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Nome Artístico
João Gilberto
Nome verdadeiro
João Gilberto do Prado Pereira de Oliveira
Data de nascimento
10/6/1931
Local de nascimento
Juazeiro, BA
Data de morte
6/7/2019
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Violonista. Compositor. Em 1942, viajou para Aracaju (Sergipe), onde estudou durante quatro anos. De volta a Juazeiro, recebeu de seu pai um violão e formou o conjunto vocal Enamorados do Ritmo. Em 1947, mudou-se para Salvador. Decidiu abandonar os estudos para dedicar-se exclusivamente à música.

Em 2012, foi publicado o livro “João Gilberto” (Cosac Naify), organizado por Walter Garcia.

Em 2017, começou a passar por um processo de muitas complicações e escândalos que envolviam assuntos relacionados sobre sua interdição, dívidas, e brigas judiciais entre sua atual esposa e produtora, Claudia Faissol, e seus filhos, Bebel Gilberto e João Marcelo. O caso se alastrou em 2018 e a polêmica começou a engajar personalidades do mundo todo em prol de uma campanha para ajudar o cantor, que neste ano completou 86 anos.

Ainda em 2017, houve uma tentativa de sequestro do cantor, quando Claudia Faissol, segundo João Marcelo, teria invadido o apartamento, pulando a janela e tentando levar João Gilberto a força para os Estados Unidos onde receberia um prêmio. O cantor também teria se recusado a abrir a porta para a companheira.

Alguns defensores internacionais do cantor, como o colunista português Miguel Esteves Cardoso, defendem que o cantor deveria ter algum tipo de ajuda do Estado Brasileiro, como recebimento vitalício ou algum tipo de pensão. Porém essa hipótese teria sido descartada pelo MinC (Ministério da Cultura).

Seus problemas começaram a acontecer quando completou 80 anos em 2011, e foi anunciada uma turnê com shows em diversos lugares do país. No entanto, a turnê fora cancelada devido a problemas de saúde do cantor. Como a produção já havia investido na preparação, a justiça ordenou pagamento de 1,2 milhões pelo calote. Desde lá, as polêmicas e os conflitos envolvendo o cantor foram se tornando cada vez mais expressivos.

Em 2018, o diretor franco-belga Georges Gachot lançou no Rio o filme “João Gilberto onde está Você”, que obteve razoável repercussão.

No mesmo ano, o drama do cantor começou a ganhar mais espaço da mídia, quando um juiz, a pedido de Bebel Gilberto, autorizara o arrombamento da porta de seu apartamento para a avaliação de um médico de confiança determinar a necessidade ou não de sua interdição. Desta forma, ela controlaria suas finanças e zelaria por sua saúde. João Gilberto já teria recebido diversas notificações para abrir seu apartamento, mas recusara-se em todas. Seu filho, João Marcelo, teria acusado a irmã de ter sido excluído das decisões.

Em 2019 a polêmica entre seus filhos, Bebel Gilberto e João Marcelo Gilberto, continuou. João Marcelo teria declarado a imprensa que seu pai (João Gilberto) se sentia “como um prisioneiro” dentro de casa e acusou a irmã, Bebel Gilberto, de “viver como uma rainha” por estar roubando o pai. Em resposta ao irmão, Bebel declarou aos jornais que esperava que o irmão a procurasse para conversar e dividir as responsabilidades. No mesmo ano faleceu em casa, aos 88 anos. Seu corpo foi velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Ainda no mesmo ano de 2019, pouco após sua morte, a partilha de seus bens também gerou polêmicas nos jornais. Segundo o editorial do Segundo Caderno do Jornal O Globo, as ações judiciais pelo espólio de João Gilberto teriam começado já no dia de seu enterro. O jornal teria tido acesso a documentos como testamento e um pedido de união estável. Sua filha Bebel Gilberto e Maria do Céu (que se apresentou como companheira de João Gilberto) entraram com pedidos de inventário no mesmo dia do velório, ambas reclamando o direito de cuidar do processo. Ainda estiveram incluídos nas disputas judiciais sua ex-esposa Cláudia Faissol, mãe de Luisa (filha de João), que contestou o testamento de 2003, e João Marcelo, seu filho que reside nos Estados Unidos. Que na ocasião não pôde comparecer ao enterro. Segundo ele mesmo, porque não conseguiu renovar seu Green Card. Cláudia Faissol entrou com processo contra João Marcelo por danos morais, após ele ter declarado aos jornais que não havia prova da paternidade de Luisa, sua meia-irmã. Devido a tanta polêmica sobre a partilha dos bens do cantor, especialistas em direitos autorais declararam à imprensa que os herdeiros poderiam desta forma impedir projetos futuros, como a circulação das gravações antigas de João Gilberto. Maria do Céu, de origem moçambicana, que declarou-se companheira de João, disse em entrevista ao Jornal O Globo que jamais trabalhou no Brasil, e que o cantor pagava todas as suas contas, considerando publicamente a exposição do artista no fim de sua vida.

