5.002
© google
©
Nome Artístico
Almir Sater
Nome verdadeiro
Almir Eduardo Melke Sater
Data de nascimento
14/11/1956
Local de nascimento
Campo Grande, MS
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Violeiro.

Desde os cinco anos de idade costumava ouvir pelo rádio as modas de viola cantadas por Tião Carreiro e Pardinho, Tonico e Tinoco e Délio e Delinha, ficando fascinado com o ponteio das violas. Cresceu numa família musical, onde seu avô, que era árabe, tocava instrumentos típicos em reuniões de família. Quando criança estudou piano e sanfona. Começou a estudar banjo, que depois trocou por um violão folk. Aos 20 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, a fim de estudar Direito. Seguia tocando violão. Certo dia, numa Feira Nordestina no Largo do Machado, no Rio de Janeiro, topou com dois violeiros mineiros tocando na praça. Decidiu voltar para Mato Grosso, disposto a tocar viola. Aprendeu a tocar sozinho, ouvindo discos de violeiros, especialmente Tião Carreiro, a quem viu tocar e que se tornou seu mestre. A habilidade de Carreiro era tamanha, que Almir chegou a pensar que não conseguiria ser um violeiro. Trancou a matrícula na Faculdade Cândido Mendes e voltou para Mato Grosso.

Dados artísticos

Em sua cidade natal organizou um grupo de pesquisa da música caipira e sul-americana. O grupo tocava charanga, viola e bandolim. Em seguida criou com um amigo a dupla Lupe e Lampião, adotando então o nome artístico de Lupe. Em 1978, a dupla classificou-se em quarto lugar no Festival Sertanejo na TV Record. Em 1979, foi para São Paulo, onde integrou o grupo Lírio Selvagem, de sua conterrânea Tetê Espíndola. Participou depois do grupo “Vozes e Violas”, com o qual fez apresentações em teatros paulistas, mostrando suas composições. Acompanhou a cantora Diana Pequeno, no mesmo período. Em 1976, conheceu de forma inusitada o violeiro Tião Carreiro: Encontrou-o durante um show, mas estava tão bêbado que não conseguiu conversar com Tião Carreiro, pedindo apenas que esse lhe afinasse a viola. Em 1980, teve sua primeira composição gravada, “Sonhos guaranis”, por Sérgio Reis. Gravou o primeiro disco em 1981, pela Continental. Começou a chamar atenção nacionalmente, quando teve sua composição “Luzero” escolhida para ser o tema de abertura  do programa “Globo Rural”, da TV Globo. No mesmo ano, encontrou-se novamente com Tião Carreiro no corredor da gravadora Continental. Recordou então o encontro anterior e se disse fã dele. Imediatamente ficaram amigos e pedia insistentemente que Tião repetisse as músicas que tocava na viola. No mesmo dia, foram para o estúdio e gravaram a composição de sua autoria, “Quintal de casa”, tranformado num pagode animado, nas mãos hábeis de Tião Carreiro. Seu primeiro disco estourou na mídia. Era um jovem músico de Mato Grosso que reinventava a viola, fazendo uma mistura de diversas influências, polcas, guarânias, chamamés, música do interior mineiro e paulista, blues, além de letras inspiradas no estilo de Joan Baez e Bob Dylan. Em 1982, começou a compor com um de seus mais constantes parceiros, Renato Teixeira, co-autor de  “Peão”, música de abertura do lado A de seu segundo disco, “Doma”. A composição foi incluída na trilha sonora da novela “Fera Radical”. Com Renato Teixeira compôs, entre outras, “Rasta do adeus”, “Trem de lata”, “Boiada” e “Um violeiro toca”.
