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© Fernando Young
Nome Artístico
Caetano Veloso
Nome verdadeiro
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso
Data de nascimento
7/8/1942
Local de nascimento
Santo Amaro, BA
Dados biográficos

Compositor. Cantor. Escritor.

Nasceu a 7 de agosto de 1942, em Santo Amaro da Purificação, Bahia. Filho de José Telles Veloso, funcionário público do Departamento de Correios e Telégrafos, e de Claudionor Vianna Telles Veloso, mais conhecida como dona Canô. Tem sete irmãos: Nicinha, Clara, Mabel, Irene, Rodrigo, Roberto e Maria Bethânia (cujo nome escolhera por causa de uma valsa do compositor pernambucano Capiba). Seu sobrenome não vem com o “n” e o “l” dobrados em Vianna e Telles, respectivamente, por descuido do escrivão. Desde menino, demonstrou interesse pela música, pintura e depois pelo cinema. Tirava de ouvido canções aprendidas no rádio e pintava a óleo, a princípio paisagens e casarios, e mais tarde abstrações. Em 1952, gravou “Feitiço da Vila” (Vadico e Noel Rosa) e “Mãezinha querida” (Getúlio Macedo e Lourival Faissal), acompanhado ao piano por Nicinha, sua irmã mais velha. A gravação não teve intenção profissional, foi apenas de circulação familiar. Durante o ano de 1956, num curto período em que morou em Guadalupe, no Rio de Janeiro, freqüentou o auditório da Rádio Nacional, palco de apresentações dos maiores ídolos musicais brasileiros da época. No ano seguinte, retornou a Santo Amaro. Em 1959, conheceu o trabalho de João Gilberto através do LP “Chega de saudade”, apresentado por um amigo do ginásio. Este seria o músico que mais influenciaria sua trajetória artística: “No João, parece que é tudo mais justo, necessário: melodia, as vogais, as consoantes, os sentimentos, o respeito por aquela forma, que ele reconheceu ali, o jeito daquelas coisas se expressarem esteticamente. João traduz a canção.” (Songbook Caetano Veloso vol.1). Em 1960, após concluir o curso ginasial (atual ensino fundamental), mudou-se com a família para Salvador, onde concluiu o colegial (atual ensino médio). Entre os anos de 1960 e 1962, escreveu críticas de cinema para o “Diário de Notícias”. Neste mesmo período, aprendeu a tocar violão e cantou com a irmã Maria Bethânia em bares de Salvador. Ingressou na Faculdade de Filosofia, da Universidade Federal da Bahia, em 1963. Ainda neste ano, conheceu e tornou-se amigo do ídolo que já conhecia pela TV, Gilberto Gil, apresentado pelo produtor Roberto Santana. Conheceu também Gal Costa, ainda chamada de Maria da Graça, e Tom Zé. Casou-se, em 21 de novembro de 1967, com a baiana Dedé Gadelha, numa cerimônia que traduzia os ares contraculturais da época. No dia 22 de novembro de 1972 nasceu seu primeiro filho com Dedé, Moreno Veloso, e no dia 7 de janeiro de 1979, Júlia, que morreu dias depois. Seu pai morreu em 13 de dezembro de 1983, aos 82 anos. Em 1986, já separado de Dedé Veloso, uniu-se à carioca Paula Lavigne, com quem teve mais dois filhos, Zeca Lavigne Veloso, nascido no dia 7 de março de 1992, e Tom Lavigne Veloso, nascido em 25 de janeiro de 1997, em Salvador, no dia do aniversário de Tom Jobim.

Em 2017 foi publicado o livro “Caetano, uma biografia: A vida de Caetano Veloso, o mais doce bárbaro dos trópicos”, biografia não autorizada escrita por Carlos Eduardo Drummond e Marcio Nolasco, lançado pela editora Seoman, do Grupo Editorial Pensamento. O lançamento foi em São Paulo, na Livraria Cultura do Shopping Conjunto Nacional, e no Rio de Janeiro, na Livraria da Travessa, Leblon.

Em 2018, a escritora italiana Igiaba Scego, filha de imigrantes da Somália, lançou um livro “afetivo” sobre o artista brasileiro, que, segundo ela mesma em declarações, teria salvado sua vida. O lançamento de “Caminhando contra o vento” no Brasil ocorreu na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) e foi lançado através das editoras Nós e Buzz. O livro foi lançado no exterior em 2016 abordando a vida afetiva do cantor, através de um ensaio com depoimentos do mesmo.

Dados artísticos

Seu primeiro trabalho musical foi a composição da trilha sonora da peça de Nelson Rodrigues “O boca de ouro”, da qual participou também como ator. O diretor baiano Álvaro Guimarães, que o dirigiu nesta montagem, o convidou para compor a trilha de outra peça, “A exceção e a regra”, de Bertolt Brecht.

Em junho de 1964, integrando os eventos de inauguração do Teatro Vila Velha, dirigiu o show “Nós, por exemplo”, no qual também atuou como cantor, ao lado de Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa e Tom Zé, entre outros. Esse show representou um marco histórico, reunindo pela primeira vez o núcleo que futuramente viria a ser conhecido como Doces Bárbaros. Em setembro, apresentou-se, com o mesmo grupo, no mesmo teatro, com o espetáculo “Nova bossa velha e velha bossa nova”. A estrutura desses espetáculos foi referência para outros que aconteceram mais tarde no Rio de Janeiro e em São Paulo. Além de fazer alusão às questões políticas e sociais, tinha o intuito de criar uma perspectiva histórica que os situasse no desenvolvimento da música popular brasileira.

Em 1965, conheceu, em Salvador, João Gilberto. Abandonou a faculdade e seguiu para o Rio de Janeiro acompanhando Maria Bethânia, chamada para substituir a cantora Nara Leão no show “Opinião”. No mesmo ano, teve seu primeiro registro de compositor, com a gravação de sua canção “É de manhã”, lançada em compacto simples por Maria Bethânia, pela RCA Victor. O compacto, que continha também “Carcará”, projetou nacionalmente a cantora. Em maio desse ano, gravou seu primeiro compacto simples, com suas composições “Cavaleiro” e “Samba em paz”, também pela RCA Victor. Participou ao lado de Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Tom Zé e Pitti, do espetáculo “Arena canta Bahia”, dirigido por Augusto Boal e apresentado no TBC, antigo palco do Teatro Brasileiro de Comédia, em São Paulo. Passou uma temporada em Salvador logo a seguir. Nessa ocasião, o diretor Geraldo Sarno incluiu algumas de suas músicas na trilha de seu curta-metragem “Viramundo”.

Concedeu um depoimento à “Revista Civilização Brasileira” nº 7, de maio de 1966, enfatizando a necessidade da “retomada da linha evolutiva da música popular brasileira” a partir das lições mais fundamentais da Bossa Nova. Em junho desse mesmo ano, participou do II Festival Nacional de Música Popular Brasileira (TV Excelsior), com sua canção “Boa palavra”, defendida por Maria Odette, classificada em quinto lugar. Em outubro desse mesmo ano, recebeu o prêmio de Melhor Letra no II Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), com a canção “Um dia”.

Em 1967, destacou-se no programa “Esta noite se improvisa” (TV Record). Nesse ano, foi contratado pela Philips, gravadora pela qual lançou seu primeiro LP, “Domingo”, ao lado de Gal Costa. O disco, produzido por Dori Caymmi e ainda sob forte influência da Bossa Nova, traz o seguinte texto na contracapa: “Minha inspiração agora está tendendo para caminhos muito diferentes do que segui até aqui”. Ainda em 1967, apresentou-se no III Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), com a marcha “Alegria, alegria”, que interpretou acompanhado pelas guitarras elétricas do conjunto argentino Beat Boys. A música foi classificada em quarto lugar. Nesse mesmo festival, “Domingo no parque” reuniu Gilberto Gil, Rogério Duprat e Os Mutantes, segundo ele “a base do som tropicalista”. Sua admiração por João Gilberto e pela Bossa Nova era tanta, que a necessidade de criar algo novo era latente: “A gente não queria ficar fazendo sub-Bossa Nova depois do João e do Tom” (Songbook Caetano Veloso vol.1). Sob a influência da Jovem Guarda e dos Beatles, nasceu o Tropicalismo, movimento de vanguarda que abalou as estruturas musicais e culturais de então. As canções “Domingo no parque” e “Alegria, alegria” retomaram a “linha evolutiva” da música brasileira à qual o compositor se referia no depoimento publicado na “Revista Civilização Brasileira”, buscando novas sonoridades e formas de expressão poética, mais condizentes com os anseios da juventude. “Alegria, alegria” foi lançada em compacto simples.

Em 1968, gravou seu primeiro LP individual, “Caetano Veloso”, com arranjos de Rogério Duprat e acompanhamento dos conjuntos RC-7 e Os Mutantes. Participou dos programas de televisão “A buzina do Chacrinha” e “Jovem Guarda”. Nesse mesmo ano, lançou um compacto simples com a leitura tropicalista de “Yes, nós temos bananas” (João de Barro e Alberto Ribeiro). Nesse mesmo ano, foi impedido de participar da I Bienal do Samba, na TV Record, São Paulo, por utilizar acompanhamento de guitarra elétrica. Ainda em 1968, lançou o LP-manifesto “Tropicália ou Panis et circensis”, ao lado de Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé e os poetas-letristas tropicalistas Torquato Neto e Capinam, além dos maestros e arranjadores Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Damiano Cozzella, firmando as bases do Tropicalismo. Em setembro desse mesmo ano, foi realizado no Teatro da Universidade Católica (SP), o histórico III Festival Internacional da Canção (FIC/TV Globo), no qual o compositor, vaiado ao apresentar “É proibido proibir”, vociferou um discurso contra a platéia e o júri: “Vocês não estão entendendo nada(…) O júri é muito simpático mas incompetente”. A canção foi desclassificada e saiu em compacto simples. Ainda em 1968, Gal Costa interpretou, no IV Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), sua canção “Divino maravilhoso”, que ficou em terceiro lugar. Nesse mesmo evento, defendeu como intérprete “Queremos guerra”, de Jorge Benjor (na época Jorge Ben). Também nesse ano, estreou na TV Tupi de São Paulo o programa “Divino Maravilhoso”, com todo o grupo tropicalista. Seu samba “A voz do morto” foi lançado em compacto duplo. A música foi censurada e o disco recolhido das lojas. Em dezembro, mais um compacto simples foi lançado com o seu frevo “Atrás do trio elétrico” e a canção “Torno a repetir”, de domínio público. No dia 27 de dezembro de 1968, foi preso juntamente com Gilberto Gil sob o pretexto de desrespeito ao hino e à bandeira do Brasil. Foram levados para o quartel do exército de Marechal Deodoro, no Rio de Janeiro, permanecendo detidos por dois meses.