Maria do Céu sofreu, em 2021, ordem de despejo do imóvel onde morava o músico e no qual ela estava morando após a morte dele. A fiadora do imóvel, a filha do músico, Bebel Gilberto, também é objeto da mesma ação.

Sobre a morte de João Gilberto, Ricardo Cravo Albin escreveu o seguinte texto:

“A morte de João Gilberto não é apenas uma perda para a nacionalidade deste País o Brasil, é uma perda universal e quando eu digo universal, me refiro ao contexto geral de todos os Países, porque o João Gilberto espalhou não apenas a bossa nova que ele criou a partir de 2 elementos: a sua voz excepcional e original e o seu violão igualmente excepcional e original. Portanto o João Gilberto não apenas por isso mas especialmente porque a bossa nova que ele fundou se espalharia como a grande novidade do mundo inteiro à partir dos anos 60, quando ela cresceu e quando ela foi admirada por todas as gentes, portanto, eu com o Dicionário Cravo Albin, com o Instituto Cultural Cravo Albin, ficamos nós em conjunto, muito, mas muito mesmo enlutados e tendo contudo o reconhecer que João Gilberto foi um clarão, ele foi o criador e quem é o criador, quem é o clarão, naturalmente deve ser homenageado com todas as circunstâncias , com todas as pompas e com todas as honras.

Eu espero que, como todos nós sentimos, como todo mundo sente a perda de João Gilberto, todo o Governo Brasileiro, os representantes que estão no poder  por conta do voto popular possam render as suas homenagens. O Governo Federal, o Presidente da República, o Governo do Estado, o Prefeito do Rio de Janeiro e o Governo da Bahia onde ele nasceu, devem fazer tudo que possam para que as homenagens a João Gilberto  possam ser veementes, cantentes e especialmente luminosas como ele sempre foi, o clarão de luz e de invenção.” (Ricardo Cravo Albin)

Por ocasião de sua morte, Joao Gilberto foi ainda homenageado por jornalistas e escritores, como Nelson Motta, Joaquim Ferreira dos Santos, Veríssimo, Zuenir Ventura, João Máximo, Leonardo Lichote, dentre muitos outros. Zuenir Ventura, em sua coluna, manifestou uma crítica ao então Presidente da República, Jair Bolsonaro, após ele ter se pronunciado sobre a morte de João Gilberto com a frase: “Ele era uma pessoa conhecida. Nossos sentimentos à família, ta ok?”. Segundo Zuenir toda a imprensa internacional classificaria João Gilberto após sua morte como um gênio da música. Veríssimo em seu artigo escreveu “E eu pergunto que outra pessoa no mundo mereceria tanta reverência?”, após narrar sua experiência ao ter assistido um único show ao vivo de João Gilberto. Joaquim Ferreira dos Santos em seu artigo mencionou a entrevista que conseguiu fazer com João Gilberto com dificuldades, quando na ocasião não teria atendido o terceiro telefonema do cantor por estar no “deadline” da entrega da matéria ao jornal. Ainda declarou em seu artigo que “João Gilberto deu com seus sambas sem excessos a idéia de um país melhor.”. Nelson Motta revelou em seu artigo que João “não gostava do rótulo de bossa nova, que ele dizia que o que fazia era samba. Um samba moderno, dissonante.”.

A imprensa internacional também se manifestou através de editorias nos jornais The New York Times, o inglês Independent, a agência Reuters, The Guardian, El País, Le Monde, BBC, dentre outros.

Para registrar o 7º dia de sua morte, Ricardo Cravo Albin realizou a primeira homenagem em palco, montando no Teatro Dulcina (RJ) o talk-show “Réquiem para João Gilberto”.

Em 2021, foi lançada postumamente, com a ajuda da viúva de Zuza, Ercília Lobo, a biografia de João Gilberto intitulada “Amoroso”,  escrita pelo produtor musical, pesquisador e crítico Zuza Homem de Mello. Na biografia, são abordados aspectos musicais e pessoais em um relato definido como “próximo e respeitoso”, por reportagem publicada no Segundo Caderno de O Globo, dia 24/10/2021.