Em 1984, organizou a Comitiva  Esperança, que percorreu mais de mil quilômetros no território do Mato Grosso, pesquisando costumes e música do povo mato-grossense, numa viagem que durou três meses. Como resultado da viagem foi lançado, em 1985, o documentário “Comitiva Esperança”, produzido em parceria com Paulo Simões e Tatu Filmes de São Paulo. No mesmo ano, lançou um disco instrumental também fruto da viagem, com composições de sua autoria, misturando diversos gêneros regionais. O cururu, o maxixe, o chamamé,  e o arrasta-pé estavam presentes, além da regravação do clássico “Rio de lágrimas”, de Tião Carreiro, Lourival dos Santos e Piraci.
Em 1986, lançou o LP “Cria”, em que apresentou inovações em sua música, com a introdução de guitarras, sax, teclados e baixo, criando um som mais pop. Neste disco aparecem duas parcerias com Renato Teixeira, “Missões naturais” e “Trem de lata”. No mesmo ano, fez sua primeira atuação como ator, no filme “As Bellas da Billings”, de Ozualdo Candeias. Também já atuou por vezes como produtor, como no CD da cantora Alzira Espindula, irmã de Tetê Espindula, lançado em 1987, no qual, inclusive, a cantora gravou “Terra boa”, de sua autoria com Paulo Simões, e “Ave marinha”, com Kapenga e Renato Teixeira. Em 1989, apresentou-se no Free Jazz Festival no Rio de Janeiro. Em seguida seguiu para os Estados Unidos, onde participou do Internacional Fair Festival. Na mesma viagem, seguiu para Nashville, a capital countrymusic dos Estados Unidos, onde inaugurou um hábito que seria muito seguido posteriormente, o de gravar discos naquela cidade. Gravou o disco “Rasta bonito”, onde faz a ligação entre a viola caipira e o banjo norte-americano, juntamente com gaitistas e violonistas. O resultado foi um disco eclético onde gravou a instrumental “Capim azul”, “Rasta bonito”, de parceria com Renato Teixeira, “Homeless Souls”, parceria com Joe Loech, e que ele canta em inglês. Gravou também “Tennessee Waltz” de R. Stewart e P. W. King, e o clássico sertanejo “Tristeza do Jeca”, de Angelino de Oliveira. Em 1990, recebeu o convite de Sérgio Reis para trabalhar na novela “Pantanal”, na TV Manchete, onde interpretou o personagam Trindade. Gravou para a novela a clássica “Chalana”, de Mário Zan e Arlindo Pinto. Suas composições “Comitiva esperança”, cantada em parceria com Sérgio Reis e “Um violeiro”, gravada por Renato Teixeira, também foram incluídas. Com a interpretação de “Chalana” recebe a admiração da crítica pelo seu talento como instrumentista. No mesmo ano, lançou o disco “Instrumental II”, que recebeu o Prêmio Sharp de Melhor Disco Instrumental do ano. O CD mostra sua viola com  todos os seus timbres, afinações e puxadas, em uma viagem que passa por Villa-Lobos, em “Mazurca”, pelo folclore do Vale do Jequitinhonha, em “Beira-Mar” ( recolhido por Tavinho Moura), pelos sons da divisa, com “Rasta” e “Froteira”, e ainda passeia pelo erudito em “Europa” e em “Moura”. Recebeu também o Sharp de melhor música, por “Tocando em frente”, grande sucesso na voz de Maria Bethânia. No mesmo período, começou a atuar novamente na TV Manchete, na novela “Ana Raio e Zé Trovão”. Foi um período de grande sucesso no qual apareceu em 630 chamadas na Rede Globo e 1500 spots de rádio. De outubro de 1991 a maio de 1992, realizou uma excursão apresentando 96 shows em 67 cidades. Na mesma época gravou o disco “Almir Sater ao vivo”, onde interpretou composições de sua autoria, além de cantar também “Moreninha linda”, de Tonico, Priminho e Maninho, e “Cabelo loiro”, de Tião Carreiro e Zé Bonito. Nesse período,seus shows lotavam ginásios e casas de espetáculos e ele fez uma turnê que começou em outubro de 1991 e terminou em maio do ano seguinte, na qual fez 96 shows, em 67 cidades e 23 capitais, com 630 chamadas na Rede Globo, 1500 spots de rádio, 261 anúncios em jornais, 1100 outdors.
