4.001
© Leo Aversa
Nome Artístico
Adriana Calcanhotto
Nome verdadeiro
Adriana da Cunha Calcanhotto
Data de nascimento
3/10/1965
Local de nascimento
Porto Alegre, RS
Dados biográficos

Compositora. Cantora.

Filha de Carlos Calcanhoto, baterista de jazz e bossa nova, e de Morgada Assumpção Cunha, bailarina e professora de Educação Física.

Ganhou um violão da avó aos seis anos de idade, o qual aprendeu a tocar mais tarde.

Em 1989 passou a viver junto com Suzana de Moraes, com o casamento oficial ocorrendo em 2010. Em 2015 Suzana faleceu devido a um câncer.

Foi nomeada Embaixadora da Língua Portuguesa da Universidade de Coimbra no final de 2015.

Dados artísticos

Iniciou sua carreira artística em Porto Alegre, cantando em bares, casas noturnas e churrascarias.
No final dos anos 1980, mudou-se para o Rio de Janeiro.

Em 1990, gravou seu primeiro disco, “Enguiço”, registrando a faixa-título e a canção “Mortaes”, ambas de sua autoria, além de músicas de outros compositores.

Lançou, em 1992, o CD “Senhas”, contendo suas composições “Mentiras”, “Esquadros”, “Tons”, “Segundos”, “Negros”, “Graffitis” , “Água Perrier” (c/ Antônio Cícero), “Motivos” e a faixa-título, além de “Mulato calado” (M. Batista e H. Batista), “Velhos e jovens” (Arnaldo Antunes e Péricles Cavalcanti), “O nome da cidade” (Caetano Veloso) e “Milagres” (Roberto Frejat, Denise Barroso e Cazuza). A faixa “Mentiras” fez parte da trilha sonora da novela “Renascer” (TV Globo), projetando a cantora nacionalmente.

Em 1994, gravou o CD “A fábrica do poema”, muito elogiado pela crítica. No repertório, suas canções “Por que você faz cinema?”, sobre texto de Joaquim Pedro de Andrade, “Cariocas”, “Metade”, “Sudoeste” (c/ Jorge Salomão), “Inverno” (c/ Antônio Cícero), “Roleta-russa”, “Portrait of Gertrude”, “Minha música” e a canção-título (c/ Waly Salomão), além de “O verme e a estrela” (Pedro Kilkerry e Cid Campos), “Bagatelas”, (Roberto Frejat e Antônio Cícero), “Estrelas” (Sergio Britto e Arnaldo Antunes), “Aconteceu” e ” Tema de Alice”, ambas de Péricles Cavalcanti, e “Morro Dois Irmãos” (Chico Buarque).

Lançou, em 1998, o CD “Marítimo”, contendo suas composições “Parangolé Pamplona”, “Vambora”, “Asas” (c/ Antônio Cícero), “Pista de dança” (c/ Waly Salomão), com a participação do parceiro, “Vamos comer Caetano”, “Canção por acaso”, “Cariocas” e a faixa-título, além de “Mais feliz” (Dé, Cazuza e Bebel Gilberto), “Dançando” (Péricles Cavalcanti), “A cidade” (Helder Aragão), “Por isso eu corro demais” (Roberto Carlos), “Quem vem pra beira do mar” (Dorival Caymmi) e “Mão e luva” (Pedro Luiz), as duas últimas com a participação do respectivos compositores.

Para o cinema, gravou o “Tema de Alice”, de Péricles Cavalcanti, para a trilha sonora do filme “Mil e uma”, de Susana Morais, e o tema de “Doces poderes”, filme de Lúcia Murat.

Em 2000, lançou “Público”, gravação ao vivo do show homônimo realizado no Canecão (RJ), no qual a cantora apresentou-se acompanhada apenas do violão. No repertório, destaque para sua releitura de um sucesso da Jovem Guarda, “Devolva-me”, de Lilian Knapp e Renato Barros, canção bastante executada nesse ano. O CD, muito elogiado pela crítica, foi contemplado com o Disco de Ouro.