Dados artísticos

Iniciou sua carreira profissional em 1949, integrando o cast de artistas da Rádio Sociedade da Bahia.

No ano seguinte, viajou para o Rio de Janeiro, onde passou a atuar como crooner do conjunto vocal Garotos da Lua, com o qual gravou, em 1951, dois discos 78 rpm, lançados pela gravadora Todamérica.

Em 1952, iniciou sua carreira solo, gravando um disco 78 rpm para a gravadora Copacabana.

No ano seguinte, sua composição “Você esteve com meu bem” foi gravada por Marisa, que viria a adotar mais tarde o nome artístico de Marisa Gata Mansa. Ainda em 1953, passou a fazer parte do conjunto Quitandinha Serenaders, com o qual participou do show “Acontece que eu sou baiano”, na boate Casablanca. Nessa mesma casa noturna, apresentou-se como artista solista, no show “Esta vida é um carnaval”.

No ano seguinte, integrou o conjunto Anjos do Inferno, com o qual se apresentou em São Paulo..

Em 1955, residiu em Porto Alegre, seguindo, no final do ano, para Minas Gerais, onde passou um tempo com a família, dedicando-se ao estudo do violão.

Voltou para o Rio de Janeiro em 1957. Nessa época, costumava freqüentar a Boate Plaza, ponto de encontro de músicos que se preocupavam com uma nova concepção musical que viria a desembocar na bossa nova.

Em 1958, acompanhou ao violão a cantora Elizeth Cardoso na gravação de “Chega de saudade” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e “Outra vez”, faixas incluídas no LP “Canção do amor demais”.Também nesse ano, gravou um 78 rpm contendo “Chega de saudade” e “Bim bom”, de sua autoria. O histórico disco, citado mais tarde como referência por muitos artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso, apresentava uma interpretação vocal intimista e uma nova batida de violão, tornando-se um marco para a bossa nova.

Em 1959, lançou outro 78 rpm em que gravou “Desafinado” (Tom Jobim e Newton Mendonça) e “Oba-la-lá”, de sua autoria. Nesse mesmo ano, gravou seu primeiro LP, “Chega de saudade”, lançado pela Odeon, com produção musical de Aloysio de Oliveira e arranjos de Tom Jobim. No repertório, além das canções lançadas nos dois 78 rpm, a releitura de antigos sucessos como “Morena boca de ouro” (Ary Barroso e Luís Peixoto), “Rosa morena” (Dorival Caymmi) e “Aos pés da santa cruz” (Marino Pinto e Zé da Zilda), e “Lobo bobo”, faixa que lançava uma nova dupla de compositores, Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli.

Em 1960, gravou o LP “O amor, o sorriso e a flor”, também pela Odeon, com destaque para “Samba de uma nota só” (Tom Jobim e Newton Mendonça), canção também emblemática da bossa nova. Participou, ainda nesse ano, do show “O amor, o sorriso e a flor”, realizado no Teatro de Arena da Faculdade de Arquitetura (RJ). Apresentou-se, também, na casa noturna Arpège (RJ) e, com Vinicius de Moraes, na Associação Atlética Banco do Brasil (Salvador). Ainda em 1960, nasceu seu filho João Marcelo, de seu casamento com a cantora Astrud Gilberto.

No ano seguinte, gravou seu terceiro LP, “João Gilberto”, que contou com acompanhamento do conjunto de Walter Wanderley, destacando-se “O barquinho” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), ao lado da releitura de sucessos como “Samba da minha terra” e “Saudade da Bahia”, ambas de Dorival Caymmi. Apresentou-se, também em 1961, no Cassino San Raphael, em Punta del Este (Uruguai). Nesse mesmo ano, foi lançado no mercado norte-americano o disco “Brazils brilliant João Gilberto” (o LP brasileiro “O amor, o sorriso e a flor”).

Em 1962, dividiu o palco com Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Milton Banana e o grupo vocal Os Cariocas no show “O Encontro”, realizado na boate Au Bon Gourmet. Nesse mesmo ano, viajou aos Estados Unidos para participar do histórico “Festival de Bossa Nova”, realizado no Carnegie Hall de Nova York, vindo a fixar residência nessa cidade. Apresentou-se, também, no Village Gate (Nova York) e no Lisner Auditorium (Washington). Ainda em 1962, foi lançado nos Estados Unidos o álbum “The boss of the bossa nova” (o LP brasileiro “João Gilberto”, que teve uma faixa regravada em Nova York).