No disco seguinte gravou “Viola fora de moda”, de Edu Lobo. Em 1994, teve participação especial no disco da dupla Pena Branca e Xavantinho “Uma dupla brasileira”, do selo RGE, produzido por Lurdinha Pereira. Nesse álbum, tocou viola nas músicas “Cai sereno (rama da mandioquinha)”, de Conde e Elpídio dos Santos, e “Memória de Carreiro”, de Juraildes da Cruz. Em 1996, voltou a trabalhar na televisão, atuando na novela da TV Globo, “O Rei do gado”, interpretando o  violeiro Pirilampo, que fazia dupla com Saracura, papel vivido pelo cantor Sérgio Reis. A dupla fictícia interpretou quase todas as músicas que integraram o segundo CD da trilha sonora da novela. Algumas das músicas foram “Rei do Gado”, “Cabecinha no ombro”, “Travessa do Rio Araguaia” e “Boiadeiro Errante.
Os discos gravados em nome da dupla Pirilampo e Saracura obtiveram grande aceitação e vendagem. Em 1997, lançou o disco “Caminhos me levem”, gravado em sua própria casa, na companhia do irmão Rodrigo Sater e do norte-americano Emil Silver, num disco mais acústico. No final dos anos 1990, passou a morar em uma fazenda no Pantanal mato-grossense. Em 2002, teve participação especial no CD “Sérgio Reis e convidados”, cantando com Sérgio e tocando viola na faixa “Comitiva Esperança”. Participou, em outubro de 2004,  do CD “Violeiros do Brasil, com a faixa “Doma”, de sua autoria com Zé Gomes. O disco foi gravado ao vivo no Teatro do Sesc Pompéia entre agosto e setembro de 1997 e lançado em junho de 1998, pelo SESC-Núcleo Contemporâneo.
Também em 2004, participou do 1º Festival de Inverno de Alto Paraíso, na cidade do interior de Goiás, que fez homenagem a viola, escolhida por melhor representar a cultura do centro-oeste. O evento, que conjugou música e consciência ambiental, reuniu vários violeiros, como Pereira da Viola, o ex-violeiro da banda de Zé Ramalho, Pedro Osmar e  Ivan Vilela, entre outros. Em outubro do mesmo ano, foi relançado o CD “Violeiros do Brasil”, pelo Selo Revivendo. A edição apresenta importantes artistas da viola caipira das várias regiões do Brasil,  entre os quais, Adelmo Arcoverde, Zé Gomes, Renato Correa, Paulo Freire, Ivan Vilela,  Pereira da Viola, Josias Dos Santos, Angelino de Oliveira, Renato Andrade, Tavinho Moura, Heitor Villa-lobos, Zé Mulato e Cassiano e  Zé Coco do Riachão. O projeto foi idealizado pela produtora Myriam Taubkin e a gravação do disco foi sugerida pelo músico e produtor Benjamim Taubkin, que reconheceu sua importância. Participou, também em 2004, da coletânea “Os bambas da viola”, lançada pela Kuarup, que reuniu num CD 6  renomados violeiros, para representar a viola das regiões do Brasil. Além dele o CD traz as violas de Renato Andrade, Helena Meirelles, Heraldo do Monte, Roberto Corrêa e Chico Lobo. Neste álbum, é compositor e intérprete da música “Rasta”, na qual toca viola acompanhado por Fernando Melo no violão de 12 cordas e Eduardo Souza nos teclados e também toca viola em “Mazurca de choro”, de Heitor Villa-Lobos.
Segundo seu parceiro Renato Teixeira, ele foi  o pioneiro a trafegar na free-way que ligaria a música do interior do país à do interior dos Estados Unidos.