Em fevereiro de 1969, foram soltos, porém em regime de confinamento, seguindo para Salvador. Nos meses de abril e maio desse ano, gravou as bases de voz, com o acompanhamento de Gil ao violão, para seu novo disco “Caetano Veloso”. Essas bases foram posteriormente arranjadas por Rogério Duprat, que também dirigiu as gravações em São Paulo. Nos dias 20 e 21 de julho, apresentou com Gilberto Gil o show de despedida, antes de embarcarem junto com suas mulheres, as irmãs Dedé e Sandra Gadelha, para o exílio na Inglaterra. A realização do show só foi permitida devido à necessidade de arrecadaão de fundos para as passagens e estadia nos primeiros meses de exílio. Fixaram-se em Londres, no bairro Chelsea. O espetáculo veio a transformar-se, três anos mais tarde, no disco “Barra 69”. Em agosto, foi lançado o disco “Caetano Veloso”, o primeiro álbum que não trazia sua foto na capa. Em novembro, foi lançado o compacto simples com “Charles, anjo 45”, de Jorge Benjor, e sua canção “Não identificado”. Mesmo no exílio, sua produção não parou.

Em 1970, enviou artigos para o jornal carioca “O Pasquim”, além de canções para Gal Costa (“London, London” e “Deixa sangrar”), Maria Bethânia (“A tua presença morena”), Elis Regina (“Não tenha medo”), Erasmo Carlos (“De noite na cama”) e Roberto Carlos (“Como dois e dois”). Apresentou-se em palcos da Inglaterra e de outros países da Europa. Ainda em 1970, lançou o LP “Caetano Veloso” pelo selo Famous (Paramount Records), seu primeiro disco no exílio.

Em janeiro de 1971, retornou ao Brasil para assistir à missa comemorativa dos 40 anos de casamento de seus pais, obtendo permissão para ficar um mês fora do exílio. No Rio, foi interrogado por militares que pediram para que fizesse uma canção elogiando a rodovia Transamazônica, na época em construção. Nesse período, apresentou-se no programa “Som Livre Exportação” (Rede Globo). Em junho, o disco gravado na Inglaterra foi lançado no Brasil, para onde retornou novamente em visita à família. Nessa ocasião, apresentou-se na TV Globo e na TV Tupi, em um programa ao lado de Gal Costa e João Gilberto. Gravou o frevo “Chuva, suor e cerveja” para o Carnaval do ano seguinte. De volta a Londres, gravou mais um LP pelo selo inglês, “Transa”. Em dezembro, foi lançado no Brasil o compacto duplo “O Carnaval de Caetano”.

Em janeiro de 1972, volta definitivamente ao Brasil e lança o LP “Transa”. No dia seguinte ao retorno do exílio, apresentou o show “Transa”, ao lado de Gil, no Teatro João Caetano (RJ). Estreou também no TUCA (SP) e percorreu outras grandes cidades do país. Com visual hippie, chocou parte do público ao se apresentar imitando trejeitos de Carmen Miranda. Em novembro, dirigiu a produção do LP “Drama – anjo exterminado”, de Maria Bethânia. Compôs a trilha de “São Bernardo”, de Leon Hirszman, premiada no ano seguinte como Melhor Música do Festival de Cinema de Santos. Nos dias 10 e 11 de novembro, apresentou-se, ao lado de Chico Buarque, no Teatro Castro Alves, em Salvador. O show teve participação do grupo vocal MPB-4 e gerou o LP “Chico e Caetano juntos e ao vivo”.

Em janeiro de 1973, lançou “Araçá azul”, seu novo LP individual, que surpreendeu o público pelo alto grau de experimentalismo. O disco teve um grande número de devoluções e foi retirado do catálogo. Iniciou, em março desse mesmo ano, uma série de apresentações pelo interior do Brasil, seguindo o roteiro dos circuitos universitários. Em maio, marcou presença no evento “Phono 73”, promovido pela gravadora Philips no Palácio das Convenções do Anhembi (SP), por cantar a canção “Eu vou tirar você deste lugar”, de Odair José, cantor considerado brega.

Em 1974, produziu os LPs “Cantar”, que se tornou um marco na carreira de Gal Costa, e “Smetak”, do músico experimental Walter Smetak. No início desse mesmo ano, realizou, ao lado de Gal e Gil, um show no Teatro Vila Velha, em Salvador, gravado ao vivo e lançado no álbum “Temporada de verão”.

No ano de 1975, o compato simples com musicalizações suas para os poemas “Dias,dias,dias” e “Pulsar”, de Augusto de Campos, saiu encartado em “Caixa preta” (Edições Invenção), obra do poeta em parceria com Júlio Plaza. Quatro anos depois, saiu também acoplado ao livro “Viva vaia” (editora Duas Cidades), publicado por Augusto de Campos. Ainda em 1975, lançou os LPs “Jóia” e “Qualquer coisa”. A capa original do primeiro, proibida por trazer um desenho dele, a mulher e o filho nus, foi reconstituída mais tarde, quando o disco foi lançado em CD.

No dia 24 de junho de 1976, 10 anos depois do show “Nós, por exemplo”, reencontrou Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia no elenco do espetáculo “Doces Bárbaros”, que estreou no Anhembi, em São Paulo, e deu origem ao LP “Doces Bárbaros ao vivo”, lançado pela PolyGram. Saiu em turnê com o grupo até o dia 7 de julho, quando Gil e o baterista Chiquinho Azevedo foram presos por porte de maconha, em Florianópolis (SC).

No início de 1977, participou, ao lado de Gilberto Gil, do 2º Festival Mundial de Arte e Cultura Negra, em Lagos (Nigéria). Em abril desse ano, lançou seu primeiro livro, “Alegria, alegria”, uma compilação de artigos, manifestos e poemas, além de entrevistas concedidas ao amigo e poeta Waly Salomão.

Em 1978, viajou à Europa com Gal Costa, para apresentações em Roma, Milão, Genebra e Paris. Em junho, lançou o LP “Muito”, com os músicos de A Outra Banda da Terra, grupo que o acompanhou até 1983.

Apresentou-se como intérprete no Festival 79 de Música Popular (TV Tupi), defendendo “Dona Culpa ficou solteira”, de Jorge Benjor. Foi vaiado em protesto à participação de artistas já consagrados. A canção não recebeu premiação.

Em março de 1980, recebeu seu primeiro Disco de Ouro, com o álbum “Outras palavras”, que atingiu a vendagem de 100 mil cópias.

Em 1981, lançou, com João Gilberto e Gilberto Gil, o álbum “Brasil”, disco Pelo qual recebeu, no ano seguinte, o troféu Vinicius de Moraes, na categoria Melhor Cantor.

Em março de 1982, lançou o álbum “Cores, nomes”, que lhe rendeu seu segundo Disco de Ouro. Ainda nesse ano, integrou o elenco de “Tabu”, filme de Júlio Bressane, interpretando Lamartine Babo.

No dia 16 de março de 1983, convidado pelo jornalista Roberto DÁvila, entrevistou, em Nova York, o cantor Mick Jagger, na estréia do programa “Conexão Internacional” (Rede Manchete).

Em 1984, lançou “Velô”, acompanhado pelos músicos da Banda Nova.

No ano seguinte, compôs e gravou a música tema “Milagre do povo”, da trilha sonora da minisérie “Tenda dos milagres” (Rede Globo), sobre a obra homônima do escritor Jorge Amado.

Em 1986, fez sua primeira incursão cinematográfica, “O cinema falado”, cujo título remete ao primeiro verso de um samba de Noel Rosa. O filme foi realizado em apenas três semanas. Sua canção “Merda”, composta para a peça “Miss Banana”, foi censurada. Essa composição foi feita em homenagem à expressão “merda”, muito utilizada pela gente do teatro para desejar boa sorte na estréia de um espetáculo. Em maio, a Rede Globo estreou o programa mensal “Chico e Caetano”, no qual os dois artistas, além de cantar, apresentavam artistas convidados, nacionais e internacionais. Em junho, estreou em São Paulo o show “Caetano Veloso e violão”, gravado ao vivo e transformado em LP premiado com Disco de Platina, pelas 250 mil cópias vendidas. Em setembro, “Cinema falado” estreou no 3º Festival de Cinema, Televisão e Vídeo do Rio de Janeiro. Ainda em 1986, gravou seu primeiro disco nos Estados Unidos, “Caetano Veloso”, pela gravadora Nonesuch. No dia 26 de dezembro, foi ao ar o último programa “Chico e Caetano”.

Prestou depoimento ao Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo no dia 14 de fevereiro de 1987, entrevistado por Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Tenório Cavalcanti. Em junho, foi relançado “Araçá azul”.

Em 1988, foi publicado pela editora carioca Lumiar o Songbook “Caetano Veloso”, em dois volumes, contendo letra e partitura de 135 canções.

Em abril de 1989, atuou no papel do poeta Gregório de Mattos em “Os sermões – a história de Antonio Vieira”, filme de Júlio Bressane. Ness mesmo ano, lançou o disco “Estrangeiro”, pouco depois também nos Estados Unidos, com destaque para “Meia-lua inteira”, de um compositor então desconhecido, Carlinhos Brown, que integrava sua banda como percussionista. No dia 21 de novembro, recebeu o Prêmio Shell para a Música Brasileira 1989, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em dezembro, foi contemplado com o Prêmio Sharp de Música.

