Compositor. Cantor.
Médico clínico geral.
Integrante da Ala dos Compositores da União da Ilha, escola pela qual classificou diversos sambas-enredos de sua autoria, entre os quais “1910 – Burro na cabeça” (1981); “RuiBaboseava no senado”; “Extra! Extra”” (1987); “Festa profana” (1989 – 3º lugar); “Sonhar com Rei dá leão” (1990); “De bar em bar – Didi um poeta” (1991); “Abrakadabra – O despertar dos magos” (4º lugar em 1994); “Todo dia é dia de índio” (1995) e “Pra não dizer que não falei das flores”, classificada em 8º lugar em 2000.
No ano de 1983 com a composição “Liberdade! Liberdade” (c/ Marcos Paiva), interpretada pelo grupo As Gatas, ganhou o festival “Uma Canção Para a Paz da América Central”, coordenado por Albino Pinheiro e com júri composto por Ferreira Gullar, Sérgio Cabral, João Bosco, Chico Buarque, Aldir Blanc, MPB4 entre outros.
Em 1984, no LP “Da cor do Brasil”, Alcione interpretou, de sua autoria, “Tá que tá”. No ano seguinte, a cantora incluiu em seu LP pela RCA duas composições de sua autoria: “Faz corpo mole” (c/ Arlindo Cruz) e “Coco partido”, em parceria com Acyr Marques e Arlindo Cruz. No mesmo ano, Beth Carvalho interpretou “Malandro sou eu” (c/ Arlindo Cruz e Sombrinha). Ainda em 1985, o grupo Fundo de Quintal gravou, de sua autoria, “Nova morada” (c/ Sombrinha e Arlindo Cruz) e “Voto de confiança”, em parceria com Arlindo Cruz e Acyr Marques. No ano seguinte, Alcione interpretou duas composições de sua autoria, “Garoto maroto” (c/ Marcos Paiva) e “Fruto raiz” (c/ Lourenço), faixa que deu nome ao disco da cantora. No mesmo ano de 1986, em seu LP “Bom ambiente”, Dominguinhos do Estácio interpretou, de sua autoria, “Erro de contas”, em parceria com Chiquinho e Arlindo Cruz.
Em 1987 sua composição em parceria com Marquinhos PQD e Arlindo Cruz, “Luz do repente”, intitulou o disco de Jovelina Pérola Negra pela gravadora RGE. Ainda em neste ano, Alcione incluiu “Tô pru qui dé i vié” (c/ Arlindo Cuz) e “Buá! Buá!” em parceria com Marquinhos Lessa; o grupo Exporta Samba gravou, de sua autoria, em parceria com Sereno, “Minha ciranda, cirandá”. Ainda neste ano, Marquinhos Sathã interpretou “Não chora, meu bem” (c/ Marcos Paiva) no disco lançado pela RCA/Ariola, e Leci Brandão, no disco “Dignidade”, pela gravadora Copacabana, interpretou, de sua autoria, em parceria com Arlindo Cruz, “Luz do teu olhar”. Ainda no ano de 1987, o grupo Fundo de Quintal no disco “Do fundo do nosso quintal” incluiu as composições de sua autoria “Já foi uma família” (c/ Arlindo Cruz e Marquinhos PQD), “Amor maior” (c/ Ubirany e Arlindo Cruz) e “Pra não te magoar”, em parceria com Jorge Aragão e Cleber Augusto.
Em 1988, Roberto Ribeiro interpretou de sua autoria “Álbum de família” (c/ Beto Correia) e “Céu de pudor, mar de paixão”, em parceria com Jorge Aragão; Beth Carvalho, no LP “Alma do Brasil”, gravou “A sete chaves” (c/ Arlindo Cruz e Marquinhos PQD) e Zeca Pagodinho interpretou “O sol e a brisa”, parceria com Mauro Diniz. Neste mesmo ano foi indicado para o “Prêmio Sharp” com a composição “A sete chaves”, interpretada por Beth Carvalho.
