3.002
Nome Artístico
Ruriá Duprat
Nome verdadeiro
Ruriá Duprat
Data de nascimento
09/07/1959
Local de nascimento
Rio de Janeiro - RJ
Dados biográficos

Arranjador, músico, produtor musical

Nascido no Rio de Janeiro, sua família se estabeleceu em São Paulo. O pai, Régis Duprat, atuou como musicólogo e e violista e a mãe como violinista. O tio, Rogério Duprat, foi o  “maestro do Tropicalismo” e tocava Violoncelo. Os três tocaram na Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo.

Aos quatro anos de idade, começou a estudar violão. Aos 10 anos, se interessou por bateria e os pais o inscreveram na Escola Municipal de Música onde estudou percussão sinfônica. As aulas de piano eram obrigatórias e Ruriá se interessou pelo instrumento até que, aos 14 anos, trocou, definitivamente, a bateria pelo piano.

Dados artísticos

A carreira profissional se iniciou aos 17 anos, quando começou a acompanhar artistas.  O cantor romântico Altemar Dutra foi o primeiro deles.

Na virada de 1979 para 1980, aos 19 anos a banda que tinha com o percussionista Marco Bosco, Grupo Acarú, recebeu um convite e passou seis meses no Japão tocando no Night Club Hot Crocket. Durante a estadia, Ruriá comprou sintetizadores que, na época, acabavam de sair no mercado e eram difíceis de adquirir no Brasil.

Como um dos primeiros músicos brasileiros a ter e usar os sintetizadores mais modernos, o músico começou a gravar em estúdios de São Paulo como músico de apoio de artistas. Também criou jingles e trilhas sonoras para televisão e cinema. Como produtor e arranjador, fez trabalhos para Belchior, Renato Teixeira, Luis Ayrão, e Sá e Guarabyra, entre outros.

Aos 22 anos, inspirado em músicos brasileiros como Nelson Ayres, Roberto Sion, Luis Roberto de Oliveira, Zeca Assumpção e Cláudio Rodite, entre outros, decidiu estudar na Berklee College of Music em Boston, nos Estados Unidos. Como não tinha a soma necessária para pagar a faculdade, enviou uma carta para a Q Productions endereçada a Quincy Jones pedindo para entrar no programa de bolsas de estudo que o maestro tinha na escola. Além da carta escrita, Ruria enviou o LP do Grupo Acarú e fitas K7 com arranjos gravados em discos, trilhas e jingles.

A resposta chegou depois de um mês, com Quincy dizendo que ele havia conseguido a bolsa e indicando para Ruriá falar com uma pessoa do departamento financeiro da Berklee para estabelecer a bolsa. Ruriá estudou por cinco anos lá disciplinas como composição, regência, orquestração, piano e sintetizadores, finalmente se graduando em música para cinema.

No período de estudos nos EUA, conseguiu um sócio para montar um estúdio de gravação no Brasil: a Banda Sonora, onde produziu, até fins dos anos 2010, CDs, DVDs, Spots para Radio, Trilhas Sonoras para comerciais e séries de televisão, Música, Sound Design e Mixagem 5.1 para Cinema.

Em 2007 recebeu, com Lenine, um Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum Pop Contemporâneo, em 2007 por conta do” Acústico MTV”.

Em 2009, como produtor, diretor artístico, arranjador e pianista, o músico ganhou o Grammy, na categoria de Melhor Álbum de Jazz Contemporâneo pelo álbum “Randy in Brazil”, lançado nos mercados dos EUA, Europa e Ásia. O trabalho foi gravado e mixado no seu estúdio, o Banda Sonora. No mesmo ano, foi diretor artístico e maestro nos shows de lançamento internacional do DVD de Diana Krall “Live in Rio”.

Em 2015, trabalhou como curador e diretor artístico do Samsung e-Festival Instrumental no Brasil. Ainda em 2015, produziu e regeu a orquestra no álbum LOVE, com the Ron Carter Quartet e Vitória Maldonado.

Em 2016 assumiu a coordenação artística musical para a turnê brasileira de Andrea Bocelli.

Em 2017, escreveu arranjos para a turnê internacional de Placido Domingo.

Em 2018, compôs e produziu  a parte orquestral e coordenou o som do longa-metragem “Lino, Uma Aventura em 9 Vidas”, filme de animação da FOX exibido em 62 países.

Em 2021, fez, em parceria com o jornalista e crítico musical Carlos Calado, a curadoria do eFestival, idealizado por Pedro Bianco, da Dançar Marketing.

Como pianista, participou de festivais de jazz na Europa e nos EUA e atuou com nomes como Lenine, Gilberto Gil, Seu Jorge, Tom Zé, Anitta, Maria Rita, Frejat, Michel Teló, Ed Motta, Adriana Calcanhotto, Chico Cezar, Lulu Santos, Pitty, Carlinhos Brown, Daniel, Renato Teixeira e Toninho Horta. Também trabalhou com nomes internacionais como Stanley Jordan, Angelique Kidjo, Ray Lema e Jane Monheit.

Como arranjador e produtor, fez trabalhos para várias orquestras no Brasil e no mundo. No Brasil, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), Orquestra Sinfônica Brasileira, São Paulo, a Jazz Sinfônica, Orquestra Experimental de Repertório, orquestra Petrobrás e Orquestra CSN, entre outras. Entre os trabalhos internacionais aconteceram projetos com a Orquestra Filarmônica de Tóquio, a Orchester National des Pays de La Loire, para a qual escreveu peças de concerto executadas pela soprano francesa Patricia Petibon, e Orchester National d’Île de France no concerto realizado pelo cantor e compositor brasileiro Lenine e um coral com 1.400 cantores, no Le Zenith, em Paris.