No ano seguinte, gravou, com Stan Getz, o LP “Getz/Gilberto”. O disco, que contou com a participação da cantora Astrud Gilberto na faixa “The Girl from Ipanema”, teve seu lançamento retardado pela Verve. Ainda em 1963, estreou no Brasil o filme “Seara vermelha”, para o qual compôs a trilha sonora, com letra de Jorge Amado, “Lamento da morte de Dalva na beira do Rio São Francisco”, mais tarde gravada como “Undiú”. Nesse mesmo ano, foi lançado no mercado norte-americano o LP “The warm world of João Gilberto” (o disco brasileiro “Chega de saudade”). Viajou para a Itália, ainda em 1963, apresentando-se no Foro e na boate Bussola (Viareggio), onde conheceu a canção “Estate”, que viria a gravar mais tarde. De volta a Nova York, foi acometido de espasmos musculares na mão direita, o que o forçou a submeter-se à fisioterapia.

Em 1964, apresentou-se, com Stan Getz, no Canadá. Nesse ano, foi lançado o LP “Getz/Gilberto”. O disco ocupou o 2º lugar da parada de sucesso da revista “Billboard” durante 96 semanas e tornou-se um dos 25 discos mais vendidos do ano. Ainda em 1964, apresentou-se na Califórnia (na boate El Matador, em São Francisco, e no Teatro Santa Monica), dividiu o palco do Carnegie Hall com Stan Getz, em show gravado ao vivo, e realizou concertos solo no Town Hall e no Village Vanguard, em Nova York.

No ano seguinte, foi contemplado com o prêmio Grammy (“Best Album”) pelo disco “Getz/Gilberto”, recebendo quatro das nove indicações. Ainda em 1965, casou-se com a cantora Miúcha e veio ao Brasil, apresentando-se no programa “O fino da bossa” (TV Record).

Em 1966, nasceu sua filha Bebel Gilberto. Nesse mesmo ano, foi lançado nos Estados Unidos o disco “Getz/Gilberto nº 2”.

Apresentou-se, em 1967, no Village Vanguard (Nova York) e no Hollywood Bowl (Los Angeles) e, no ano seguinte, no Central Park (Nova York) no Birds Nest (Washington) e no Rainbow Grill (Nova York).

Em 1969, viajou para o México, onde residiu durante dois anos. Participou de festivais de jazz em Guadalajara, Guanahuapi, Cidade do México e Puebla, e apresentou-se na boate Forum e no Museu da Cidade do México, onde recebeu o Troféu Chimal.

Lançou, em 1970, o LP “João Gilberto en Mexico”, com destaque para o bolero “Farolito”, de Agustin Lara, além de “O sapo” (João Donato) e “De conversa em conversa” (Lúcio Alves), entre outras canções que receberam arranjos de Oscar Castro Neves.

Viveu no Brasil durante o ano de 1971, quando participou, ao lado de Caetano Veloso e Gal Costa, de um especial realizado pela TV Tupi.

De volta a Nova York, no ano seguinte, realizou, com Stan Getz, uma temporada de shows no Rainbow Grill.

Em 1973, gravou o LP “João Gilberto”, que incluiu “Águas de março” (Tom Jobim), além da regravação de “Isaura” (Herivelto Martins e Roberto Roberti), “Na baixa do sapateiro” (Ary Barroso) e “Falsa baiana” (Geraldo Pereira), entre outras.

Em 1976, lançou no mercado norte-americano o LP “Best of two worlds”, que contou com a participação de Stan Getz e Miúcha. Apresentou-se, nesse mesmo ano, no Keystone Komer (São Francisco), com Stan Getz.

Em 1977, lançou, no Brasil e nos Estados Unidos, o LP “Amoroso”, indicado para o Grammy na categoria Best Jazz Vocal Performance. Ainda nesse ano, realizou shows no Great American Music Hall (São Francisco) e na boate Roxy (Los Angeles).

Em 1978, veio ao Brasil para gravar um especial de televisão, apresentando-se no Teatro Castro Alves (Salvador) e no Teatro Municipal (São Paulo). Nesse mesmo ano, participou do Newport Festival de Nova York, realizado no Carnegie Hall, ao lado de Charlie Byrd e Stan Getz.

Em 1980, voltou a residir no Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro. Ainda nesse ano, gravou o especial “João Gilberto Prado Pereira de Oliveira” (TV Globo), que contou com a participação de Bebel Gilberto e Rita Lee. O especial gerou disco homônimo lançado pela WEA.

Em 1981 lançou, com Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, o LP “Brasil” e realizou concertos no Teatro Municipal de São Paulo.