No ano de 1989, no LP “Gosto de festa”, Dominguinhos do Estácio gravou, de sua autoria, “Gelo de ternura” (c/ Marcos Paiva). No disco “Saudades da Guanabara”, Beth Carvalho incluiu quatro composições de sua autoria: “Bota lenha na fogueira” (c/ Arlindo Cruz e Cláudio Azevedo), “Sonhando eu sou feliz”, “Apartheid não!” e “Não me faz de ioiô”. Zeca Pagodinho, no disco “Boêmio feliz”, gravou “Saudade louca” (c/ Acyr Marques e Arlindo Cruz). O grupo Sampa incluiu sua composição “Pagode da família” (c/ Fernando de Lima e Marquinhos PQD) no disco “Pagode de família”, e o no disco “Ciranda do povo” o grupo Fundo de Quintal incluiu três composições suas “Não valeu” (c/ Arlindo Cruz e Marquinhos PQD), “Miudinho, meu bem, miudinho” e “Valeu, Raoni”, ambas em parceria com Arlindo Cruz. No ano seguinte, Mauro Diniz gravou “Sentimento sem proporção”, parceria de ambos, e Leci Brandão gravou “Madureira, lugar de raça” (c/ Sereno e Arlindo Cruz), no disco “Cidadã brasileira”, pela gravadora Copacabana.
Em 1991, Beth Carvalho, em seu LP “Ao vivo no Olympia”, incluiu “Roda a baiana” e “A sete chaves”. No ano seguinte, Alcione, no disco “Pulsa coração”, interpretou sua música “Coração brasileiro”.
No ano de 1994, o grupo Batacotô incluiu em seu disco “Semba dos ancestrais”, um grande sucesso de sua autoria, “Um velho malandro de corpo fechado” (c/ Arlindo Cruz).
Em parceria com Jorge Aragão, compôs “A gente vai se ver na Globo”, a vinheta para o carnaval da Rede Globo. Com o sucesso alcançado, a vinheta tornou-se oficial da emissora nos anos posteriores.
No ano de 1999, Zeca Pagodinho interpretou, no disco “Ao vivo”, duas composições de sua autoria: “Luz do repente” e “Saudade louca”.
Em 2002, Marquinho Santanna (ex-Marquinhos Sathã) incluiu no disco “Nosso show” uma composição de sua autoria: “Negritude axé”, parceria com Bandeira Brasil e Arlindo Cruz.
No ano de 2003, o grupo Revelação, no disco “Samba de Raiz 3”, regravou “Luz do repente”. Como integrante da Ala de Compositores da União da Ilha foi vencedor de três sambas-enredos no anos de 1981, 1994 e 2000.
Entre seus intérpretes destacam-se Roberto Ribeiro em “Álbum de Família” (c/ Beto Correia); Joel Teixeira em “Hoje sou felicidade” (c/ Aroldo Melodia); Alcione em “Tá que tá”; Carlinhos de Pilares em “No país da assombração”; Agepê em “Festa profana”; Emílio Santiago em “Sonhar com Rei dá leão”; Neguinho da Beija-Flor em “Paixão de um velho cais” (c/ Serginho Procópio); Bruno de Castro em “Só mi qué a flô” (c/ Bruno de Castro) e “Na paz da eternidade” (c/ Carlos Caetano); MPB 4 em “Brasil de A a Z” (c/ Arlindo Cruz); Grupo Molejo em “Doidinha com meu samba” (c/ Lourenço); Alcione em “Fla X Flu” (c/ Arlindo Cruz) e ainda em “Dona Neuma, a rosa” (c/ Arlindo Cruz e Sombrinha); Eymar Santos em “Dona” (c/ Marquinhos PQD); Beth Carvalho em “Me dá o teu amor” (c/ Arlindo Cruz); Simone Moreno em “Eterno Salvador” (c/ Sombrinha); grupo Exaltasamba na música “Nos terminais da vida”, (c/ Serginho Procópio e Carlos Caetano); João Nogueira em “Quando parei no sinal” (c/ Arlindo Cruz); Jamelão, Arlindo Cruz e Sombrinha na regravação de “Dona Neuma, a rosa”.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.