Em 2002, gravou o CD “Cantada”, que contou com a participação de Daniel Jobim e dos grupos Los Hermanos, Bossacucanova e Moreno + 2. Nesse mesmo ano, apresentou-se no DirecTV (SP) e no Canecão (RJ), em show de lançamento do CD, que lhe valeu mais um Disco de Ouro.

Sob o heterônimo de Adriana Partimpim, apelido de infância, lançou, em 2004, CD homônimo, dedicado às crianças. No repertório, destaque para as faixas “Fico assim sem você” (Claudinho e Buchecha) e “Saiba” (Arnaldo Antunes), além de “Canção da falsa tartaruga” (tradução de Augusto de Campos para uma canção de “Alice no país das maravilhas”, musicada por Cid Campos), “Ser de sagitário” (Péricles Cavalcanti), “Borboleta” (Domenico Lancellotti) e “Ciranda da bailarina” (Edu Lobo e Chico Buarque), entre outras. O CD, produzido por Dé Palmeira, foi contemplado com Disco de Ouro, no Brasil, e Disco de Platina, em Portugal, além de render à cantora o prêmio “Faz Diferença”, do jornal “O Globo”.

Em 2005, apresentou-se no Teatro Carlos Gomes (RJ), na décima primeira edição do festival percussivo PercPan, acompanhada pelo trio formado por Moreno Velloso, Domenico Lancelotti e Kassin, mais o percussionista Quito Ribeiro. Nesse mesmo ano, estreou, no Teatro Carlos Gomes (RJ) o show “Partimpim”, com direção de Hamilton Vaz Pereira, Leonardo Netto e a própria cantora, direção musical de Dé Palmeira, cenário de Hélio Eichbauer e figurino de Isabela Capeto e Felipe Veloso. O espetáculo contou com a participação dos músicos Dé Palmeira (baixo), Guilherme Kastrup (percussão), Ricardo Palmeira (guitarra) e Marcos Cunha (teclados). Também em 2005, apresentou o show no Canecão (RJ). Ainda nesse ano, apresentou-se, no Circo Voador (RJ), ao lado de kassin, Domenico e Moreno Veloso. Ainda nesse ano, lançou o DVD “Adriana Partimpim – O show”, gravado no Teatro Carlos Gomes (RJ).

Em 2007, fez turnê internacional do show “+Ela”, ao lado do trio +2 (Domenico Lancelotti, Kassin e Moreno Veloso).

Lançou, no ano seguinte, o CD “Maré” – segundo da “Trilogia do Mar” iniciada com “Marítimo”, contendo 11 faixas: “Sargaço mar” (Dorival Caymmi), “Sem saída” (poema de Augusto de Campos musicado por Cid Campos), “Um dia desses” (poema de Torquato Neto musicado por Kassin), “Onde andarás” (Caetano Veloso e Ferreira Gullar), “Porto Alegre (Nos braços de Calipso)” (Péricles Cavalcanti), “Três” (Marina Lima e Antonio Cícero), “Para lá” (Arnaldo Antunes) e “Mulher sem razão” (Dé Palmeira, Bebel Gilberto e Cazuza), além de suas canções “Teu nome mais secreto” (c/ Waly Salomão), “Seu pensamento” (c/ Dé Palmeira) e a faixa-título (c/ Moreno Veloso), entre outras. O núcleo instrumental do disco é formado por Dé Palmeira e pelo trio +2 (Domenico Lancelotti, Kassin e Moreno Veloso). Também participaram do CD os baixistas Jorge Helder e Alberto Continentino, Rodrigo Amarante (piano e arranjos de metais), Jards Macalé (violão), Gilberto Gil (violão) e a cantora Marisa Monte.