No dia 26 de janeiro de 1990, sofreu um atentado em sua casa, em Salvador, quando passava férias. Uma bomba explodiu e três tiros foram disparados. Duas semanas antes fizera duras críticas à administração do prefeito Fernando José. Em outubro, saiu seu álbum “Caetano Veloso”, gravado em 1986, nos Estados Unidos. Publicou um longo artigo sobre a cantora Carmen Miranda, no jornal “The New York Times”, em outubro. Este mesmo artigo saiu posteriormente na “Folha de São Paulo”.

Em 1992, foi lançado o estudo “Caetano, por que não?”, de Gilda Dieguez e Ivo Lucchesi, pela editora Francisco Alves. Em abril desse ano, participou do programa “Jô onze e meia” (SBT), no qual inesperadamente resolveu contar quem o delatou em 1968: o locutor de rádio Randal Juliano. Recebeu, pela segunda vez, o Prêmio Sharp.

Em 1993, foi publicado o livro “Caetano: esse cara”, organizado por Héber Fonseca, pela editora Revan, contendo depoimentos concedidos pelo compositor, ao longo de sua carreira, a publicações e emissoras de Rádio e Televisão. Em agosto desse mesmo ano, lançou, com Gilberto Gil, o CD “Tropicália 2”, em comemoração aos 25 anos do movimento.

Em 1994, reuniu-se com Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia na quadra da escola de samba Mangueira para o show “Doces Bárbaros na Mangueira”, que comemoraria os 18 anos do grupo. Nesse mesmo ano, a escola os homenageou com o samba-enredo “Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu”, parafraseando seu sucesso “Atrás do trio elétrico”. Os Doces Bábaros voltaram a se reunir em junho, no Royal Albert Hall, em Londres, com a participação da bateria da Mangueira.

Em 1995, começou a escrever um livro encomendado pela editora norte-americana Alfred Knopf.

Em 1996, compôs a trilha do filme “Tieta do Agreste”, de Cacá Diegues. Em dezembro, foi objeto de mais um livro: “O arco da conversa: um ensaio sobre a solidão”, de Cláudia Fares (Casa Jorge Editorial).

Lançou, em 1997, o livro de ensaios e memórias “Verdade Tropical” e o álbum “Livro”. Em 30 de outubro, convidado por Madalena Fellini, irmã de Federico Fellini (1921-1993), fez um show na República de San Marino, perto de Rimini (Itália), cidade natal do cineasta, em comemoração do aniversário de casamento de Fellini e da atriz Giulietta Masina (1920-1994), anteriormente homenageada em canção que leva seu nome. Em novembro, foi lançado o livro “Verdade Tropical” (Companhia das Letras, 524 páginas), contendo uma visão profunda e pessoal acerca dos principais aspectos e acontecimentos relacionados ao movimento tropicalista.

Em 1998, lançou o CD “Prenda Minha”, com o qual atingiu, no ano seguinte, pela primeira vez, a faixa de mais de um milhão de cópias vendidas, puxado pela regravação de “Sozinho”, música de Peninha.

Em 2000, dirigiu a produção do CD “João violão e voz”, de João Gilberto. Nesse mesmo ano, foi conteplado com o Prêmio Grammy Awards, na categoria World Music, pelo CD “Livro”, lançado nos Estados Unidos, em 1999. Ainda em 2000, na primeira edição do Grammy Latino, seu disco “Livro” foi premiado na categoria Melhor Disco de MPB. Em dezembro desse mesmo ano, lançou o CD “Noites do Norte”, cuja faixa-título foi inspirada no texto homônimo de Joaquim Nabuco.

Em 2001, recebeu o Prêmio Multishow de Música, na categoria Melhor Cantor. Nesse mesmo ano, fez turnê pelo Brasil com o show “Noites do Norte”. Ainda em 2001, participou do filme “Fale com ela” (“Hable con Ella”), de Almodóvar, cantando a canção “Cucurrucucú Paloma” (“Coo Coo Roo Coo Coo Paloma”). Também nesse ano, lançou o CD duplo “Noites do Norte ao vivo”.

Em 2002, gravou, com Jorge Mautner, o CD “Eu não peço desculpas”, contendo suas composições “Feitiço”, “O namorado”, “Cajuína”, “Tarado”, “Homem bomba” e “Graça Divina”, as três últimas em parceria com Jorge Mautner, além de “Manjar de reis”, “Maracatu atômico” e “Morre-se assim”, todas de Jorge Mautner e Nelson Jacobina, “Todo errado” (Jorge Mautner), “Coisa assassina” (Gilberto Gil e Jorge Mautner), “Voa, voa, perereca” (Sérgio Amado) e “Hino do carnaval brasileiro” (Lamartine Babo). No dia 8 de dezembro desse mesmo ano, apresentou-se para 100.000 pessoas na Praia de Copacabana (RJ), ao lado de Gilberto Gil e Gal Costa e Maria Bethânia, no show “Doces Bárbaros”, que encerrou o projeto “Pão Music”. Ainda em 2002, foi lançada a caixa “Todo Caetano”.

Em 2003, sua interpretação de “Burn it Blue” (Elliot Goldenthal e Julie Traymor), ao lado da mexicana Lila Downs, representando o filme “Frida”, na cerimônia de entrega do Oscar, foi o primeiro registro de participação de um cantor brasileiro no evento. Nesse mesmo ano, recebeu o Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, pelo CD “Eu não peço desculpas”, trabalho em parceria com Jorge Mautner. Ainda em 2003, seu filme “Cinema falado” foi relançado em DVD. Também nesse ano, foi lançado o livro “Letra só”, seleção de letras de autoria do compositor, organizada por Eucanaã Ferraz.

No dia 25 de janeiro de 2004, apresentou-se na esquina das avenidas Ipiranga e São João, em São Paulo, na comemoração dos 450 anos da cidade. Nesse mesmo ano, lançou o CD “A foreign sound”, contendo canções norte-americanas. Também em 2004, apresentou-se no Carnegie Hall, em Nova York, e fez turnê do disco “A forein sound” pelo Brasil. Ainda nesse ano, participou da trilha sonora, registrada em CD, do filme “Meu tio matou um cara”, de Jorge Furtado, como intérprete (“Pra te lembrar”, de Nei Lisboa) e como compositor (“Se essa rua” e “Habla de mi”).

Em 2005, apresentou-se, ao lado de Milton Nascimento, no Canecão (RJ), com o show “Milton e Caetano”. No repertório, “Paula e Bebeto”, “A terceira margem do rio”, “As várias pontas de uma estrela”, “Senhor do tempo”, “Sereia” e “Perigo”, parcerias de ambos incluídas na trilha sonora do filme “O Coronel e o lobisomem”, além de outros clássicos do cinema, como “Luz de Tieta” (“Tieta”) e “Luz do sol” (“Índia, a filha do sol”), de sua autoria, e “A felicidade” (“Orfeu”), de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, entre outros. O espetáculo contou com cenário de Hélio Eichbauer. Também em 2005, lançou o livro “O mundo não é chato” (Companhia das Letras), coletânea de ensaios e críticas publicadas ao longo de sua trajetória em jornais e revistas organizada pelo poeta Eucanaã Ferraz. Compôs, em parceria com José Miguel Wisnik, a trilha sonora do espetáculo “Onqotô”, do Grupo Corpo, lançada em CD homônimo, também nesse ano.

Em 2006, lançou o CD “Cê”, contendo canções inéditas de sua exclusiva autoria: “Outro”, “Minhas lágrimas”, “Rocks”, “Deusa urbana”, “Waly Salomão”, “Não me arrependo”, “Musa híbrida”, “Odeio”, “Homem”, “Porquê?”, “Um sonho” e “O herói”. A seu lado, o trio formado por Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo e piano rhodes) e Marcelo Callado (bateria). O disco foi produzido por Moreno, seu filho, e Pedro Sá.

Após realizar vários shows de lançamento do disco “Cê”, apresentou-se, em 2007, na Fundição Progresso (RJ), tendo a seu lado Pedro Sá (guitarra), Marcello Calado (bateria) e Ricardo Dias Gomes (baixo). Com direção de Mauro Lima, o show foi gravado ao vivo para lançamento em CD e DVD. Nesse ano, lançou o CD “Multishow ao vivo: Caetano Veloso – Cê”, gravado ao vivo na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro.

Em 2008, ao lado da Banda Cê, apresentou-se no Vivo Rio (Museu de Arte Moderna, RJ) com a série de shows “Obra em progresso”, recebendo no palco um convidado especial por semana. Nesse mesmo ano, apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro ao lado de Roberto Carlos, em homenagem a Tom Jobim e aos 50 anos da bossa nova. Ainda em 2008, gravou, no Teatro Oi Casa Grande (RJ) o DVD “Obra em Progresso”.

Tendo ao seu lado a bandaCê, formada por Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo e teclados) e Marcelo Callado, lançou, em 2009, o CD “Zii e Zie”, com suas composições “Perdeu”, “Sem cais” (c/ Pedro Sá), “Por quem?”, “Lobão tem razão”, “A cor amarela”, “A base de Gantánamo”, “Falso Leblon”, “Menina da Ria”, “Lapa” e “Diferentemente”, além de “Incompatibilidade de gênios” (João Bosco e Aldir Blanc) e “Ingenuidade” (Serafim Adriano). Nesse mesmo ano, fez show de lançamento do disco no Canecão (RJ), acompanhado pelos mesmos músicos, com cenário de Hélio Elchbauer, iluminação de Maneco Quinderé e imagens dos cineastas Miguel Przewodowski e Lais Rodrigues. O espetáculo foi incluído na relação “Os Melhores Shows de 2009” do jornal “O Globo”, publicada ao final do ano.

