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Nome Artístico
Cacá Diegues
Nome verdadeiro
Carlos Diegues
Data de nascimento
19/5/1940
Local de nascimento
Maceió, AL
Dados biográficos

Cineasta. Escritor. Jornalista. Letrista.

Filho do antropólogo Manuel Diegues Júnior.

Aos seis anos de idade, sua família transferiu-se para o bairro de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Trabalhou como jornalista em diferentes publicações, no Brasil e no exterior, para as quais escreveu críticas e ensaios sobre cinema. 

Considerado, ao lado de Nélson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Leon Hirszman, Marcos Farias, Miguel Borges, Paulo Cesar Saraceni, David Neves, Arnaldo Jabor e Joaquim Pedro de Andrade, um dos fundadores do movimento brasileiro cinematográfico “Cinema Novo”.

Entre seus filmes iniciais, mas muito reconhecidos, destacam-se “Escola de Samba Alegria de Viver”, um dos cinco episódios do longa-metragem “Cinco Vezes Favela” (1962); “Ganga Zumba” (1964); “A Grande Cidade” (1966); “Os Herdeiros”, de 1969.

Sua obra cinematográfica está muitas vezes ligada à MPB, como por exemplo, “Quando o Carnaval Chegar”, com trilha sonora composta por Chico Buarque (1972); “Joanna Francesa”, com músicas compostas por Chico Buarque e Fagner (1973) e seu maior sucesso popular, o longa-metragem “Xica da Silva”, estrelado por Zezé Motta, com música-tema composta por Jorge Benjor, além de “Chuvas de Verão” (1978); “Bye Bye Brasil”, com tema composto para a trilha sonora por Roberto Menescal e Chico Buarque (1979) e o épico “Quilombo”, de 1984, com trilha de Gilberto Gil, e ainda, “Um Trem para as Estrelas”, com trilha composta por Gilberto Gil e Cazuza, (1987) e “Dias Melhores Virão” (1989).

Também dirigiu filmes ligados essencialmente à música popular brasileira como “Veja esta Canção”, de 1994.

No ano de 2018 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, na cadeira de nº 7, sucedendo o cineasta Nelson Pereira dos Santos, tendo também como antecessores, na mesma cadeira, o escritor Euclides da Cunha e Valentim Magalhães, um dos fundadores da ABL.

Dados artísticos

Em 1973 dirigiu o longa-metragem “Joanna Francesa”, para o qual compôs parte da trilha sonora em parceria com Raimundo Fagner.

Em 1975 sua composição, “Ave noturna”, em parceria com Fagner, foi incluída e deu título ao disco do cantor, lançado pela gravadora Continental.

Compôs com Sérgio Ricardo “Pregão”.

Em 2016, recebeu a homenagem da escola de samba Inocentes de Belford Roxo, que desfilou pelo grupo de acesso A, com o enredo “Cacá Diegues – Retratos de Um Brasil em Cena”.

Obras
Ave noturna (c/ Fagner)
Pregão (c/ Sérgio Ricardo)
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

BAHIANA, Ana Maria Almanaque Anos 70. “Patrulha”. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.

CASTRO, Ruy. Ela é carioca – Uma enciclopédia de Ipanema. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.