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Nome artístico
Geralda Magela
Nome verdadeiro
Geralda Magela da Purificação Longhi
Data de nascimento
2/2/1952
Local de nascimento
Guanhães/MG
Dados biográficos

Professora. Pesquisadora.

Sua infância foi em grande parte com alternâncias entre o Rio de Janeiro e o norte de Minas, onde morava sua família, desenvolvendo, desde cedo, o gosto pela cultura e musicalidade matuta, e, simultaneamente, pelas manifestações culturais cariocas, mais especificamente pelo samba.

Dados Atividade Específica

Graduada em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira pela UFRJ em 1978, participou, em 1974, ainda durante o curso universitário, do programa social de educação promovido pela FASE- Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional, lecionando elementos de leitura, escrita e formação de cidadania, para operários, na região industrial da Baixada Fluminense.

Foi aprovada em 3º lugar em concurso público para o magistério estadual do Rio de Janeiro, por onde passou a lecionar, além de em outras instituições paticulares.

Em 1995, escreveu “Chico Buarque- O reverso da utopia”- ensaio ainda inédito. Em 1997, tornou-se Mestra em Literatura Brasileira pela UERJ com a dissertação “Imagens da História do Brasil nos sambas – enredo”. Nesse trabalho faz um estudo sobre as representações do imaginário popular nos sambas enredo produzidos pelas escolas de samba do Rio de Janeiro, desde suas origens, até os anos 1960 e apontando perspectivas para as décadas seguintes.

Foi professora pela rede Federal, tendo lecionado Língua Portuguesa e Literatura Brasileira de 1995 a 2004 no CEFET/RJ – Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. Nessa instituição desenvolveu a oficina “Poesia no CEFET” com alunos do Ensino Médio, tomando o cancioneiro popular como uma das referências. A oficina resultou na publicação do livro “Mais que nunca é preciso cantar”, editado em 2003, pelo projeto “Abrace um aluno escritor” e, em 2004, em 2ª edição, por aquele centro.

Em 1998 foi vencedora do concurso de projetos da Rio Arte, na área de Literatura, com o projeto “A Companhia Negra de Revista e a democratização cultural no Rio de Janeiro na década de 1920”, trabalho que encaminha avaliações sobre as revistas apresentadas e o cancioneiro que as compõe. Escreveu, então, auxiliada pelo pesquisador Paulo Luna, obra homônima, que se encontra naquela instituição, à disposição de pesquisadores.

A partir de 1999 tornou-se Pesquisadora do ICCA – Instituto Cultural Cravo Albin.

É responsável, desde 1999, pela pesquisa e redação de verbetes ligados à Música Regional, Sertaneja, Romântica e pelo movimento da Jovem Guarda no Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira.

Integrou, em 2004, grupo de pesquisa que desenvolveu, junto ao Departamento de Letras da PUC/RJ e a FAPERJ, a pesquisa Representações da violência na música popular brasileira, respondendo pela música regional, rural, sertaneja re romântica.

Também em 2004, foi convidada para participar do Seminário “História do Samba”, no Centro de Artes Kalouste Gubenkian, palestrando sobre a influência da aceleração do ritmo na evolução dos sambas-enredo.

Tem especial interesse pelo estudo dos sambas – enredo das escolas de samba do Rio de Janeiro, como representação do imaginário popular e sobre sua relação com a música rural e sertaneja, continuando a desenvolver estudos nessa área.

 

BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:

 

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.