
Cantor. Compositor.
Teve sua primeira música gravada em 1934, o samba “Ave noturna”, com Kid Pepe, registrado na voz de João Petra de Barros. Nesse ano, obteve seu primeiro sucesso com o samba “És louca”, com Milton de Oliveira, gravado na Odeon por Jaime Vogeler. Em 1936, o samba “Eu nunca pensei”, com Paquito, foi lançado na Victor por J. B. de Carvalho, e a marcha “Você não é o meu tipo”, com José Fernandes, foi gravada na Odeon pela dupla caipira Alvarenga e Ranchinho. No mesmo ano, Orlando Silva gravou na Odeon os sambas “Vai mulher da orgia”, com Roberto Martins, e “Amar uma mulher”, com Constantino Silva. Estreou como cantor em 1937, quando gravou pela Odeon a marcha “Esta cidade é um número”, de sua autoria, e o samba “Tereré não resolve”, de Princípe Pretinho e Rogério Nascimento. No mesmo ano, Aurora Miranda gravou na Odeon o samba “Juro não amar a outro”, com Jaime Souza, e a marcha “Corda e caçamba”. Em 1938, dois de seus sambas foram lançados pelo Coral RCA Victor, “Olhei pra você”, com Raul Marques e Manoel Salema, e “Baiana, me dá o seu amor”, com Raul Marques e César Brasil. Em 1939, a rumba-canção “Luar do Rio”, com Djalma Esteves, foi registrado pelas Irmãs Medina na Odeon. Nesse ano, fez sucesso com o samba “Não precisa pagar”, com Francisco Fernandes e Buci Moreira, gravado na Odeon pela dupla Joel e Gaúcho. Para o carnaval de 1940, gravou pela Victor os sambas “Inferno da vida”, com Altamiro Godinho, que foi um dos sucessos daquele ano, e “Não tens perdão”, com Delson Carlos. Ainda em 1940, gravou pela Victor os sambas “Não me sai da lembrança”, com Nozinho e Mário Santoro, e “Último amor”, de sua autoria. Ainda nesse ano, Moreira da Silva gravou na Victor o samba “Assim termina um grande amor”, com Moreira da Silva e Djalma Esteves. Em 1941, seu samba “Samba meu nego”, com Buci Moreira, foi gravado na Columbia pela dupla Carmen Costa e Henricão. Em 1942, a dupla Joel e Gaúcho gravou pela Odeon o samba “Era ela…”, com Joel de Almeida e Romeu Gentil. Para o carnaval de 1944, sua batucada “Falso amigo”, com Ubenor Santos, foi gravada por Carlos Galhardo na Rca Victor. Em 1962, na coletânea “Joel e Gaúcho” lançada pela RCA Victor foi incluído seu samba Não precisa pagar”, com Francisco Fernandes e Bucy Moreira. Em 1968, o samba “Vai, mulher da orgia”, com Roberto Martins, foi incluído no LP “Orlando Silva – O cantor das multidões” da RCA Camden com sucessos do cantor. Em 2000, o samba “Assim termina um grande amor”, com Moreira da Silva e Djalma Esteves, foi relançado no CD “Carnaval – Sua História, Sua Glória – Vol. 08” do selo Revivendo. No mesmo ano, o samba “Não precisa pagar” foi incluído no CD “Bucy Moreira” da série “A música brasileira desse século por seus intérpretes e autores” na gravação feita por Bucy Moreira em 1973 durante o programa “MPB Especial”, dirigido por Fernando Faro na TV Educativa. Ainda em 2000, o samba “És louca”, com Milton de Oliveira, foi relançado em sua gravação original na voz de Jaime Vogeler no CD “Cantores do Rádio” volume 1 da EMI. Em 2002, o samba “Não precisa pagar” foi incluído no CD “Batuque na palhinha” que a Odeon lançou com gravações de Dilermando Pinheiro. Seus principais sucessos como compositor foram os sambas “Inferno da vida”, com Altamiro Godinho, e “Não precisa pagar”, com Bucy Moreira e Francisco Fernandes. Sua atuação musical ocorreu nas décadas de 1930 e 1940, quando compôs sambas e marchas com Raul Marques, Joel de Almeida, Djalma Esteves e outros. Entre os artistas que gravaram composições suas estão Carmen Costa, Moreira da Silva, Orlando Silva e Carlos Galhardo.