No ano seguinte, gravou para a TV Bandeirantes o especial “João Gilberto: a arte e o ofício de cantar” e apresentou-se no Teatro Castro Alves (Salvador). Realizou show no Festival de Águas Claras (São Paulo), em 1983, e no Coliseu dos Recreios (Lisboa), no ano seguinte.

Em 1985, apresentou-se no Palácio das Convenções do Anhembi e Latitude 2001, em São Paulo, no XIX Festival de Montreux, na Suíça, em Antibes (França), Madri e Roma.

No ano seguinte, sua participação no Festival de Montreux (Suíça), gravada ao vivo, foi lançada no CD duplo “Live at the 19th Montreux Festival”.

Em 1987, recebeu do governo brasileiro a Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, no grau de Comendador.

No ano seguinte, apresentou-se na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (Salvador), no Town Hall (Nova York) e no Palace (São Paulo).

Em 1989, foi indicado para o prêmio Grammy, na categoria Best Male Jazz Vocal Performance, pelo CD “Live in Montreux”, lançado nos Estados Unidos. Ainda nesse ano, apresentou-se no Festival de Montreux, realizou concertos em Bruxelas, Paris e Madri e participou de festivais de jazz na Espanha e no sul da França.

Em 1991, lançou o CD “João”, com destaque para “Ave-Maria no morro” (Herivelto Martins), “Sampa” (Caetano Veloso) e “You do something to me” (Cole Porter). Nesse mesmo ano, gravou um jingle para uma marca de cerveja e apresentou-se no Palace, em São Paulo.

Em 1992, realizou concerto no Parque Ibirapuera (SP), tendo Caetano Veloso, Paulinho da Viola e Rita Lee como convidados, e no Teatro Guararapes (Recife). Ainda nesse ano, gravou, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro um especial para a TV Globo, e participou, como convidado, de concerto de Tom Jobim, no Palace (SP).

Em 1993, apresentou-se no Teatro Castro Alves (Salvador), ao lado de Gal Costa e Maria Bethânia, e no Jack Gleason Theatre (Miami).

No ano seguinte, realizou concertos, tendo sua filha Bebel Gilberto como convidada, no Palace (SP), gravado ao vivo e lançado no CD “Eu sei que vou te amar”, e no teatro do Hotel Nacional (RJ). Apresentou-se, ainda, no Palácio das Artes (Belo Horizonte).

Em 1995, participou de homenagem a Tom Jobim, no Avery Fisher Hall, em Nova York, inaugurou a casa de espetáculos Tom Brasil (SP) e realizou concertos na Sala Villa-Lobos (Brasília) e no Teatro Rio Vermelho (Goiânia).

No ano seguinte, apresentou-se no Teatro Castro Alves (Salvador), na casa Tom Brasil (São Paulo), no Centro de Convivência Cultural (Campinas), no Umbria Jazz Festival (Perugia, Itália), no Cassino (Veneza), no Auditório Araújo Vianna (Porto Alegre) e no Cine-Theatro Central (Juiz de Fora).

Em 1997, realizou concertos no Tom Brasil (São Paulo), gravados para um especial da TV Bandeirantes. Nesse mesmo ano, apresentou-se em Santiago do Chile (Centro de Eventos San Carlos de Apoquindo) e em Buenos Aires (Teatro Opera), onde recebeu as chaves da cidade e o título de cidadão ilustre.

Em 1998, realizou show no Teatro Castro Alves (Salvador) e participou, como convidado especial, do “Tributo a Tom Jobim”, no Teatro Alfa Real (São Paulo). Apresentou-se, ainda, no JVC Festival, realizado no Carnegie Hall (Nova York), no Masonic Auditorium (São Francisco) e no Teatro Jackie Gleason (Miami).

No ano seguinte, apresentou-se, ao lado de Caetano Veloso, no Teatro Gran Rex (Buenos Aires) e na inauguração do Credicard Hall (São Paulo).

Em 2000, lançou o disco “João, voz e violão”, pela Universal Music, com produção musical de Caetano Veloso. O disco incluiu regravações de “Chega de saudade” e “Desafinado”, além de clássicos do samba que o cantor já apresentava há algum tempo em seus shows, como “Da cor do pecado” (Bororó), “Não vou pra casa” (Antônio Almeida e Roberto Roberti) e “Segredo” (Herivelto Martins e Marino Pinto). Destacam-se também no repertório, sambas de Caetano Veloso como “Desde que o samba é samba” e “Coração vagabundo”, e de Gilberto Gil, como “Eu vim da Bahia”, além do bolero “Eclipse”, do cubano Ernesto Lecuona, faixa já incluída em seu LP “Farolito”, e de “Você vai ver” (Tom Jobim). Na capa, parte do rosto da atriz Camila Pitanga, que traz o dedo indicador sobre os lábios num gesto que exige silêncio. Ainda em 2000, apresentou-se em Nova York (no JVC Festival, realizado no Carnegie Hall), em Barcelona, em Londres (Barbican Centre), em São Paulo (Tom Brasil), em Milão e em Recife (Teatro Santa Isabel).