Em 2009, lançou “Partimpim Dois”, segundo álbum de Adriana Partimpim, heterônimo utilizado pela cantora para assinar seus projetos dedicados às crianças. No repertório, “O trenzinho do caipira” (Heitor Villa-Lobos e Ferreira Gullar), “Gatinha manhosa” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), “Na massa” (Davi Moraes e Arnaldo Antunes), “Bim bom” (João Gilberto), “O homem deu nome a todos animais” (Bob Dylan, vrs. Zé Ramalho), “As borboletas” (Cid Campos e Vinicius de Moraes) e “Alexandre” (Caetano Veloso), entre outras. O CD foi incluído na relação “Os Melhores Discos de 2009” do jornal “O Globo”, publicada ao final do ano, assinada pelos críticos Antonio Carlos Miguel, Bernardo Araújo, João Pimentel, Leonardo Lichote e Tom Leão.

Apresentou-se, em 2010, no Vivo Rio, com o espetáculo “Dois é show”, com o repertório do CD “Partimpim Dois”, tendo a seu lado os músicos Davi Moraes, Moreno Veloso, Domenico Lancelotti, Rafael Rocha e Alberto Continentino. Lançou, nesse mesmo ano, o DVD “Dois é show”, segundo sob a assinatura de Adriana Partimpim, com direção de Susana Moraes, cenário de Hélio Eichbauer e figurinos de Marcelo Pies. A seu lado, os músicos Moreno Veloso e Davi Moraes (guitarras), Alberto Continentino (baixo) e Rafael Rocha e Domenico Lancellotti (baterias e percussões). O espetáculo “Dois é show” foi apontado como um dos 10 Melhores Shows de 2010 do jornal ”O Globo” na edição de 28 de dezembro de 2010.

Fez 50 ilustrações para o livro “Melchior, o mais melhor”, escrito pelo artista plástico Vik Muniz e publicado em 2011. Neste mesmo ano, lançou o CD “O micróbio do samba”, com as faixas “Eu vivo a sorrir”, “Aquele plano para me esquecer”, “Pode se remoer”, “Mais perfumado”, “Beijo sem”, “Já reparô?”, “Vai saber?”, “Vem ver”, “Tão chic”, “Deixa, gueixa”, “Você disse não lembrar” e “Tá na minha hora”, todas de sua autoria. O disco, produzido por Daniel Carvalho, contou com a participação de Alberto Continentino (baixo), Domenico Lancelotti (bateria e percussão) e com a participação especial de Rodrigo Amarante (guitarra), Davi Moraes (violão), Nando Duarte (violão sete cordas) e Moreno Veloso (prato-e-faca).  Fez show de lançamento do CD “O micróbio do samba” no Espaço Tom Jobim (RJ). O espetáculo figurou na relação “Os Melhores Shows de 2011” do Jornal “O Globo”, em seleção assinada por Bernardo Araujo, Carlos Albuquerque, Leonardo Lichote, Luiz Fernando Vianna e Silvio Essinger.

Em 2012, lançou o DVD “Micróbio vivo”, gravado no ano anterior no Espaço Tom Jobim (RJ). Nesse mesmo ano, fez show de lançamento do DVD “Micróbio Vivo” na casa Miranda (RJ). Participou da série “De conversa em conversa” do 3º Salão de Leitura, realizado no Teatro Popular de Niterói. Ainda em 2012, lançou o CD “Adriana Partimpim 3”, com suas canções “Salada russa” (c/ Paula Toller) e “Também vocês” (c/ João Callado), além de “Tia Nastácia” e “Acalanto”, ambas, de Dorival Caymmi, “Taj Mahal” (Jorge Ben “Jorge Benjor”), “Lindo lago do amor” (Gonzaguinha), “O pato” (Jaime Silva e Neusa Teixeira), “Criança, Crionça” (Cid Campos e Augusto de Campos), “Porque os peixes falam francês” (Alberto Continentino e Domenico Lancellotti), “Passaredo” (Francis Hime e Chico Buarque) e “De onde vem o baião” (Gilberto Gil).

