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Nome Artístico
Bastos Tigre
Nome verdadeiro
Manuel Bastos Tigre
Data de nascimento
12/3/1882
Local de nascimento
Recife, PE
Data de morte
1/8/1957
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Letrista. Jornalista. Poeta. Humorista. Teatrólogo. Publicitário.

Ainda estudante, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi jornalista, escrevendo sob o pseudônimo de D. Xiquote. Fundou uma revista com o mesno nome de D. Quixote, sendo sócio de Luiz Pastorini e tendo certo tempo, como vendedor de anúncios, o ainda jovem futuro cantor, compositor e radialista Almirante. Trabalhou na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro como Bibliotecário. Foi chefe do Departamento de Propaganda. Foi presidente do SBAT.

Dados artísticos

Estreou em 1906 com a peça “Maxixe”, de sua autoria e Batista Coelho. No carnaval deste mesmo ano, fez grande sucesso com o tango-chula “Vem cá mulata”, parceria com Arquimedes de Oliveira, gravado pela atriz Maria Lino. Composto em 1902, o samba não foi apenas sucesso do carnaval de 1906, como continuou alegrando os foliões por mais dois ou três carnavais, tornando-se uma das músicas mais populares da década. Em 1907, mais um sucesso com o tango “O vatapá”, feito em parceria com Paulino Sacramento e João Foca. Com Eduardo Souto, assinou a letra do fado-tango “Saudade”. Com o mesmo parcerio fez a canção “Amizade amorosa”, gravada na Odeon por Del Nigri. Em 1915, escreveu a revista “Grão de bico”. No mesmo ano, escreveu outra revista, “Rapadura”, em parceria com Rêgo barros. Em 1926, compôs em parceria com Sinhô o samba “Cassino maxixe”, lançado na comédia “Sorte grande”, que inaugurou o Teatro Cassino. Posteriormente, Sinhô escreveu-lhe novos versos dando ao samba o nome de “Gosto que me enrosco”, grande sucesso de 1929 e objeto de célebre polêmica com o também sambista Heitor dos Prazeres. Em 1935, fez a letra para o anúncio comercial da Brahma Chope, na época, chamado de o Brahma Chope, com música de Ary Barroso. A letra dizia: “O Brahma Chope em garrafa/Querido em todo o Brasil

Corre longe, a banca abafa/É igualzinho ao de barril”.

Obras
Amizade amorosa (c/ Eduardo Souto)
Cassino maxixe (c/ Sinhô)
O vatapá (c/ Paulino Sacramento)
Saudade (c/ Eduardo Souto)
Vem cá mulata (c/ Arquimedes de Oliveira)
Bibliografia Crítica

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

CABRAL, Sérgio. No tempo de Almirante – uma história do Rádio e da MPB. Francisco Alves: Rio de Janeiro, 1990.

CABRAL, Sérgio. No tempo de Ary Barroso. Lumiar: Rio de Janeiro, 1993.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

VASCONCELOS. Ary. Panorama da música popular brasileira. Volume1. Editora: Martins. Rio de Janeiro, 1965.