Em 2001, foi contemplado como prêmio Grammy na categoria Best World Music Album, pelo disco “João voz e violão”. Nesse mesmo ano, apresentou-se com muito sucesso em Paris, no Festival de Montreux (Suíça) e no Festival de Montreal (Canadá).

Em 2003, apresentou-se (voz e violão) no Tokyo International Forum Hall A, no Japão.

Wm 2004, foi lançado o CD “João Gilberto in Tokyo”, gravado ao vivo no Tokyo International Forum Hall A, no Japão, no dia 12 de setembro do ano anterior. No repertório, “Corcovado”, “Este seu olhar”, “Wave” e “Ligia”, todas de Tom Jobim, “Acontece que eu sou baiano” e “Rosa Morena”, ambas de Dorival Caymmi, “Meditação” (Tom Jobim e Newton Mendonça), “Doralice” (Dorival Caymmi e Antônio Almeida), “Isto aqui o que é” (Ary Barroso), “Pra que discutir com Madame” (Haroldo Barbosa e Janet de Almeida), “Louco (Ela é seu mundo)” (Wilson Batista e Henrique de Almeida), “Bolinha de papel” (Geraldo Pereira), “Adeus América” (Geraldo Jacques e Haroldo Barbosa), “Preconceito” (Wilson Batista e Marino Pinto) e “Aos pés da Cruz” (Marino Pinto e Zé da Zilda).

Após 14 anos de ausência dos palcos cariocas, apresentou-se, em 2008, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, celebrando os 50 anos da bossa nova, sendo acompanhado pela platéia em coro, ao final do espetáculo, na canção “Chega de saudade” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes).

Após a morte do músico, foi feita, em 2021, uma homenagem aos 90 anos que João Gilberto completaria no dia 10 de junho: o lançamento do álbum “João Gilberto Eterno”. A produção musical foi de Mário Adnet e do produtor japonês Shigeki Miyata. Entre os participantes estão Mônica Salmaso, Guinga, Moreno Veloso, Jean Charnaux, João Donato, Antonia Adnet, Rosa Passos, Leila Pinheiro, Joyce Moreno, Lisa Ono, Febian Reza Pane, Goro Ito, Mika Stoltzman e Richard Stoltzman. O álbum de 15 faixas foi lançado nas plataformas digitais no Brasil e Japão (onde também foi lançado em CD).

Em janeiro de 2023 foi indicado como o 81º melhor cantor da história em lista com 200 nomes da revista Rolling Stone. O jornalista Ernesto Lechner, que escreveu o perfil do cantor na lista, destacou o papel dele como um dos fundadores da bossa nova .

