Cineasta. Compositor.
Tem entre seus parceiros ilustres compositores da MPB. Deu início às suas atividades como compositor através do Centro Popular de Cultura, no Rio de Janeiro, onde conheceu Sérgio Ricardo, com quem compôs “Esse mundo é meu”. Em seguida, compôs músicas com Edu Lobo, que foram incluídas nos discos do parceiro “A música de Edu Lobo” (1965/Elenco), “Edu Lobo” (1967/Philips) e “Cantiga de longe” (1970/Elenco). Foi também parceiro de Marcos Valle e Milton Nascimento.
Participou do antológico disco “Clube da Esquina 2”, lançado pela EMI em 1978, com sua parceria com Milton na faixa “E daí (A queda)”.
Foi o autor da trilha de seu filme “Os deuses e os mortos”, de 1971, ao lado de Milton Nascimento. Nesse mesmo ano, compôs com Edu Lobo a trilha da peça “Woyzeck”, de Georg Büchner, com direção de Matilda Pedroso.
Compôs, com Chico Buarque, a trilha de “Calabar”, peça escrita junto com Chico, mas que foi censurada, sendo publicada na forma de livro. As músicas foram posteriormente gravadas no LP “Chico canta”, lançado pela Philips em 1974. A música “Não existe pecado ao sul do Equador”, que fazia parte da trilha, fez bastante sucesso, anos depois, na voz de Ney Matogrosso, e a gravação foi tema da novela “Pecado rasgado” (Rede Globo), em 1978. Ao lado de Chico, fez também a versão intitulada “Sonho impossível”, da música de J. Darion e H. Leigh, e que fez parte do show “Chico Buarque & Maria Bethânia”, realizado em 1975 no Canecão (RJ).
Foi também parceiro de Francis Hime e dirigiu shows com Alaíde Costa, Baden Powell, Chico Buarque, Dory Caymmi, Dulce Nunes, Milton Nascimento, MPB-4, e o “Som Imaginário”.
Em 1999, o filme “Estorvo”, escrito com Chico Buarque, baseado no livro homônimo deste último, foi lançado com trilha de Egberto Gismonti.
Estreou, no dia primeiro de junho, no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, o espetáculo “Dom Quixote de Lugar Nenhum”, do qual Zeca Baleiro fez a trilha a partir de letras do dramaturgo. A peça foi desenvolvida em torno de um Dom Quixote nordestino. O texto de Ruy Guerra teve a direção de Jorge Farjalla e direção musical do violoncelista Lui Coimbra.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
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