Ainda no final de 2004, participou do projeto Violas do Brasil, apresentando-se no Teatro II do CCBB, em alternância com outros quatro mestres do instrumento: Pena Branca, Chico Lobo, Renato Andrade e Roberto Corrêa. Em 2005, apresentou-se no programa Senhor Brasil, na TV Cultura de São Paulo, apresentado por Rolando Boldrin. Em junho de 2006, lançou o CD “Um violeiro toca”, com canções de todas as fases de sua carreira. No mesmo período,  apresentou-se no Claro Hall, no Rio de Janeiro. Apesar de já ter se apresentado diversas vezes na cidade, essa marcou a primeira apresentação solo do violeiro no Rio, com sua banda de mais de 20 anos de acompanhamento. O show trouxe músicas que o cantor gosta de cantar e que estão no CD, como “Cabelo loiro”, “Chalana”, “Moreninha linda”, “Cabecinha no ombro”, entre outras. Nesse mesmo ano, participou como ator da novela “Bicho do mato”, levada ao ar pela TV Record. Sua participação que não dispensou seu canto. Em 2006, lançou o CD “Um Violeiro toca”, um resumo de seus 25 anos de carreira, com destaque para a música-título do disco “Um Violeiro Toca” e o sucesso “Tocando em Frente”. Nesse ano, realizou turnê que finalizou  com duas apresentações em dezembro, no Sesc Pinheiros, em São Paulo, acompanhado dos músicos: Carlos de Souza (violão), Rodrigo Sater (violão), Reginaldo Feliciano (contra-baixo), Luis Lopes (teclado), Papete (percussão) e Gisele Sater (vocal). O repertório da turnê e do show relembrou clássicos “Chalana”, “Tocando em Frente”, “Um Violeiro Toca” e “Ana Raio e Zé Trovão”, tema de abertura da novela homônima estrelada por ele nos anos 1980. Com 13 discos gravados, no início de 2007, lançou o CD “Sete Sinais”, com diversas inéditas. Para as gravações, utilizou três violões, inclusive um de brinquedo, com o qual compôs novas canções. O instrumento foi emprestado por sua sobrinha Júlia, de três anos – neta do cunhado Renato Teixeira – e sua escolha  se deu devido a motivos pessoais: Como o violão era pequeno, ele se encaixava perfeitamente nos braços do artista, enquanto ia compondo no conforto da uma rede na varanda da sua fazenda, em Campo Grande (MS). O resultado final do disco revela a suavidade das composições, buscadas pelo compositor que quis fazer um disco para “ser ouvido, pulsante, mas bem tranqüilo”. Em 2009, teve as suas gravações “Jeito do Mato”, interpretada junto com a cantora Paula Fernandes; e “Três toques na madeira”, incluídas na trilha sonora da novela “Paraíso”, da Rede Globo de Televisão. Em março de 2010, participou do programa “Emoções Sertanejas”, da Rede Globo de Televisão, que teve como objetivo homenagear o cantor e compositor Roberto Carlos. O programa recebeu como convidados, em um mega-show, no ginásio do Ibirapuera em São Paulo, grandes nomes da música brasileira como Bruno & Marrone, César Menotti & Fabiano, Chitãozinho & Xororó, Daniel, Dominguinhos, Elba Ramalho, Gian & Giovani, Leonardo, Martinha, Milionário & José Rico, Nalva Aguiar, Paula Fernandes, Rio Negro & Solimões, Roberta Miranda, Sérgio Reis, Victor & Léo e Zezé di Camargo & Luciano. O programa foi apresentado pela atriz Déborah Seco. A gravação foi lançada em um CD duplo, posteriormente, pela Sony/BMG. Em 2011, teve a sua