Álvares de Azevedo

Participou, como autor de letras, do grupo de poetas românticos que cultivavam a “modinha” no Rio de Janeiro do século XIX. Conhecedor do Inglês e do Francês, lia autores como Shakespeare, Byron e Victor Hugo no original. Escreveu, entre outras obras literárias, o drama teatral “Macário” e o livro de poesias “Lira dos Vinte Anos”. Há controvérsias sobre sua parceria com J. L. de Almeida Cunha (o “Cunha dos passarinhos”) na modinha “Escuta”, cuja partitura ainda existe, trazendo como autor da letra J. J. Álvares de Azevedo. Segundo Ary Vasconcelos, não se trata do jovem poeta, pois não há referências de tal poesia em sua obra. Renato Almeida, no capítulo “Modinhas” de “História da Música Brasileira”, cita-o como autor da modinha “Anjos do mar”. É um dos poetas mais conhecidos da fase do Romantismo brasileiro, autor de poemas como “Lembrança de morrer”, cujos primeiros versos dizem: “Quando em meu peito rebentar-se a fibra/ Que o espírito enlaça à dor vivente/ Não derramem por mim nem uma lágrima/ Em pálpebra demente”.