Em 2013, foi convidada para escrever uma coluna, aos domingos, no Segundo Caderno do jornal O Globo. no mesmo ano, foi indicada ao Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Álbum Infantil, pelo CD “Partimpim 3” (Adriana Partimpim).

No ano de 2014, com o espetáculo “Adriana Calcanhoto de todas as letras”, participou do projeto “MPB na ABL”, criado, dirigido e apresentado por Ricardo Cravo Albin. No show falou sobre a vida e a obra, além de executar, ao vivo, de sua autoria, vários de seus sucessos de carreira, tais como “Mentiras”, “Metade”, “Vambora”, “Tua”, “Mais perfumado”, “Inverno” (c/ Antônio Cícero). Na ocasião, interpretou, também de sua autoria, as composições inéditas “Olhos de onda” e “E sendo amor”. No mesmo ano, lançou o disco “Olhos de onda”. As vinte músicas do CD trouxeram composições suas, dentre as quais “Metade”, “Mais perfumado”, “Vambora” e “Olhos de onda”, além de regravações de outros compositores, como “Back to Black”, de Amy Winehouse e Mark Ronson, “Mê de motivos”, de Michael Sullivan e Paulo Massadas e “O nome da cidade”, de Caetano Veloso, dentre outras. O título do disco faz referência à “olhos de ressaca”, célebre definição dos olhos da personagem Capitu na obra Dom Casmurro, de Machado de Assis. Os shows da turnê pelo país tiveram um tom bastante intimista, com as músicas acompanhadas apenas por violão. Em dezembro, apresentou o show “Loucura – Adriana Calcanhoto canta Lupicínio”, em celebração ao centenário do compositor. O show, gravado ao vivo, foi lançado em CD e DVD no ano seguinte. No repertório, clássicos como “Felicidade”, “Nervos de aço”, “Volta”, “Nunca”, “Vingança”, “Cevando o amor”, “Cenário de Mangueira”, “Cadeira vazia”, “Castigo”, “Ela disse-me assim”, “Esses moços, pobres moços”, “Homenagem”, “Judiaria”, “Loucura” e “Quem há de dizer”. Foi indicada ao Grammy Latino na categoria Melhor Música Brasileira com “Tudo”, em parceria com Bebel Gilberto.

Em janeiro de 2016, trouxe novamente para o Vivo Rio a turnê de “Olhos de onda”, depois de várias apresentações em Portugal. Sua homenagem a Lupicínio rendeu uma indicação ao 27º Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor DVD, do qual saiu vitoriosa após concorrer com os álbuns “Dois amigos, um século de música”, de Caetano Veloso e Gilberto Gil, e “Baby sucessos – a menina ainda dança”, de Baby do Brasil. Nesse mesmo ano, sua composição “Pelo tempo que durar”, em parceria com Marisa Monte, foi interpretada na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no Estádio do Maracanã, pela cantora Mariene Castro.
Ainda em 2016, teve duas músicas incluídas na trilha sonora da novela “A lei do amor”, exibida pela TV Globo: “Não demora” e “Era pra ser”. A última virou single.

Em 2018 saiu em turnê pelo Brasil com o espetáculo “A Mulher do Pau Brasil”, que estreou em Portugal no mesmo ano, e que tem o mesmo título de seu espetáculo apresentado em 1986 na cidade de Porto Alegre.
A semelhança entre o show de 1986 e o de 2018 fica somente no nome e na deglutição do inspirador Manifesto da Poesia Pau Brasil (1924), pilar do movimento modernista brasileiro organizado por nomes como o escritor paulistano Oswald de Andrade (1890 – 1954) na década de 1920. No repertório do espetáculo, elementos do modernismo e da tropicália são reverenciados em canções do disco Caravanas de Chico Buarque, e “Nenhum de Nós” de Francisco e João Bosco, ambas lançadas em 2017. Também se incluíram no repertório canções que estiveram originalmente no espetáculo, como Geléia Geral (Gilberto Gil e Torqueto Neto) e “Mortal Loucura”, poema de Gregório de Matos, musicado por José Miguel Winisk. Segundo ela, o repertório também teria sido inspirado em sua dor e luto vividos pela morte da cineasta carioca Susana de Moraes (1940 – 2015), sua companheira. Os músicos que a acompanharam durante a turnê foram: Bem Gil (guitarra, flauta, piano mpc, voz) e Bruno di Lullo (baixo, piano e percussão).