Em 2010, após turnê pela Europa, fez apresentação única do show “Zil e Zie” no espaço Vivo Rio (RJ) registrada ao vivo para edição em CD e DVD, ao lado da bandaCê, formada Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo) e Marcelo Callado (bateria). Nesse mesmo ano, a cantora Maria Bethânia registrou, no CD e DVD “Amor, Festa e Devoção”, suas canções “Dama do Cassino”, “Pronta pra cantar”, “Queixa” e “Reconvexo”. Também em 2010, apresentou-se com a cantora Maria Gadú no Citibank Hall (RJ) com o show “Caetano Veloso + Maria Gadú”, para gravação do DVD.

Lançou, em 2011, o DVD “MTV ao vivo – Caetano – Zii e Zie”, em formato simples e em formato especial. Neste último, além do registro do show “Zii e Zie”, canções da temporada de “Obra em Progresso”. Nesse mesmo ano, participou, como convidado da Orquestra Imperial, do “Tributo a Jorge Mautner”, realizado no Circo Voador (RJ). Foi homenageado pela escola de samba Paraíso do Tuiuti no Carnaval desse ano, com o samba enredo “O mais Doce Bárbaro – Caetano Veloso”, de Eric Souza, Elton Divino, Rodrigo Monteiro, Zezé e Gê Tuiuti. Ao lado de Maria Gadú, lançou, também em 2011, o DVD/CD “Multishow ao vivo – Caetano Veloso e Maria Gadú“. Nesse mesmo ano, numa parceria do Instituto Cultural Cravo Albin com o selo Discobertas, foi lançado o box “100 Anos de Música Popular Brasileira”, contendo quatro CDs duplos, com áudio restaurado por Marcelo Fróes da coleção  de oito LPs da série homônima produzida por Ricardo Cravo Albin, em 1975, com gravações raras dos programas radiofônicos “MPB 100 ao vivo” realizadas no auditório da Rádio MEC, em 1974 e 1975. O compositor participou do volume 6 da caixa, com suas canções “De manhã”, na voz de Pery Ribeiro, e “Esse cara”, na voz de Rosana Toledo.

Em 2012, seu site na web foi atualizado com rico material: vídeos, fotos raras e ainda todas as faixas de sua discografia para audição em streaming. Foi inaugurado ainda o blog “Fala, Caetano”, instituído como canal oficial de comunicação com o público e com a imprensa. Oito vezes vencedor do Prêmio Grammy Latino e duas vezes vencedor do Prêmio Grammy, foi escolhido para ser o homenageado da Festa de Gala Anual da Academia Latina de Gravação como “Personalidade do Ano de 2012”. Neste ano, seu disco “Transa” recebeu nova edição em CD e vinil. Ainda em 2012, foi lançado o CD “A tribute to Caetano Veloso”, com 16 canções de sua autoria gravadas por artistas brasileiros e estrangeiros, entre os quais Beck (“Michelangelo Antonioni”), Jorge Drexler (“Fora da ordem”), Devendra Banhart (“Quem me dera”, com Rodrigo Amarante), Miguel Poveda (“Força estranha”) e Magic Numbers (“You don’t know me”), Mariana Aydar (“Araçá blue”), Moreno, Kassin e Domenico (“The empty boat”, com Chrissie Hynde), Seu Jorge (“Peter Gast”, com Toninho Horta e Arismar Espírito Santo), Céu (“Eclipse oculto”), Tulipa Ruiz (“Da maior importância”), Ana Moura (“Janelas abertas nº 2”), Momo (“Alguém cantando”) e Luísa Maita (“Trilhos urbanos”). Apresentou, no Teatro Oi Casa Grande (RJ), também em 2012, o show “Primavera Carioca”, com canções próprias e de outros autores sobre o Rio, como “Mangueira” (Assis Valente) e “Menino do Rio”, de sua autoria. O espetáculo contou com a participação especial de Chico Buarque e do Trio Preto +1 formado por Pretinho da Serrinha, Miudinho, Nene Brown e Didão. Ainda nesse ano, foi lançado o CD “Especial Ivete, Gil e Caetano”, registro do programa homônimo realizado pela Rede Globo no ano anterior. O disco foi contemplado com o Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira na 13ª edição do prêmio. Nesta mesma edição, recebeu o prêmio de Personalidade do Ano. Com arranjos e acompanhamentos da Banda Cê, trio formado por Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo) e Marcelo Callado (bateria), lançou, também em 2012, o CD “Abraçaço”, último álbum da trilogia com a banda Cê, depois de “Cê” (2006) e “Zii e Zie” (2009), com produção de seu filho Moreno e do guitarrista Pedro Sá. No repertório, suas canções “A bossa nova é foda”, “Um abraçaço”, “Estou triste”, “Império da lei”, “Quero ser justo”, “Um comunista”, “Funk melódico”, “Vinco”, “Quando o galo cantou”, “Parabéns” e “Gayana”, todas inéditas. O CD “Abraçaço” figurou na relação “Os Melhores Discos de 2012” – assinada pelos jornalistas Bernardo Araújo, Carlos Albuquerque, Leonardo Lichote e Sílvio Essinger -, publicada na edição de 30 de dezembro de 2012 do Jornal “O Globo”.

Em 2013, estreou, no Circo Voador, a turnê do disco “Abraçaço”, tendo a seu lado a bandaCê, formada por Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo e teclados) e Marcelo Callado (bateria). Nesse mesmo ano, foi contemplado com o Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Cantor-Pop/Rock/Reggae/HipHop/Funk e na categoria Melhor Projeto Visual-Artista, assinado por Fernando Young e Quinta-feira.pelo CD “Abraçaço”. Recebeu ainda indicação ao prêmio de Melhor Canção, por “Estou triste”, incluída nesse disco. Também nesse ano, apresentou-se no Vivo Rio (RJ), em show de gravação do DVD “Multishow ao vivo: Caetano Veloso – Abraçaço”. O cenário foi assinado por Hélio Eichbauer, com quatro telas do artista russo Malevich. Ainda em 2013, recebeu cinco indicações à 14ª edição do Grammy Latino, nas seguintes categorias: Melhor Gravação, Canção do Ano e Melhor Canção Brasileira, pela música “Um Abraçaço”; Melhor Álbum de Compositor e Melhor Arte em encarte, pelo CD “Abraçaço”, de 2012. Recebeu, ainda em 2013, cinco indicações à 14ª edição do Grammy Latino, nas seguintes categorias: Melhor Gravação, Canção do Ano e Melhor Canção Brasileira, pela música “Um Abraçaço”; Melhor Álbum de Compositor e Melhor Arte em encarte, pelo mesmo disco.

 

Em 2014, apresentou-se, com acompanhamento da Banda Cê, no Festival Primavera Sound, em Barcelona. Foi ovacionado pela plateia. Entre as músicas tocadas estavam “A bossa nova é foda”, “Baby”, “Triste Bahia”, “Parabéns”, “Eclipse oculto”, “Tonada de luna llena” e “A luz de Tieta”.

Em 2015, estreou, em Amsterdã, no palco da Concertgebouw, a turnê “Dois amigos, um século de música”, ao lado de Gilberto Gil. O show celebrou os 50 anos de carreira e a amizade dos dois. Envolta em polêmica, a turnê chamou a atenção também pela apresentação prevista em Tel Aviv, na Menora Mivtachim Arena, que acirrou os ânimos dos mais radicais, que sugeriam que Israel não recebesse nenhum show, por conta dos conflitos que assolavam a região. Chegou a receber cartas de Roger Waters, do Pink Floyd, e no Nobel da Paz Desmond Tutu pedindo oficialmente para que ele cancelasse o show. Em resposta, afirmou: “Seria contraproducente isolar Israel, se se está buscando a paz. Nunca me imaginei numa situação semelhante (referindo-se a pedir para um artista cancelar um show). Voltei para o Brasil antes de a ditadura acabar. Ainda sob Médici. Por amor ao Brasil. Um dia vou escrever extensamente sobre isso. Cantar sob Bush ou Netanyahu não é nada comparado a essa experiência.”.

A turnê marcou, ainda, o reencontro dos dois, que não tocavam juntos desde “Tropicália Duo”, em 1994. Para o repertório, fez um pedido especial a Gil: que ele cantasse “Marginália 2”, composta em parceria com Torquato Neto em 1962. Além disso, constavam do setlist “Esotérico”, “Coração vagabundo”, “São João Xangô menino”, “É luxo só”, “Tonada de luna llena”, entre outras. Ao todo, cerca de 26 músicas que variavam de apresentação para apresentação. Em atendimento a um pedido especial de Gil, incluiu “Desde que o samba é samba”. Nas palavras de Gil: “Fiz questão de que ele incluísse “Desde que o samba é samba”, música dele que eu adoro. Mas não sou chegado a revelar o repertório antes do show, tira um grande elemento, que é a surpresa.”, justificando o setlist variável entre os shows.

Dando continuidade à turnê com Gilberto Gil, apresentou-se no Metropolitan, no RJ.

Ainda no Rio de Janeiro, apresentou novamente a turnê, mas dessa vez no célebre Circo Voador, na Lapa, em show novamente lotado.

Concorreu ao 26º Prêmio da Música Brasileira, na Categoria Especial, com o DVD “Abraçaço”, dirigido por Paula Lavigne e Fernanda Young.

A turnê com Gilberto Gil acabou virando um CD e DVD homônimos, lançados pela Som Livre e gravado ao vivo durante um show em São Paulo. As 29 faixas trouxeram músicas como “Coração vagabundo”, “É de manhã”, “Sampa”, “Eu vim da Bahia”, “Toda menina baiana”, “Drão”, “Andar com fé”, “Filhos de Gandhi”, “Domingo no parque” e “A luz de Tieta”, entre outras. O disco foi selecionado para a lista de melhores do ano composta pelo jornalista Mauro Ferreira, do jornal O Dia, e também para a lista do jornal O Globo.

Em 2016, participou do desfile em homenagem à cantora Maria Bethânia na escola de samba carioca Estação Primeira de Mangueira.

