0.000
Nome Artístico
Ruy Guerra
Nome verdadeiro
Ruy Alexandre Guerra Coelho Pereira
Data de nascimento
22/8/1931
Local de nascimento
Maputo, Moçambique
Dados biográficos

Cineasta. Compositor.

Dados artísticos

Tem entre seus parceiros ilustres compositores da MPB. Deu início às suas atividades como compositor através do Centro Popular de Cultura, no Rio de Janeiro, onde conheceu Sérgio Ricardo, com quem compôs “Esse mundo é meu”. Em seguida, compôs músicas com Edu Lobo, que foram incluídas nos discos do parceiro “A música de Edu Lobo” (1965/Elenco), “Edu Lobo” (1967/Philips) e “Cantiga de longe” (1970/Elenco). Foi também parceiro de Marcos Valle e Milton Nascimento.

Participou do antológico disco “Clube da Esquina 2”, lançado pela EMI em 1978, com sua parceria com Milton na faixa “E daí (A queda)”.

Foi o autor da trilha de seu filme “Os deuses e os mortos”, de 1971, ao lado de Milton Nascimento. Nesse mesmo ano, compôs com Edu Lobo a trilha da peça “Woyzeck”, de Georg Büchner, com direção de Matilda Pedroso.

Compôs, com Chico Buarque, a trilha de “Calabar”, peça escrita junto com Chico, mas que foi censurada, sendo publicada na forma de livro. As músicas foram posteriormente gravadas no LP “Chico canta”, lançado pela Philips em 1974. A música “Não existe pecado ao sul do Equador”, que fazia parte da trilha, fez bastante sucesso, anos depois, na voz de Ney Matogrosso, e a gravação foi tema da novela “Pecado rasgado” (Rede Globo), em 1978. Ao lado de Chico, fez também a versão intitulada “Sonho impossível”, da música de J. Darion e H. Leigh, e que fez parte do show “Chico Buarque & Maria Bethânia”, realizado em 1975 no Canecão (RJ).

Foi também parceiro de Francis Hime e dirigiu shows com Alaíde Costa, Baden Powell, Chico Buarque, Dory Caymmi, Dulce Nunes, Milton Nascimento, MPB-4, e o “Som Imaginário”.

Em 1999, o filme “Estorvo”, escrito com Chico Buarque, baseado no livro homônimo deste último, foi lançado com trilha de Egberto Gismonti.

Estreou, no dia primeiro de junho, no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, o espetáculo “Dom Quixote de Lugar Nenhum”, do qual Zeca Baleiro fez a trilha  a partir de letras do dramaturgo. A peça foi desenvolvida em torno de um Dom Quixote nordestino. O texto de Ruy Guerra teve a direção de Jorge Farjalla e direção musical do violoncelista Lui Coimbra.

Obras
Aleluia (c/ Edu Lobo)
Ana de Amsterdam (c/ Chico Buarque)
Ave Maria (c/ Francis Hime)
Bloco do eu sozinho (c/ Marcos Vale)
Bodas (c/ Milton Nascimento)
Boi voador (c/ Chico Buarque)
Bárbara (c/ Chico Buarque)
Cala a boca, Bárbara (c/ Chico Buarque)
Canto Latino (c/ Milton Nascimento)
Canção a minha amada (c/ Baden Powell)
Canção da Terra (c/ Edu Lobo)
E daí (c/ Milton Nascimento)
Entrudo (c/ Carlos Lyra)
Esse mundo é meu (c/ Sérgio Ricardo)
Fado tropical (c/ Chico Buarque)
Feio não é bonito (c/ Carlos Lyra)
Jogo de roda (c/ Edu Lobo)
Mariana, Mariana (c/ Edu Lobo)
Maré morta (c/ Edu Lobo)
Minha (c/ Francis Hime)
Máscara (c/ Francis Hime)
Não existe pecado ao sul do Equador (c/ Chico Buarque)
Olhos frios (c/ Eduardo Gudin)
Por um amor maior (c/ Francis Hime)
Pouco me importa (c/ Francis Hime)
Reza (c/ Edu Lobo)
Réquiem para um amor (c/ Edu Lobo)
Tatuagem (c/ Chico Buarque)
Teima (c/ Francis Hime)
À Meia luz (c/ Francis Hime)
Último canto (c/ Francis Hime)
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.