Em 2019 lançou “Ogunté”, segundo ela uma homenagem para Iemanjá, gravada em 2016 com bases sintetizadas, e declamada com prosódia similar à do rap. Este foi o primeiro single de seu álbum de músicas inéditas lançado em 2019, porém a música foi gravada em 2016, chegando a ser cantada por ela em Portugal e em algumas apresentações iniciais do show “A mulher do Pau Brasil”. No mesmo ano de 2019 encerrou sua trilogia de discos em que abordou temas sobre o mar. Esse trabalhou foi iniciado com o lançamento dos CD’s, “Maritmo” (1998) e “Maré” (2008), sendo finalizado com o CD “Margem” (2019). O trabalho foi gravado por Bem Gil, Bruno Di Lullo, Rafael Rocha, Diogo Gomes e Marlon Sette. No mesmo ano de 2019 estreou o show “Margem” no Teatro Riachuelo no Rio de Janeiro. No repertório foram incluídas músicas dos outros dois álbuns da trilogia, “Marítimo” e “Maré”. Na ocasião, foi acompanhada por Rafael Rocha (bateria), Bruno Di Lullo (baixo) e Bem Gil (guitarra). Pouco antes da apresentação, em entrevista exclusiva ao jornal O Globo, explicou que ao retornar ao Brasil com a última turnê “A Mulher do Pau-Brasil”, sentiu na platéia a efervescência pré-eleitoral e a polarização que tomaram conta do país, e que em 2019, pôde lançar seu novo trabalho em ambiente mais calmo para chamar a atenção do público para a poluição dos oceanos, tema central das letras do CD “Margem”. Ainda em 2019 seguiu com a turnê “Mano que zueira”, de CD homônimo lançado nos anos anteriores. Na ocasião foi acompanhado por Ricardo Silveira (guitarra), Guto Virti (baixo) e Kiko Freitas (bateria). No roteiro dos shows misturou músicas suas feitas para o novo CD em parceria com Chico Buarque, como “Sinhá”, Aldir Blanc  em “Duro na queda”, Roque Ferreira em “Pé de vento”, Arnaldo Antunes em “Ultra leve” e com o filho Francisco Bosco  em “Nenhum futuro e a que dá título ao trabalho”; além dos clássicos como “Jade”, “Linha de passe”, “Nação”, “O bêbado e a equilibrista”, “Papel Machê” e “Quando o amor acontece”.

No mesmo ano de 2020 lançou o CD “Só”, produzido pelo paraense Arthur Nogueira, com músicas inéditas da mesma compostas durante a pandemia do Coronavírus. O trabalho de pré-produção foi feito em casa pela própria cantora, sozinha. Além de Arthur Nogueira tocaram no trabalho Mateus Estrela (conhecido como STRR), Allen Alencar (guitarra), Zé Manoel (piano), Diogo Gomes (sopros), Bruno di Lullo (violão), Rafael Rocha (percussão), Bem Gil (violão), Thomas Harres (bateria e percussão) e Chibatinha (guitarra), com todos fazendo os trabalhos de forma remota. Também foi feita uma versão audiovisual do álbum com a direção de Murilo Alvesso, com um clipe-sequência das músicas do álbum. As canções gravadas, todas de autoria de Adriana Calcanhotto, foram “Ninguém na Rua”; “Era Só”; “Eu Vi Você Sambar”; “O Que Temos”; “Sol Quadrado”; “Tive Notícias”;  “Lembrando da Estrada”;  “Bunda Lê Lê” (Participação de Dennis DJ) e “Corre o Munda”.