Marcou presença no 27º Prêmio da Música Brasileira, concorrendo nas categorias melhor DVD e melhor álbum de MPB, com “Dois amigos, um século de música”, e melhor cantor. Arrebatou os dois últimos, concorrendo com os álbuns “Do meu olhar pra fora”, de Elba Ramalho, e “Mama Kalunga”, de Virginia Rodrigues, e Gilberto Gil e Djavan. 

Novamente dividiu o palco com Gilberto Gil, durante apresentação na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Acompanhado também de Anitta, cantou “Morena de Angola”, de Chico Buarque.

Em 2017, três artistas incluíram em seus projetos releituras de músicas extraídas do seu disco “Muito (Dentro da estrela azulada), de 1978.  Mart´nália, em seu disco “+ Misturado”, regravou “Tempo de estio”; César Lacerda incluiu em show todo o repertório do disco, porém com liberdades no roteiro; Bruno Cosentino gravou single com a faixa-título “Muito”, lançada em plataformas digitais.

No mesmo ano, o disco “Dois amigos, um século de música” foi indicado ao Grammy na categoria world music, mas não saiu vencedor.

Ainda em 2017 apresentou-se pela Europa ao lado da cantora Teresa Cristina com a turnê “No palco de Caetano apresenta Teresa”.  A idéia central do espetáculo foi apresentar ao público as composições de sambas da Bahia e as composições de sambas do Rio de Janeiro, na voz de Teresa Cristina que interpretou Cartola.

Em 2018 iniciou turnê ao lado dos seus 3 filhos com o espetáculo “Ofertório – De Caetano Moreno Zeca Tom Veloso”, que estreou no Teatro Net do Rio de Janeiro. O Show foi formado por canções suas escolhidas por seus filhos, além de composições dos quatro (algumas inéditas). O espetáculo fora definido por Caetano, em texto distribuído à imprensa, como “um show familiar, nascido da minha vontade de ser feliz”. O espetáculo contou ainda com memórias que remetiam à infância dos filhos, Moreno (44 anos), Zeca (25) e Tom (20), como “Leãozinho”, e “Um canto de afoxé para o bloco do Ilê”, música de Caetano para a qual Moreno fez a letra quando era criança.

Em 2019 foi lançado inédito documentário, “Narciso em Férias”, relatando sua prisão durante o AI-5 (Ato Inconstitucional Cinco, ocorrido em 1968 durante a ditadura militar no Brasil). O filme foi produzido pela Uns Produções e Filmes e trazendo depoimentos pessoais sobre os 54 dias em que ficou preso, desde o momento em que foi para o exílio e depois seu retorno ao Brasil. “Narciso em Férias” também é o título de um dos capítulos de “Verdade Tropical”, seu livro de memórias críticas publicado em 1997, e que teve edição especial de 20 anos em 2017. Nesse capítulo descreveu, com riqueza de detalhes, sua prisão no Rio de Janeiro, que resultou no exílio londrino, ao lado do cantor Gilberto Gil, quando foi acusado pelos militares de “desrespeito ao Hino e à Bandeira nacionais”.

Em outubro de 2021, Caetano Veloso lançou “Meu coco”, o primeiro álbum de inéditas desde Abraçaço (2012). Este foi também o primeiro lançamento do compositor pela Sony Music. O álbum foi lançado com 12 faixas: “Meu Coco”; “Ciclâmen Do Líbano”; “Anjos Tronchos”; “Não Vou Deixar”; “Autoacalanto”;  “Enzo Gabriel”; “GilGal”; “Cobre”; “Pardo”; “Você-Você”; “Sem Samba Não Dá”; “Noite De Cristal”. Entre os músicos que tocaram no trabalho estão, além do próprio Caetano; Vinícius Cantuária (percussão), Lucas Nunes (violão, contrabaixo, guitarra e coro); Marcelo Costa (Bateria e percussão); Miguel Góes (contrabaixo); Mestrinho (Acordeão); Dora Morelenbaum – (participação em “GilGal” e “Sem Samba Não Dá”);  Carminho (Voz em “Você-Você”); Moreno (percussão e coro);Tom Veloso (violão e coro); Zé Ibarra  (violão e coro); Jaques Morelenbaum (Violoncelo); Carlos Malta (Flauta baixo); Hamilton de Holanda (bandolim) e Pedro Sá (guitarra e baixo) entre diversos outros. Entre os arranjadores que participaram do trabalho, estão Thiago Amud; Jaques Morelembaum e Letieres Leite. O álbum foi produzido por Lucas Nunes.

Em abril de 2022, a turnê do álbum “Meu coco” estreou em Belo Horizonte.  Tocaram na banda da turnê os músicos Lucas Nunes (violão e guitarra), Alberto Continentino (baixo), Rodrigo Tavares (teclados), Kainã de Jêje (bateria e percussão) e Thiago da Serrinha (percussão).

Em 7 de agosto de 2022, Caetano comemorou o aniversário de 80 anos em transmissão ao vivo pela GloboPlay e Multishow. A transmissão foi feita com os filhos Moreno, Zeca e Tom e a participação da irmã Maria Bethânia. O repertório teve músicas como “O sopro do fole”, “Irene” e “Milagres do povo”. Antes da apresentação, Caetano fez um balanço da carreira em entrevista divulgada pelo Globoplay.

Em dezembro de 2022 lançou, com o pastor, cantor e compositor gospel Kleber Lucas, o single com o hino gospel “Deus Cuida de Mim”, de autoria de Kleber. A parceria surgiu a partir do encontro dos dois na casa de Caetano. Os músicos se conheceram motivados pela disputa eleitoral para a presidência em 2022, quando ambos apoiaram Lula. Um amigo em comum apresentou Kleber Lucas a Paula Lavigne. E

Em janeiro de 2023 foi indicado como o 108º melhor cantor da história em lista com 200 nomes da revista Rolling Stone. O jornalista Michaelangelo Matos, que escreveu o perfil do cantor na lista o comparou a Bob Dylan, indicando o seu papel revolucionário e como referência literária na MPB. Ainda em janeiro, foi recebido por Gilberto Gil na primeira noite do Festival de Verão de Salvador, em Salvador, BA. A cantora Gal Costa ganhou homenagem dos amigos durante o show com eles cantando “Divino, Maravilhoso”, música dos dois eternizada na voz da cantora. Também cantaram, entre outras, “Back in Bahia”, “Esotérico”, “Andar com fé”, “São Salvador” de Dorival Caymmi, “Odara”, “Tieta”, e “Todo menina baiana”.

Em março de 2023 entrou na trilha sonora de “Amor Perfeito”, novela das 18 horas da Globo que estreou no mesmo mês. A música escolhida foi “Um Vestido Y Um Amor”(Fito Paez), na versão feita para o álbum “Fina Stampa”.

Em agosto de 2023, no dia 4, foi lançado o álbum “Xande canta Caetano”, gravado em 2021 com produção musical e arranjos do percussionista Pretinho da Serrinha. No repertório com 10 músicas foram incluídas “Luz do sol”, “Qualquer coisa”, “Alegria alegria”, “Tigresa”, “Diamante verdadeiro”,  “ O amor” (Caetano Veloso e Ney Costa Santos sobre poema de Vladimir Maiakovski), “Trilhos urbanos”, “Lua de São Jorge”, “Muito romântico “ e “Gente”. Viralizou nas redes sociais o vídeo em que Caetano chorava de emoção após a audição de “Gente”. O  teve as músicas “Muito Romantico”, com 321 mil execuções, e “Luz do sol”, com 266 mil execuções, como algumas das mais executadas do Spotfy.

No dia 14 do mesmo mês, após atraso de quatro horas e meia, Caetano Veloso apresentou, no Festival Doce Maravilha, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro (RJ), show dedicado ao disco “Transa”, de 1972. Além da banda que participava da turnê “Meu coco”, tocaram neste show músicos que originalmente gravaram o álbum:  Áureo de Souza (percussão), Jards Macalé (violão e guitarra) – que foi diretor musical do disco – e Tutty Moreno (bateria).O baixista do álbum, Moacyr Albuquerque, faleceu em 2000.  O atraso do show, com mudança para um placo menor, aconteceu por conta das chuvas fortes que caíram na cidade naquele dia. Entre as músicas do show, estavam tanto as que faziam parte do álbum como de outros álbuns do mesmo período, virada dos anos 1960 para os 1970. Músicas como “You don’t know me”, “Irene”, “Araçá Azul”, “Maria Betnânia”, “Asa branca”(Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), “London London”, “The empty boat”, “Triste Bahia”(poesia de Gregório de Mattos musicada por Caetano), “Neolithic man”, “It’s a long way”, “Mal secreto”(Jards Macalé e Wally Salomão) – esta cantada por Jards macalé, “Sem samba não dá”, (gravada em 2021 por Caetano em “Meu coco”, e por Macalé com Criolo na coletânea “Biscoito fino, de 2023, e cantada por Macalé e Caetano), “Mora na filosofia” (Monsueto Menezes e Arnaldo Passos), “Nine out of tem” e “Nostalgia” (That’s what rock’n roll is all about).

Em dezembro de 2023, no dia 5, recebeu o Prêmio UBC pelo conjunto da obra no Rio de Janeiro(RJ), na sede da União Brasileira dos Compositores. A festa teve números musicais com a obra do compositor cantada por diversos intérpretes e récitas de algumas das letras – como “Língua” e “O quereres” –  na voz da atriz Mariana Ximenes. Entre os que interpretaram músicas de Caetano estavam Gilberto Gil (“Coração vagabundo”), Ferrugem (“Você é linda”), Luísa Sonza (“Não me arrependo”), João Gomes (“Oração ao tempo”), Tim Bernardes(“Trilhos urbanos”), Zeeba (“You don’t know me”), Giulia Be (“London London”), Ritchie (“Shy moon”), Jão (“Canto do povo de um lugar e Leãozinho”) e Criolo (“Desde que o samba é samba”). O show também teve a participação de Jaques Morelenbaum e Pretinho da Serrinha. O encerramento teve a música “Odara” cantada por todos os participantes.

