morro do sossego (c/ Arthur José Poerner)
Nova escola
Não mate, homem (Folclore - Adpt. Candeia)
Não se vive só de orgia
Não tem veneno (c/ Wilson Moreira)
Não vem assim não dá
Não vou te perdoar (c/ Wilson Moreira)
Não é bem assim c/ Waldir 59
O ideal é competir (c/ Casquinha)
O mar serenou
O pagode
O último bloco
Olha hora Maria (Folclore - Adpt. Candeia)
Olha o samba sinhá Samba de roda
Os lírios
Os partideiros
Outro recado (c/ Otto Enrique Trepte "Casquinha")
PCJ (Partido Clementina de Jesus)
Paixão segundo eu
Paranauê (Folclore - Adpt. Candeia)
Peixeiro grã-fino (c/ Mano Bretas)
Pelo nosso amor
Peso dos anos (c/ Walter Rosa)
Pintura sem arte
Por que não veio (Samba de roda - adaptação)
Por que não vens? c/ Waldir 59
Portela é uma família reunida (c/ Monarco)
Prece ao sol
Preciso me encontrar
Profecia
Quarto escuro
Que me dão para beber
Quero estar só (c/ Wilson Moreira)
Regresso
Rio de Janeiro I c/ Catoni
Rio de Janeiro II c/ Catoni
Riquezas do Brasil Brasil poderoso (c/ Waldir 59)
Réu confesso (c/ Casquinha e Davi do Pandeiro)
Sabão (c/ Alvarenga)
Salve! Salve! (Folclore - Adpt. Candeia)
Samba da antiga
Samba de roda: Porque não veio (Folclore - Adpt. Candeia)
Samba livre c/ Wilson Moreira
Samba na tendinha
Samba sincopado
Saudade (c/ Arthur José Poerner)
Saudação a Toco Preto
Seis datas magnas (c/ Altair Marinho "Prego")
Sem razão c/ Waldir 59
Sindorerê
Sinhá dona de casa (c/ Netinho)
Sorriso antigo (c/ Aldecy)
Sou eu, sou eu (Adaptação do maculelê)
Sou mais o samba
Tantas você fez
Tantos recados (c/ Casquinha)
Testamento de partideiro
Vai de saudade (c/ Davi do Pandeiro)
Vai pro lado de lá (c/ Euclenes)
Vem amenizar (c/ Valdir 59)
Vem menina moça
Vem pra Portela (c/ Coringa)
Vem é lua
Vem, menina- moça
Vida apertada c/ Casquinha
Viver
Você, eu e a orgia (c/ Martinho da Vila)
Vou partir c/ Casquinha
Zé Tambozeiro [Tambor de Angola] (c/ Vandinho)
Ê, favela (c/ Jaime)
Shows
Os quatro grandes do samba. (c/ Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Elton Medeiros). Teatro Clara Nunes. Rio de Janeiro, RJ.
Show c/ os Mensageiros do samba. Zicartola, RJ,
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Edição Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

ALBIN, Ricardo Cravo. MPB – A História de Um Século. 2ª ed. Revista e ampliada, Rio de Janeiro: MEC/Funarte/Instituto Cultural Cravo Albin, 2012.

ALBIN, Ricardo Cravo. MPB, a história de um século. Rio de Janeiro: Atração Produção Ilimitada/MEC/Funarte, 1997.

ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

ARAÚJO, Hiram. Carnaval – Seis milênios de história. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2000.

CABRAL, Sérgio. Elisete Cardoso – Uma vida. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, S/D.

CANDEIA, Isnard. Escola de Samba – A árvore que esqueceu a raiz. Rio de Janeiro: Editora Lidador/Seec, 1978.

COUTINHO, Eduardo Granja. Velhas histórias, memórias futuras. Rio de Janeiro: Editora Uerj, 2002.

MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música Brasileira – erudita, folclórica e popular. 3. ed. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha, 1998.

MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música brasileira – erudita, folclórica e popular. 1 v. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural, 1977.

Nova História da Música Popular Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Abril, 1978.

PASCHOAL, Marcio. Pisa na fulô mas não maltrata o carcará. Vida e obra do compositor João do Vale, o poeta do povo. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 2000.

Revista Música Brasileira, Número 17. Rio de Janeiro: 2/1999.

VARGENS, João Batista M. Candeia: Luz da inspiração. Rio de Janeiro: Editora Martins Fontes/Funarte. Coleção MPB volume 20, 1987.