Em abril de 2023 foi lançado o álbum “Ao Vivo no Sesc – 1998”, pela série Relicário, do Selo Sesc, gravado no Sesc Vila Mariana, em São Paulo (SP). O álbum foi o registro do último dia da minitemporada acontecida entre 3 e 5 de abril de 1998. O lançamento teve a supervisão artística da filha de João Gilberto, Bebel Gilberto. O showe foi remasterizado a partir de registro em fita digital DAT. Foram incluídas no álbum 36 músicas: “Violão amigo” (Bide e Armando Marçal); “ Isto aqui o que é?” (Ary Barroso); “Vivo Sonhando” (Antonio Carlos Jobim, 1963); “Nova ilusão” (Luiz Bittencourt e José Menezes), “Isaura” (Herivelto Martins e Roberto Roberti); “Curare” (Bororó); “Doralice” (Dorival Caymmi e Antonio Almeida); “Rosa Morena” (Dorival Caymmi); Aos pés da cruz (Zé da Zilda e Marino Pinto); Louco (Ela é seu mundo) (Wilson Baptista e Henrique Almeida); “Pra que discutir com madame?” (Janet de Almeida e Haroldo Barbosa); Corcovado (Antonio Carlos Jobim); “Retrato em Branco e Preto” (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1968); “Rei Sem Coroa” (Herivelto Martins e Waldemar Ressurreição); “Preconceito” (Wilson Baptista e Marino Pinto); “Saudade da Bahia” (Dorival Caymmi); “O Pato” (Jayme Silva e Neuza Teixeira); “Meditação” (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça); “Carinhoso” (Pixinguinha e Braguinha); “Guacyra” (Heckel Tavares e Joracy Camargo); “Solidão” (Antonio Carlos Jobim e Alcides Fernandes); “O Amor em Paz” (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes); “A Primeira Ve”z (Bide e Armando Marçal); “Ave Maria no Morro” (Herivelto Martins); “Bahia com H” (Denis Brean); “Samba de Uma Nota Só” (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça); “Caminhos Cruzados” (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça); “Lá Vem a Baiana” (Dorival Caymmi); “Ave Maria” (Jayme Redondo e Vicente Paiva); “Desafinado” (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça),  “Um Abraço no Bonfá” (João Gilberto), “Chega de Saudade” (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes); “A Valsa de Quem Não Tem Amor” (Custódio Mesquita e Evaldo Ruy); “Eu Sei que Vou te Amar” (Antonio Carlos Jobim e Vinicius De Moraes); “Wave” (Antonio Carlos Jobim) e “Este Seu Olhar” (Antonio Carlos Jobim). A música “Rei Sem Coroa”, sem outras gravações após a apresentação no Sesc Vila Mariana, foi lançada também como single. O álbum foi também lançado em versão física, com CD duplo. O desenho da capa foi feito pelo artista Speto.

Em entrevista publicada no jornal O Globo,, em agosto de 2023, na ocasião do lançamento do novo trabalho, “João”, cantando o repertório do pai, a filha do cantor, Bebel Gilberto, contou sobre os traumas e a sensação de abandono apesar de toda a herança musical rica, explondo as memórias que a conectavam com o pai mas que também a machucava. A cantora também abordou as questões jurídicas envolvendo herdeiros e o espólio musical de João Gilberto.

Em setembro de 2023, a colunista Mônica Bergamo noticiou que Bebel Gilberto fez acordo com a moçambicana Maria do Céu reconhecendo a união estável entre ela e o pai. A ideia da cantora foi mostrar aos irmãos e que todos possam entrar em acordo para que a obra do pai possa circular. No acordo também constou o reconhecimento recíproco do direito de cada uma de herdar, no mínimo, 25% da herança, incluindo os bens particulares materiais ou imateriais, como os direitos autorais e conexos de toda a obra artística

 

Discografias
2023 Selo Sesc Relicário: João Gilberto (Ao Vivo no Sesc 1998)

Ao vivo

2004 João Gilberto in Tokyo (João Gilberto) – Universal Music - CD
2000 Universal Music CD João voz e violão
1994 Epic CD Eu sei que vou te amar
1993 CD O mito

(Coletâneas:)

1993 CD The Carnegie Hall Concert

(Participações:)

1991 Philips LP João
1990 CD Performance

(Coletâneas:)

1986 WEA/RCA LP Live at the 19th Montreux Jazz Festival
1985 EMI Odeon LP João Gilberto interpreta Tom Jobim
1981 WEA LP Brasil
1980 Warner Bros João Gilberto Prado Pereira de Oliveira
1977 Warner Bros Amoroso
1976 CBS LP The best of two worlds
1973 PolyGram/Polydor LP João Gilberto
1970 Philips LP João Gilberto
1970 Orpheon João Gilberto en Mexico
1964 Odeon Getz/Gilberto
1962 LP Bossa Nova at Carnegie Hall

(Participações:)

