
Crítico. Jornalista. Musicólogo.
Tio do cronista e jornalista Sérgio Pôrto, também conhecido pelo pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta.
Um dos mais intransigentes defensores da música popular brasileira tradicional, da qual era profundo conhecedor. Em 1945, passou a publicar uma pioneira coluna de crítica musical no suplemento literário de O Jornal. Esse publicação permaneceu saindo até 1947. Foi responsável pelo lançamento da Revista da Música Popular, do qual era editor, que teve curta duração (1954-1956), mas marcou época como um espaço de discussão dos principais temas relacionados à MPB. Nela colaboraram grandes nomes da literatura ou da pesquisa em música no Brasil (Manuel Bandeira, Sérgio Pôrto, Ary Barroso, Marisa Lira, Almirante, Guerra Peixe, Nestor de Holanda, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Haroldo Barbosa, Jota Efegê e muitos outros). Foi colaborador de vários jornais: A Manhã, Jornal do Brasil, Diário de São Paulo e Estado de Minas. Assinou seções especializadas em música em várias publicações (revista Manchete, A Cigarra, Senhor, Lady e outras). Publicou uma série de 10 artigos (“Discoteca mínima da música popular brasileira”, entre janeiro e março de 1960, no suplemento dominical do Jornal do Brasil. Em 1961, escreveu a contra capa do LP “Waldir Calmon – E seu novo “Feito para dançar”.
Em 1961, escreveu a contra capa do LP “Waldir Calmon – E seu novo “Feito para dançar”. Em 1962, publicou “Sambistas e chorões: aspectos e figuras da música popular brasileira”, São Paulo, Francisco Alves. Em 1963, segundo notícia publicada no Jornal O Globo, fez parte, juntamente com Donga, Sargentelli e Pixinguinha, do júri que participou do júri do I Torneio de Bateria do Estado da Guanabara, realizado no Maracanãzinho e que teve como vencedoras, as baterias das Escolas de Samba Acadêmicos do Salgueiro e Flor do Lins. Ao começo de 1965, por solicitação do então governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda, vendeu sua discoteca, especializada em MPB, para o Museu da Imagem e do Som, que seria inaugurado ao fim daquele ano. Em 1966, convidado pelo primeiro diretor do MIS, Ricardo Cravo Albin, passou a integrar o Conselho Superior de MPB daquela instituição. Como membro do Conselho, foi um dos que passaram a escolher anualmente os vencedores dos Prêmios Golfinho de Ouro e Troféu Estácio de Sá, destinados aos melhores de cada ano. Em 1975 e 1976, assinou uma coluna no efêmero jornal Boneca do Leblon, distribuído gratuitamente nas ruas do bairro do Leblon. Nos anos 1980, a Funarte instituiu um prêmio de monografias com seu nome, o Projeto Lúcio Rangel, através do qual foram publicados vários trabalhos de pesquisadores da MPB. Em 2007, foi homenageado pela Editora Agir com o lançamento do livro “Lúcio Rangel – Samba, jazz & outras notas”, com organização, apresentação e notas de Sérgio Augusto reunindo crônicas do crítico para o Jornal de Letras, Revista Manchete, Semanário, A Cigarra, Jornal do Commercio, Revista Lady, Revista Long Playing, Mundo Ilustrado, Música e disco, Jornal do Brasil, Revista Senhor, Diário Carioca e Boneca do Leblon.
BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.