música, “Tocando em frente” (c/ Renato Teixeira), gravada pela cantora e compositora Paula Fernandes, no DVD “Paula Fernandes ao vivo”, lançado pela Universal Music. A faixa contou com a participação especial do cantor e compositor Leonardo. Também participou, no mesmo DVD, do clipe especial de “Jeito do mato” (Maurício Santini e Paula Ferandes). O álbum ultrapassou a marca de 700 mil cópias vendidas. Em 2015, lançou, com Renato Teixeira, o CD “Ar”, pela Universal Music. O disco foi o primeiro gravado junto com Renato, mesmo após muitos anos de parceria e amizade. Gravado entre o Brasil e Nashville (EUA), teve produção do norte-americano Eric Silver, e apresentou 10 músicas inéditas compostas pela própria dupla. Em 2017, teve suas composições “Tocando em frente” (c/ Renato Teixeira) e “Um violeiro toca”, consideradas clássicas, incluídas no repertório da peça teatral “Bem sertanejo – O Musical”, estrelada por Michel Teló e dirigida por Gustavo Gasparani. O espetáculo esteve em cartaz em diversas cidades brasileiras, entre elas São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Ribeirão Preto. Em 2018, deu prosseguimento a seu projeto com Renato Teixeira, e lançou, com sua parceria, o CD “+Ar”, pela Universal Music, apresentando dez composições inéditas dos dois. O disco obteve repercussão positiva perante a crítica e foi vencedor do prêmio Grammy Latino, no ano, na categoria “Melhor álbum de música de raízes em língua portuguesa”.

Discografias
2018 Ar – Universal Music (c/Renato Teixeira) – CD
2015 Ar – Universal Music – CD
2007 Velas CD Sete Sinais
2006 Som Livre CD Um violeiro toca
2004 Revivendo CD Violeiros do Brasil II
1997 Som Livre CD Caminhos me levem
1996 Continental CD Almir Sater no Pantanal
1994 Velas CD Terra de sonhos
1992 Sony LP Almir Sater ao vivo
1990 Continental LP Almir Sater no Pantanal
1990 Eldorado LP Instrumental II
1989 Continental LP Rasta bonito
1988 SESC-Núcleo Contemprâneeo CD Violeiros do Brasil
1986 3M LP Cria
1985 Som da Gente LP Almir Sater instrumental
1982 RGE LP Doma
1981 Continental LP Almir Sater
Obras
A saudade é uma estrada longa (c/ Paulo Simões)
Aqui agora crianças (c/ Paulo Simões e Geraldo Rocca)
Benzinho
Bicho preguiça (c/ Paulo Klein)
Boiada (c/ Renato Teixeira)
Boieiro do Nabileque (c/ João Bá)
Canta viola
Capim de ribanceira (c/ Paulo Simões)
Cavaleiro da luz (c/ João Bá)
Comitiva esperança
Corumbá
Cristal
Estradeiro (c/ Paulo Klein)
Europa
Flor do amor (c/ Paulo Klein)
Hora do clarão (c/ Renato Teixeira)
Luz da fé (c/ Paulo Klein)
Luzero
Missões naturais (c/ Renato Teixeira)
Moura
Mês de maio (c/ Paulo Simões)
Na cumbuca
No quintal da casa
O carrapicho e a pimenta (c/ Paulo Klein)
O ganso
Pagode bom de briga (c/ Paulo Simões)
Pantanal (c/ Renato Teixeira)
Peão (c/ Renato Teixeira)
Rasta bonito (c/ Renato Teixeira)
Rasta do adeus (c/ Renato Teixeira)
Semente (c/ Paulo Simões)
Sonhos guaranis
Terra dos sonhos (c/ Renato Teixeira)
Tocando em frente (c/ Renato Teixeira)
Trem de lata (c/ Renato Teixeira)
Trem do Pantanal (c/ Geraldo Roca)
Um violeiro
Um violeiro toca (c/ Renato Teixeira)
Vaso quebrado (c/ Paulo Simões)
Viola de Buriti
Água que correu (c/ Paulo Simões)
Shows
Free Jazz Festival --- Rio de Janeiro, RJ.