Em 2024 lançou o single “La mer”(Charles Trenet) no formato voz e violão. A faixa foi gravada para fazer parte do documentário “Une famille”, apresentado na 74ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim. A produção musical foi de Caetano com Lucas Nunes, que também gravou, mixou e masterizou a faixa.

 

Discografias
2024 Uns produções La mer

Single

2022 Sony Music Deus Cuida de Mim

Com Kleber Lucas

2021 Sony Music Meu Coco
2020 CD Caetano Veloso e Ivan Sacerdote

Lançamento Digital

2018 Universal Music International CD Ofertório (Ao Vivo)

Lançamento Digital

2015 Som Livre CD “Dois amigos, um século de música”
2015 Som Livre. CD “Dois amigos, um século de música”.
2015 Som Livre. DVD “Dois amigos, um século de música”.
2012 A tribute to Caetano Veloso (vários artistas) – tributo – Universal - CD
2012 Abraçaço (Caetano Veloso) – Universal Music - CD
2012 Especial Ivete, Gil e Caetano (Ivete Sangalo, Gilberto Gil e Caetano Veloso) – Universal - CD
2011 MTV ao vivo – Caetano - Zii e Zie – Universal - DVD
2011 Multishow ao vivo – Caetano Veloso e Maria Gadú (Caetano Veloso e Maria Gadú) – DVD, CD
2008 Universal Music CD Zii e Zie (Caetano Veloso)
2007 Universal Music CD Multishow ao vivo: Caetano Veloso - Cê (Caetano Veloso)
2006 Universal Music CD Cê (Caetano Veloso)
2005 Independente CD Onqotô (Caetano Veloso)
2004 Universal Music CD A foreign sound (Caetano Veloso)
2002 Universal Music CD Eu não peço desculpas (Caetano Veloso e Jorge Mautner )
2002 Universal Music Todo Caetano (Caetano Veloso)
2001 Universal Music CD Noites do Norte ao vivo (Caetano Veloso)
2000 Universal Music CD Noites do Norte (Caetano Veloso)
1999 Universal Music CD Omaggio a Federico e Giulietta (Caetano Veloso)
1999 Natasha CD Orfeu (Caetano Veloso)
1998 PolyGram CD Prenda minha (Caetano Veloso)
1997 PolyGram CD Livro (Caetano Veloso)
1996 Natasha CD Tieta do agreste - Trllha sonora do filme (Caetano Veloso)
1995 PolyGram CD Fina estampa ao vivo (Caetano Veloso)
1994 PolyGram CD Fina estampa (Caetano Veloso)
1993 PolyGram/Philips LP Tropicália 2 (Caetano Veloso e Gilberto Gil)

"Encarte com letras das músicas, frases e fotos de Caetano e Gil e ficha técnica"

1992 PolyGram CD Circuladô ao vivo (Caetano Veloso)
1991 PolyGram CD Circuladô (Caetano Veloso)
1990 Philips LP Caetano Veloso (Caetano Veloso)
1989 Polygram LP Caetano Veloso (Caetano Veloso)

"Prêmio Shell para a Música Brasileira, 1989."

1989 Philips LP Estrangeiro (Caetano Veloso)

Encarte com as letras das músicas e ficha técnica das faixas e do disco

1987 Philips LP Caetano (Caetano Veloso)
1986 Nonesuch LP Caetano Veloso (Caetano Veloso)
1986 Som Livre LP Melhores momentos de Chico & Caetano e convidados (Chico Buarque, Caetano Veloso e artistas convidados)
1986 Polygram/Philips LP Totalmente demais (Caetano Veloso)

Encarte com as letras das músicas

1985 Fontana LP Caetanear (Caetano Veloso) - coletânea
1984 Philips LP Velô (Caetano Veloso)

Este disco vem acompanhado de um pequeno fascículo contendo as letras das músicas e a ficha técnica

1983 PolyGram Compacto simples Luz do Sol (Caetano Veloso)
1983 Philips LP Uns (Caetano Veloso)

"Exemplar promocional. A capa interna contém as letras das músicas e foto de Caetano. Na capa, foto do intérprete, Roberto e Rodrigo Veloso."

1982 Philips Compacto simples Caetano Veloso (Caetano Veloso)

"Na contra-capa, as letras das músicas."

1982 Philips LP Cores, Nomes (Caetano Veloso)

Exemplar promocional. Encarte com as letras das músicas

1981 WEA LP Brasil - João Gilberto, Caetano, Gil (João Gilberto, Caetano Veloso e Gilberto Gil)
1981 Philips LP Outras palavras (Caetano Veloso)

"Exemplar promocional. Na capa interna, texto de Caetano, letras das músicas e ficha técnica"

1979 PolyGram Compacto simples Carnaval 80 (Caetano Veloso)
1979 PolyGram/Philips LP Cinema transcendental (Caetano Veloso)

Encarte com as letras das músicas

1978 Philips Compacto simples Caetano Veloso (Caetano Veloso)

O disco encontra-se sem a capa original

1978 Phonogram LP Maria Bethânia e Caetano Veloso - Ao vivo (Caetano Veloso e Maria Bethânia)
1978 Philips LP Muito (dentro da estrela azulada) (Caetano Veloso)
1978 Philips Compacto simples O bater do tambor/Samba da cabeça (Caetano Veloso)
1978 Philips Compacto simples Pecado Original (Caetano Veloso)
1977 Fontana LP A música de Caetano Veloso (Caetano Veloso)

"Na contra-capa, texto de Gilberto Gil"

1977 Philips LP Bicho (Caetano Veloso)

Encarte com as letras das músicas e poster de Caetano Veloso no verso

1977 Abril Cultural 33/10 pol. Caetano Veloso (Caetano Veloso)

(''Nova História da Música Popular Brasileira''). Vem acompanhado de um fascículo com texto de Augusto de Campos, uma pequena biografia do compositor, fatos e letras das músicas."

1977 Phonogram /Philips LP Muitos carnavais (Caetano Veloso)
1977 Philips Compacto simples Piaba/A filha da Chiquita Bacana (Caetano Veloso)
1976 Philips Compacto simples Doces Bárbaros (Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia)
1976 Philips LP Doces Bárbaros - Ao vivo (Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia)
1975 Phonogram/Fontana LP A arte de Caetano Veloso (Caetano Veloso)

"Álbum dúplo. Na capa interna, estão as letras das músicas"

1975 Philips Compacto simples A filha da Chiquita Bacana (Caetano Veloso)
1975 Philips Compacto simples Dias, dias, dias (Caetano Veloso)
1975 Philips LP Jóia (Caetano Veloso)

"Na contra-capa, foto de João Catrioto, retratando Caetano, [esposa e filho]."

1975 Philips LP Qualquer coisa (Caetano Veloso)
1974 Philips Compacto simples Caetano Veloso (Caetano Veloso)

O disco encontra-se sem a capa original

1974 Philips Compacto simples Cara a cara (Caetano Veloso)
1974 Phonogram LP Temporada de verão - Ao vivo na Bahia (Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil)
1973 Phonogram/Philips LP Araçá azul (Caetano Veloso)

"Encarte com ficha técnica. Na capa interna, fotos de Caetano Veloso"

1973 Phonogram/Philips LP Caetano Veloso (Caetano Veloso)

(''Música Nova do Brasil'')

1973 Philips Compacto simples Caetano Veloso (Caetano Veloso)

O disco encontra-se sem a capa original

1973 Philips Compacto simples Deus e o diabo (Caetano Veloso)
1973 Philips Compacto simples Um frevo novo (Caetano Veloso)
1972 Philips LP Barra 69 - Caetano e Gil ao vivo na Bahia (Caetano Veloso e Gilberto Gil)
1972 Philips Compacto simples Cada macaco no seu galho/Chiclete com banana (Caetano Veloso e Gilberto Gil)
1972 Phonogram LP Caetano e Chico juntos e ao vivo (Caetano Veloso e Chico Buarque)
1972 Philips LP Transa (Caetano Veloso)
1972 Philips LP Tropicália (Vários artistas) - participação

Edição histórica

1971 Famous/Paramount Records LP Caetano Veloso (Caetano Veloso)
1971 RCA/Abril Cultural 33/10 pol. Caetano Veloso (Caetano Veloso)

"Este disco faz parte da coleção ''História da MPB'' e vem acompanhado do fascículo nº 22 que contém um histórico sobre o compositor, fotos dele e de amigos e parceiros, ilustrações de Elifas Andreato e as letras das músicas. Augusto Campos faz comentários"

1971 Philips LP Caetano Veloso (Caetano Veloso)

Na contra capa um texto em inglês falando sobre o Caetano e este seu disco com músicas em inglês

1971 Fontana LP Caetano Veloso/Gilberto Gil (Caetano Veloso e Gilberto Gil)

Este disco faz parte da série ''Autógrafos de Sucesso''

1971 Zem produtora Compacto simples Caetano canta ''A volta da Asa Branca'' de Luiz Gonzaga (Caetano Veloso)

"Este compacto é parte do numero 2 do Disco de Bolso. O disco e encarte de uma pequena revista com texto de Sérgio Ricardo, história em quadrinhos, charges e artigo apresentando o cantor e compositor Raimundo Fagner"

1971 Phonogram/Philips Compacto simples O Carnaval de Caetano (Caetano Veloso)

"Na contra-capa, estão as letras das músicas"

1969 Philips LP Caetano Veloso (Caetano Veloso)

Encarte com as letras das músicas

1969 Philips Compacto simples Caetano Veloso (Caetano Veloso)
1969 Philips Compacto simples Não identificado/Charles, Anjo 45 (Caetano Veloso)
1968 Philips Ao vivo Caetano e Mutantes (Caetano Veloso e Os Mutantes)
1968 Philips Compacto simples Atrás do trio elétrico/Torno a repetir (Caetano Veloso)
1968 Philips LP Caetano Veloso (Caetano Veloso)
1968 Philips LP III Festival de Música Popular Brasileira (Vários artistas) - participação
1968 Philips LP Tropicália ou Panis et Circensis (Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Os Mutantes)
1968 RCA Victor LP Velloso, Gil e Bethania (Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia)
1968 Philips Compacto simples Yes, nós temos babana/Ai de mim, Copacabana (Caetano Veloso)
1967 Philips Compacto simples Alegria, alegria (Caetano Veloso)
1967 Philips LP Domingo (Caetano Veloso e Gal Costa)

"Na contra-capa, texto de Caetano Veloso e fotos dos intérpretes."