1961 Odeon LP João Gilberto
1960 Odeon LP O amor, o sorriso e a flor
1959 Odeon LP Chega de saudade
1959 Odeon 78 Desafinado/Oba-la-la
1958 Odeon 78 Chega de saudade/Bim bom
Obras
Acapulco
Bim bom
Coisas distantes (c/ João Donato)
Glass beads (c/ João Donato e Lysias Ênio)
Isabel Bebel
João Marcelo
Minha saudade (c/ João Donato)
No coreto (c/ João Donato)
Oba-la-la
Um abraço no Bonfá
Undiú
Valsa Como são lindos os Youguis
Você esteve com meu bem (c/ Antônio Cardoso Martins)
Shows
2003 João Gilberto - Tokyo International Forum Hall A, Japão
Acontece Que Eu Sou Baiano. Quitandinha Serenaders. Casablanca. Rio de Janeiro.
Encontro. João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Milton Banana e Os Cariocas. Au Bon Gourmet. Rio de Janeiro.
Esta Vida É Um Carnaval. Casablanca. Rio de Janeiro.
Festivais de jazz na Espanha e no sul da França.
Festival de Bossa Nova. Carnegie Hall. Nova York.
Festival de Montreal. Canadá.
Festival de Montreux. Suíça.
Festival de Águas Claras. São Paulo.
Homenagem a Tom Jobim. Avery Fisher Hall. Nova York.
JVC Festival. Carnegie Hall. Nova York.
João Gilberto e Caetano Veloso. Credicard Hall. São Paulo.
João Gilberto e Caetano Veloso. Teatro Gran Rex. Buenos Aires.
João Gilberto e Stan Getz. Canadá.
João Gilberto e Stan Getz. Carnegie Hall. Nova York.
João Gilberto e Stan Getz. Keystone Komer. São Francisco.
João Gilberto e Stan Getz. Rainbow Grill. Nova York.
João Gilberto e Vinicius de Moraes. Associação Atlética Banco do Brasil. Salvador.
João Gilberto, Caetano Veloso, Paulinho da Viola e Rita Lee. Parque Ibirapuera. São Paulo.
João Gilberto, Charlie Byrd e Stan Getz. Newport Festival, Carnegie Hall. Nova York.
João Gilberto, Gal Costa e Maria Bethânia. Teatro Castro Alves. Salvador.
João Gilberto. Antibes (França), Madri e Roma.
João Gilberto. Arpège. Rio de Janeiro.
João Gilberto. Auditório Araújo Vianna. Porto Alegre.
João Gilberto. Barbican Centre. Londres.
João Gilberto. Bird''s Nest. Washington.
João Gilberto. Boate Forum e Museu da Cidade do México.
João Gilberto. Boate Roxy. Los Angeles.
João Gilberto. Bruxelas, Paris e Madri.
João Gilberto. Cassino San Raphael. Punta del Este, Uruguai.
João Gilberto. Cassino. Veneza.
João Gilberto. Central Park. Nova York.
João Gilberto. Centro de Convivência Cultural. Campinas.
João Gilberto. Centro de Eventos San Carlos de Apoquindo, Santiago do Chile.
João Gilberto. Cine-Theatro Central. Juiz de Fora.
João Gilberto. Coliseu dos Recreios. Lisboa.
João Gilberto. Concha Acústica do Teatro Castro Alves. Salvador.
João Gilberto. El Matador. São Francisco, Califórnia.
João Gilberto. Festivais de jazz em Guadalajara, Guanahuapi, Cidade do México e Pueblo. México.
João Gilberto. Foro e Bússola. Viareggio, Itália.
João Gilberto. Great American Music Hall. São Francisco.
João Gilberto. Hollywood Bowl. Los Angeles.
João Gilberto. Jack Gleason Theatre. Miami.
João Gilberto. Lisner Auditorium, Washington.
João Gilberto. Masonic Auditorium. São Francisco.
João Gilberto. Milão.
João Gilberto. Palace. São Paulo.
João Gilberto. Palácio das Artes. Belo Horizonte.
João Gilberto. Palácio das Convenções do Anhembi e Latitude 2001, São Paulo.
João Gilberto. Paris.
João Gilberto. Rainbow Grill. Nova York.
João Gilberto. Sala Villa-Lobos. Brasília.
João Gilberto. Show de inauguração da casa de espetáculos Tom Brasil. São Paulo.
João Gilberto. Teatro Castro Alves. Salvador.
João Gilberto. Teatro Guararapes. Recife.
João Gilberto. Teatro Jackie Gleason. Miami.
João Gilberto. Teatro Municipal. São Paulo.
João Gilberto. Teatro Opera. Buenos Aires.
João Gilberto. Teatro Rio Vermelho. Goiânia.
João Gilberto. Teatro Santa Isabel. Recife.
João Gilberto. Teatro Santa Mônica. Califórnia.
João Gilberto. Teatro do Hotel Nacional. Rio de Janeiro.
João Gilberto. Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
João Gilberto. Tom Brasil. São Paulo.
João Gilberto. Town Hall. Nova York.
João Gilberto. Village Gate. Nova York.
João Gilberto. Village Vanguard. Nova York
João Gilberto. Village Vanguard. Nova York.
O Amor, o Sorriso e a Flor. Teatro de Arena da Faculdade de Arquitetura. Rio de Janeiro.
Palace. São Paulo.
Tributo a Tom Jobim, Teatro Alfa Real. São Paulo.
Umbria Jazz Festival. Perugia, Itália.
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AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

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