Antonio Bivar

Letrista. Diretor teatral. Dramaturgo. Escritor. Jornalista. Filósofo.

Nascido no bairro de Santana, na cidade de São Paulo.

Quando adolescente a família mudou-se para a cidade de Ribeirão Preto (SP).

Trabalhou como office-boy e auxiliar de escritório. 

Aos 21 anos entrou para o Conservatório Nacional de Teatro, no Rio de Janeiro, onde cursou arte dramática.

Em 1968 ganhou o “Prêmio Molière” na categoria “Melhor Autor do Ano” com as peças “Cordélia Brasil”, estrelada por Norma Bengell, e “Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã”.

Escreveu também a peça teatral “Alzira Power”, considerada um marco na cultural pop do moderno teatro brasileiro.

Residiu em Londres entre 1970 e 1972 em decorrência de problemas com a Censura Federal no Brasil.

Publicou matérias e artigos sobre a contracultura mundial em jornais e revistas nacionais, tais como “Revista J.P”, na qual atuava como colunista, na imprensa internacional.

Entre seus livros publicados constam “Contos atrevidos”; o romance “Chic-A-Boom”; a biografia “Yolanda”, da socialite Yolanda Penteado; “Jack Kerouac – O Rei dos Beatniks” (Coleção Encanto Radical – Editora Brasiliense); e as autobiografias, como preferia chamar seus livros, “Verdes vales do fim do mundo”, “Longe daqui, aqui mesmo”, “Bivar na corte de Bloomsbury” e “Mundo adentro vida afora”.

Lançou no ano de 1982 o livro de ensaio “O que é punk”, pela “Coleção Primeiros Passos”, da Editora Brasiliense. 

Membro da instituição Virginia Woolf Society of Great Britain, e o único latino-americano convidado para os encontros anuais dos maiores conhecedores do legado da vida e obra de Virginia Woolf e do Grupo de Bloomsbury.

No ano de 2019 lançou, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional de São Paulo, mais uma autobiografia intitulada “Perseverança”, na qual retratou sua vida de 1982 a 1993, mostrando encontros e convivência com pessoas comuns e admiráveis, de punks da periferia a Rita Lee, Maria Della Costa, Virginia Woolf, entre outros, assim como sonhos, trabalho, projetos, viagens, realizações, fracassos, sucessos e seus romances.

Sobre suas “autobiografias” relatou em uma entrevista:

“Gostaria de ser lembrado pelos meus livros, por essa série de autobiografias. Porque não falo só de mim. Falo das pessoas, do convívio com elas, dos lugares, dos costumes. Apesar de ser uma coisa autobiográfica, tem um pouco de romance também. Meu prazer é falar sobre esses encontros e colocar um pouco de humor, mostrar o lado engraçado da vida. O humor, o absurdo, as situações. Eu gosto disso, e gostaria de ser lembrado por isso.”

Em 2020 lançou, pela Editora Reformatório, o livro “Aos quatro ventos”, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, relatando de forma romanceada sua saga abrangendo o período de 1973 a 1982. Neste mesmo ano, de 2020, faleceu aos 81 anos vítima da pandemia do COVID-19.