1965 RCA Victor Compacto simples Cavaleiro/Samba em paz (Caetano Veloso)
Obras
13 de maio
A base de Gantánamo
A bossa nova é foda
A cor amarela
A filha da Chiquita Bacana
A grande borboleta
A hora da estrela de cinema
A little more blue
A luz de Tieta
A mulher
A outra banda da terra
A polícia sobe o morro
A rã (c/ João Donato)
A tua presença, morena
A voz de uma pessoa vitoriosa (c/ Waly Salomão)
A voz do morto
A voz do vivo
Abandono
Acrilírico (c/ Rogério Duprat)
Adeus, meu Santo Amaro
Ai de mim, Copacabana (c/ Torquato Neto)
Alegria, alegria
Alexandre
Alteza (c/ Waly Salomão)
Alucinação
Amo-te mesmo muito
Amotor (c/ Rogério Duprat)
Anunciação (c/ Rogério Duarte)
Aracaju (c/ Tomás Improta e Vinícius Cantuária)
Araçá azul
As ayabás (c/ Gilberto Gil)
As várias pontas de uma estrela (c/ Milton Nascimento)
Asa
Ascânio no jeguinho
Atrás do trio elétrico
Avarando
Ave-Maria
Baby
Baby-doll the nylon (c/ Robertinho do Recife)
Barato modesto
Batmacumba (c/ Gilberto Gil)
Batuque final
Beira-mar (c/ Gilberto Gil)
Beleza pura
Boa palavra
Bonina (c/ Capinam)
Brilhante
Cajuína
Campeão olímpico de Jesus (c/ Waly Salomão)
Cantiga de boi
Canto das lavadeiras
Canto do bola de neve
Canção de protesto
Capitão Lampião (c/ Torquato Neto)
Cara a cara
Caras e bocas (c/ Maria Bethânia)
Cardo vai embora
Cauby! Cauby!
Cavaleiro
Cavaleiro de Jorge
Certeza de beleza
Chuva, suor e cerveja
Ciclo (c/ Nestor de Oliveira)
Cidade pequenina (c/ Roberto Menescal)
Cinema Olímpia
Cinema novo (c/ Gilberto Gil)
Circuladô de fulô (c/ Haroldo de Campos)
Clara
Clarisse (c/ Capinam)
Cobra coral (sobre poema de Waly Salomão)
Comeu
Comigo me desavim
Como dois e dois
Construção da casa
Coração imprevisto (c/ Eugênia Melo e Castro)
Coração vagabundo
Coração-pensamento
Coraçãozinho
Cá já
Da gema (c/ Waly Salomão)
Da maior importância
Dadá (c/ Gilberto Gil)
Dama do Cassino
De cara (c/ Lenny)
De conversa
De manhã
De noite na cama
De palavra em palavra
Dedicatória
Deixa sangrar
Depois do Carnaval (c/ Macalé)
Deus e o diabo
Deus vos salve esta casa santa (c/ Torquato Neto)
Deusa urbana
Diamante verdadeiro
Dias, dias, dias (c/ Augusto de Campos)
Diferentemente
Divino maravilhoso (c/ Gilberto Gil)
Doideca
Dom de iludir
Domingo
Drama
Duas manhãs
Eclipse oculto
Ela e eu
Ele me deu um beijo na boca
Eles (c/ Gilberto Gil)
Enquanto seu lobo não vem
Escapulário (c/ Oswald de Andrade)
Escândalo
Esse cara
Estou triste
Estrela do meu céu (c/ Toninho Horta)
Estrela grande
Eu e água
Eu sou neguinha?
Eu te amo
Falou, amizade
Falso Leblon
Farol da barra (c/ Galvão)
Festa
Festa imodesta
Final
Final do Leblon
Flor da imaginação (c/ Ivone Lara)
Flor do cerrado
Força estranha
From far away (c/ Jorge Mautner)
Funk melódico
Gayana
Gema
Gente
Gilberto misterioso (sobre versos de Sousândrade)
Giulietta Masina
Grafitti (c/ Antônio Cícero e Waly Salomão)
Gravidade
Guá (c/ Pedrinho Albuquerque)
Gênesis
Habla de mi
Hino a Nossa Senhora da Purificação
Homem
Ia
Iansã (c/ Gilberto Gil)
If you hold a stone
Imaculada
Império da lei
In the hot sun of a Christmas Day
Irene
It''s a long way
Itapuã
Janelas abertas nº 2
Jeito de corpo
José
Jóia
Júlia/Moreno
La barca (c/ Moacir Albuquerque)
Lapa
Leonora na janela
Lia (c/ Gilberto Gil)
Lindonéia (c/ Gilberto Gil)
Linha do Equador (c/ Djavan)
Livros
Lobão tem razão
London, London
Lost in the paradise (c/ Torquato Neto)
Louco por você
Love, love, love
Lua de São Jorge
Lua, lua, lua
Luz da noite (c/ Maria Bethânia)
Luz do sol
Luz e mistério (c/ Beto Guedes)
Língua
Malacacheta 2 (c/ Pepeu Gomes)
Mamãe coragem (c/ Torquato Neto)
Manhatã
Mansidão
Maria Bethânia
Maria, Maria (c/ Capinam)
Marinheiro só
Massa real, mel (c/ Waly Salomão)
Menina da Ria
Menino Deus
Menino do Rio
Merda
Meu Rio
Meu bem, meu mal
Meu é assim (c/ Eugênia de Melo e Castro)
Michelangelo Antonioni
Midas (c/ Fauzi Arap)
Milagres do povo
Minha mulher
Minha voz, minha vida
Minhas lágrimas
Mira mata Orfeu
Miragem de Carnaval
Motriz
Muito
Muito romântico
Muitos carnavais
Musa híbrida
Mãe
Naturalmente (c/ João Donato)
Nave Maria (c/ Roberto de Carvalho)
Navio negreiro
Negror dos tempos
Nenhuma dor (c/ Torquato Neto)
Neolithic man
Nicinha
Nine out of ten
No carnaval (c/ João Viana de Carvalho)
No dia em que eu vim-me embora (c/ Gilberto Gil)
Noite de cristal
Noite de hotel
Noites do Norte (sobre texto de Joaquim Nabuco)
Nosso estranho amor
Nossos momentos,
Nostalgia (That''s what rock''n''roll is all about)
Novidade
Nu com a minha música
Não enche
Não identificado
Não me arrependo
Não posso me esquecer do adeus
Não quero ver você dançar (c/ Sérgio Dias)
Não tenha medo (c/ Perinho Santana)
O amor
O bater do tambor
O ciúme
O conteúdo (c/ Maria Bethânia)
O enredo de Orfeu (c/ Gabriel O Pensador)
O fundo (c/ João Donato)
O grande lance é fazer romance (c/ Vinícius Cantuária)
O grão (c/ Sérgio Dias)
O herói
O homem velho
O leãozinho
O motor da luz
O nome da cidade
O penúltimo cordão (c/ Danilo Caymmi e Sérgio Fayne)
O prefeito relembra
O quereres
Odara
Odeio
Onde andarás (c/ Ferreira Gullar)
Onde eu nasci passa um rio
Onde o Rio é mais baiano
Oração ao tempo
Orfeu dorme
Orfeu leva Eurídice
Os argonautas
Os mais doces bárbaros
Os meninos dançam
Os passistas
Outras paisagens (c/ João Donato)
Outras palavras
Outro
Pagodespel (c/ João Bosco, Chico Buarque e Oswald de Andrade)
Paisagem útil
Panis et circensis (c/ Gilberto Gil)
Parabéns
Paula e Bebeto (c/ Milton Nascimento)
Peixe
Pele
Pelos olhos
Perdeu
Perigo (c/ Milton Nascimento)
Perpétua
Perpétua e Zé Esteves
Peter Gast
Piaba
Pipoca moderna (c/ Banda de Pífaros de Caruaru)
Podres poderes
Por quem?
Porquê?
Porteira
Pra chatear
Pra ninguém
Primeira pessoa do singular
Pronta pra cantar
Pulsar (c/ Augusto de Campos)
Purificar o Subaé
Pássaro estrelado
Pássaro proibido (c/ Maria Bethânia)
Qual é, baiana? (c/ Moacir de Albuquerque)
Qualquer coisa
Quando (c/ Gal Costa e Gilberto Gil)
Quando o galo cantou
Que tristeza
Queda-d''água
Queixa
Quem me dera
Quero ir a Cuba
Quero ser justo
Rapte-me, camaleoa
Reconvexo
Relance (c/ Pedro Novaes)
Remelexo
Rio Negro (c/ Vinícius Cantuária)
Rock''n''Raul
Rocks
Rosa vermelha
Salva-vida
Samba em paz
Sampa
Saudosismo
Se essa rua
Sem cais (c/ Pedro Sá)
Sem grilos (c/ Moacir Albuquerque)
Sem se atrapalhar (c/ Moacir Albuquerque)
Senhor do tempo (c/ Milton Nascimento)
Sentido (c/ Nando Chagas, Arthur Maia, José Lopez, Pedro Gil e Francisco Farias)
Sereia (c/ Milton Nascimento)
Sete mil vezes
Shoot me dead
Shy moon
Sim, foi você
Sim/Não (c/ Bolão)
Sol negro
Sorvete
Sou seu sabiá
Sou você Asa delta
Sucesso bendito
Sugar cane fields forever
Superbacana
Surpresa (c/ João Donato)
Sutis diferenças (c/ Vinícius Cantuária)
São João
TR (c/ Rogério Duprat)
Talismã (c/ Waly Salomão)
Tapete mágico
Taturano (c/ Chico de Assis)
Tem que ser você
Tempestades solares
Tempo de estio
Tenda
Terra
The empty boat
Tieta e Ascânio
Tieta sorri para Perpétua
Tieta vê Lucas
Tigresa
Tomara
Tonha e Tieta
Torno a repetir
Trampolim (c/ Maria Bethânia)
Trem das cores
Trem fantasma (c/ Rita Lee, Sérgio Batista e Arnaldo Batista)
Trilhos urbanos
Triste Bahia (c/ Gregório de Mattos)
Tropicália
Três travestis
Tudo de novo
Tudo sobre Eva
Tudo, tudo, tudo
Two naira fifty kobo
Tá combinado
Um Tom
Um abraçaço
Um canto de afoxé para o Bloco do Ilê (c/ Moreno Veloso)
Um comunista
Um dia
Um dia desses eu me caso com você (c/ Torquato Neto)
Um frevo novo
Um sonho
Um índio
Uns
Vaca profana
Vai levando (c/ Chico Buarque)
Vamo comer (c/ Tony Costa)
Venha cá
Vento
Vera gata
Vida real
Villain (c/ Arto Lindsay e Peter Scherer)
Vinco
Você não entende nada
Você é linda
Você é minha
Waly Salomão
You don''t know me
Zera a reza
Zé Esteves
Ângulos (c/ Eduardo Gudin e Arrigo Barnabé)
É de manhã
É proibido proibir
Épico
Épico
Shows
2017. Turnê internacional e nacional Caetano Veloso apresenta Teresa Cristina
2017 e 2018 Estreia da turnê nacional - Teatro Net Rio, RJ Caetano Moreno Zeca Tom Veloso
2016. Maracanã, RJ. Rio 2016 – abertura dos Jogos Olímpicos (participação).
2015 Metropolitan, RJ Dois amigos, um século de música.
2013 Abraçaço. Estreia da turnê nacional - Circo Voador, Rio de Janeiro
2013 Abraçaço. Show de gravação do DVD “Multishow ao vivo: Caetano Veloso - Abraçaço – Vivo Rio, Rio de Janeiro
2012 Primavera Carioca – Teatro Oi Casa Grande, Rio de Janeiro
2011 Tributo a Jorge Mautner - participação – Circo Voador, Rio de Janeiro.
2010 Caetano Veloso Maria Gadú. Show de gravação de DVD. Citibank Hall, Rio de Janeiro.
2010 Zil e Zie. Show de gravação do DVD - Vivo Rio, Rio de Janeiro.
A foreign sound. Turnê de lançamento do disco. São Paulo (Tom Brasil), Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro (Teatro Municipal).
Arena Canta Bahia. Ao lado de Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Tom Zé e Pitti. TBC, São Paulo.
Caetano Veloso e Roberto Carlos. Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Caetano Veloso e Violão. São Paulo.
Concerto em homenagem a Federico Fellini e Giulietta Masina. República de San Marino, Itália.
Cê. Fundição Progresso, Rio de Janeiro.
Doces Bárbaros na Mangueira. Com Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia. Quadra da escola de samba Mangueira, Rio de Janeiro.
Doces Bárbaros. Com Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia. Anhembi, São Paulo.
Dosces Bárbaros. Rio de Janeiro e São Paulo.
Milton e Caetano. Milton Nascimento e Caetano Veloso. Canecão, Rio de Janeiro.
Nova Bossa Velha e Velha Bossa Nova. Junto a Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa e Tom Zé, entre outros. Teatro Vila Velha. Bahia.
Nós, Por Exemplo. Junto a Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa e Tom Zé, entre outros. Teatro Vila Velha. Bahia.
Obra em Progresso. Show de gravação do DVD. Teatro Oi Casa Grande, Rio de Janeiro.
Obra em progresso. Caetano Veloso e Banda Cê. Vivo Rio, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro.
Phono 73. Anhembi, São Paulo.
Show com Chico Buarque. Teatro Castro Alves, Salvador.
Show de despedida antes do exílio. Com Gilberto Gil. Teatro Castro Alves, Salvador.
Temporada de verão. Ao lado de Gal e Gil. Teatro Vila Velha, Salvador.
Transa. Com Gilberto Gil. Teatro João Caetano, Rio de Janeiro.
Tropicália Duo. Praça da Apoteose, Rio de Janeiro.
Turnê nos Estados Unidos, México e Canadá.
Turnê pelo Chile, Peru, Venezuela e México.
Zii e Zie. Show de lançamento do disco. Canecão, Rio de Janeiro.
2001. Noites do Norte. Turnê pelo Brasil.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

