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Nome Artístico
Alcides Malandro Histórico
Nome verdadeiro
Alcides Dias Lopes
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Pandeirista. Integrante da Velha-Guarda da Portela. Por sua voz afinada chegou ao cargo de mestre de canto da Portela.
O apelido “Malandro Histórico” lhe foi dado por Natal da Portela, graças a sua memória e a facilidade de guardar letras e melodias, mesmo ao ouvir pela primeira vez, além de datas e fatos relacionados à Portela.
Foi o primeiro compositor da Ala dos Compositores da Portela a reconhecer e incentivar o jovem Monarco de 17 anos, que acabara de ser integrado à escola e de quem tornou-se um dos parceiros mais assíduo.

Dados artísticos

Em 1975 no disco “Vem quem tem” João Nogueira gravou “Amor de malandro”, primeira parceria de Alcides com Monarco.
No ano de 1978 Candeia no LP “Axé” gravou uma das mais conhecidas composições de Alcides “Vivo isolado do mundo”. A música fez tanto sucesso na época, que muitas emissoras de rádio creditavam a composição a Candeia.
No ano de 1979, João Nogueira gravou “Enganadora”, outra composição da dupla Alcides e Monarco, no LP “Clube do Samba”. No ano seguinte Beth Carvalho, no LP “Sentimento brasileiro”, interpretou “Você pensa que eu me apaixonei” (Alcides Malandro Histórico e Monarco).
No ano de 1986, Katsunori Tanaka produziu o LP “Doce recordação”, para o Selo Office Sambinha, lançado somente para o mercado japonês, no qual foi incluída de sua autoria “Você não é tal mulher”. Três anos depois, em 1989, no disco “Boêmio feliz”, Zeca Pagodinho interpretou em dueto com Argemiro um pot-pourri de compositores da Portela, no qual foi incluída “Dona do meu coração”, de Alcides Malandro Histórico.
Em 1996, em uma homenagem póstuma a Candeia, Zeca Pagodinho e a Velha-Guarda da Portela, no disco “Deixa clarear”, de Zeca Pagodinho, interpretaram “Vivo isolado do mundo”, transformada em um dos maiores sucessos da carreira de Zeca Pagodinho.
No ano 2000 Marquinhos de Oswaldo Cruz, Franco Cava e Anderson da Portela, interpretaram “Vivo isolado do mundo” no disco “Ala de Compositores da Portela”. No ano posterior, em 2001, com produção de Henrique Cazes e Katsunori Tanaka, o parceiro Monarco, seu amigo e permanente divulgador, lançou o CD “Uma história do samba”, disco somente para o mercado japonês, no qual foi regravada “Amor de malandro”. Dois anos depois o disco foi lançado no Brasil pela gravadora Rob Digital.
Em 2004, produzido por Paulão Sete Cordas, a pastora da Portela Surica, também conhecida como Tia Surica, gravou “Eu ainda tenho uma cama pra dormir”, de sua autoria.
No ano de 2020 foi lançado pelos selos Guitarra Brasileira e Tratore o EP “Luiz Melodia e Renato Piau Ao Vivo”. Gravado em ocasiões de shows, por diversos teatros de estados brasileiros, no disco foi incluída a composição “Amor de malandro”, parceria sua com Monarco.

Obras
Amor de malandro (c/ Monarco)
Deixa meu nome em paz (c/ Monarco)
Enganadora (c/ Monarco)
Eu ainda tenho uma cama pra dormir
Olinda (c/ Jair do Cavaquinho)
Se conforme com o desprezo (c/ Monarco)
Vivo isolado do mundo
Você não é tal mulher
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.