ALBIN, Ricardo Cravo. MPB, a história de um século. Rio de Janeiro: Atrações Produções Ilimitadas/MEC/Funarte, 1997.

ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

CALADO, Carlos. Tropicália: a história de uma revolução musical. São Paulo: Editora 34, 1997.

CAMPOS, Augusto. Balanço da bossa e outras bossas. São Paulo: Perspectiva, 1993.

CHEDIAK, Almir. Songbook Caetano Veloso vol 1 e 2. Rio de Janeiro: Lumiar, 1988.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.

DIEGUEZ, Gilda e LUCCHESI, Ivo. Caetano, por que não?. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1992.

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DINIZ, Júlio. “Língua: a idade da terra” In FEIJÓ, Elias J. Torres (org.). Do músculo da boca. Santiago de Compostela: Concello de Santiago / Universidade de Santiago de Compostela, 2001, pp. 96-98.

DINIZ, Júlio. “Música popular – leituras e desleituras” In OLINTO, Heidrun e SCHÖLLHAMMER, Karl Erik (org.). Literatura e mídia. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio/ São Paulo: Loyola, 2002, pp.173 -186.

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DRUMMOND, Eduardo; NOLASCO, Marcio. Caetano, uma biografia: A vida de Caetano Veloso, o mais doce bárbaro dos trópicos. Editora Seoman, 2017.

DUARTE, Paulo Sergio e NAVES, Santuza Cambraia (org.). Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume-Dumará / FAPERJ, 2003.

DUNN,Christopher. Brutality garden. Tropicália and the emergence of a Brazilian counterculture. Chapel Hill: North Carolina UP, 2001.

FARES, Cláudia. O arco da conversa: um ensaio sobre a solidão. Niterói: Casa Jorge Editorial, 1996.

FAVARETO, Celso. Tropicália, alegoria alegria, São Paulo: Kairós, 1978.

FONSECA, Héber (org.). Caetano: esse cara. Revan, 1993.

FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.

HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Impressões de viagem. CPC, vanguarda e desbunde: 1960/1970. São Paulo: Brasiliense, 1980.

MATOS, Cláudia Neiva; MEDEIROS, Fernanda e TRAVASSOS, Elizabeth. (Org.). Ao encontro da palavra cantada – poesia, música e voz. Rio de Janeiro: 7Letras, 2001.

PERRONE, Charles. Letras e letras da música popular brasileira. Rio de Janeiro: Elo, 1988.

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SANCHES, Pedro Alexandre. Tropicalismo – decadência bonita do samba. São Paulo: Boitempo, 2000.

SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras,1989.

SANT’ANNA, Affonso Romano de. Música popular e moderna poesia brasileira.Petrópolis: Vozes, 1978.

SEVERIANO, Jairo e HOMEM DE MELLO, Zuza. A canção no tempo vol. 2. São Paulo: Editora 34, 1998.

VASCONCELLOS, Gilberto. Música popular: de olho na fresta. Rio de Janeiro: Graal, 1977.

VELOSO, Caetano. Alegria, alegria. Rio de Janeiro: Pedra Q Ronca, 1977.

VELOSO, Caetano. Verdade tropical. São Paulo: Companhia das Letras,1997.

WISNIK, José Miguel. “O minuto e o milênio ou por favor, professor, uma década de cada vez” In: Música popular, 7-23. Coleção anos 70. Rio de Janeiro: Europa, 1980.

Crítica

Que mistério tem Caetano Veloso? O que o faz um ser tão especial que quando arqueia as sobrancelhas solta fogo de leão mítico pelas ventas e quando pega o violão para compor tira dele canções definitivas, na maioria das vezes tão belas que chegam a doer? Nas letras ele não é menos especial. Da sua pena saem versos cortantes, confessos, cheios de referências a tudo e a todos. Já da provinciana cidade baiana de Santo Amaro da Purificação, ele conectava suas antenas com o planeta. Seu universo é ilimitado. Não à toa, junto com Gilberto Gil, comandou a tropicália, que se inscreveu como o movimento mais revolucionário da música popular brasileira, queira ele ou não. Depois da tropicália a MPB nunca mais foi a mesma, nem mesmo as guitarras roqueiras que ela introduziu no gênero e que hoje são tão familiarizadas com o pandeiro quanto o cavaquinho com o tamborim.

Ao longo da sua carreira estrelada, a inquietude de Caetano Veloso reflete-se em álbuns históricos como “Muito”, “Cinema transcendental”, “Uns” e em canções na linha de “Pobres poderes”, “O quereres”, “Eclipse Oculto”, “O ciúme”, “Trem das cores”, “Oração ao tempo”, “Sampa” e tantas outras que para sempre permanecerão no imaginário dos brasileiros. Como intérprete, Caetano corresponde ao luxo de sua obra. Ele talvez seja um dos raros compositores nacionais que demonstre total prazer em cantar, em se expor. Esta característica, aliada ao interesse em trabalhar a voz, o coloca como um de nossos melhores cantores. Seu álbum apenas de intérprete, “Fina estampa”, é uma obra-prima. É difícil e até constrangedor afirmar que, mesmo no meio de tanta gente talentosa que o Brasil produz na área musical, Caetano Veloso é o Sol.

Apoenan Rodrigues