Após a pandemia do coronavírus, retornou aos palcos em agosto de 2021 fazendo quatro datas de shows com voz e violão no Teatro Claro, no Rio de Janeiro.

Em 2022 excursionou com o show “Voz e Violão” pelo Brasil, EUA e Europa. No repertório costaram músicas como “Devolva-me”, “Maresia”, “Esquadros”, “Vambora”, “Era pra ser”, “Dessa Vez”, “Mais feliz”, “Fico Assim Sem Você”, “Veneno Bom” e “A Flor Encarnada”.

Em 2023 lançou o álbum “Errante”, com onze faixas autorais, dentre as quais “Horário de verão”, “Pra lhe dizer” e “Era isso o amor?”. O álbum foi gravado com a adesão dos músicos Alberto Continentino (baixo, piano e lira), Davi Moraes (guitarra e violão), Diogo Gomes (trompete), Jorge Continentino (saxofone) e Marlon Sette (trombone).

Em 2024 participou do talk-show “Me cante sua história”, conduzido por Natália Boere no Teatro Prio, no Rio de Janeiro. No decorrer do evento, Adriana Calcanhotto contou de que forma compôs diversas das suas canções. Após contar a história da música Adriana cantavaela acompanhada pelo guitarrista Pedro Sá. Entre as músicas citadas estavam “Pra lhe dizer”, “Metade”, “Mentiras”, “Vambora” e “Esquadros”

Discografias
2023 Modern Recordings CD Errante
2020 Biscoito Fino DVD Margem, Finda a Viagem (Ao Vivo)
2020 Minha Música CD
2019 Sony Music CD Margem
2015 Sony Music DVD Loucura – Adriana Calcanhoto canta Lupicínio Rodrigues (Ao Vivo)
2014 Digipack CD Olhos de onda
2012 Sony Music CD Micróbio vivo
2012 Somy BMG CD Partimpim Tlês
2011 Sony Music O micróbio do samba
2010 Sony DVD Dois é show
2009 SonyBMG CD Partimpim Dois
2008 Sony BMG CD Maré
2005 Sony & BMG DVD Adriana Partimpim - O show
2004 BMG CD Adriana Partimpim
2002 BMG CD Cantada
2000 BMG CD Público
1998 Columbia/Sony Music CD Marítimo
1994 Epic/Sony Music CD A fábrica do poema
1992 Columbia/Sony Music CD Senhas
1990 CBS CD Enguiço
Obras
A fábrica do poema - (c/ Waly Salomão)
Aquele plano para me esquecer
Asas - (c/ Antônio Cícero)
Beijo sem
Canção por acaso
Cariocas
Deixa, gueixa
Dessa Vez
Enguiço
Era isso o amor?
Era pra ser
Esquadros
Eu vivo a sorrir
Graffitis
Horário de verão
Inverno - (c/ Antônio Cícero)
Já reparô?
Lá lá lá
Mais perfumado
Margem
Maré - (c/ Moreno Veloso)
Marítimo
Mentiras
Metade
Meu Bonde
Minha música
Mortaes
Motivos
Negros
Não demora
O Príncipe das Marés
O outro (sobre poema de Mário de Sá Carneiro)
Ogunté
Os Ilhéus
Parangolé Pamplona
Pista de dança - (c/ Waly Salomão)
Pode se remoer
Por que você faz cinema? (sobre texto de Joaquim Pedro de Andrade)
Portrait of Gertrude
Pra lhe dizer
Prova dos nove
Remix Século XX - (c/ Waly Salomão)
Roleta-russa
Salada russa - (c/ Paula Toller)
Segundos
Senhas
Seu pensamento - (c/ Dé Palmeira)
Sudoeste - (c/ Jorge Salomão)
Também vocês - (c/ João Callado)
Tons
Tá na minha hora
Tão chic
Uns versos
Vai saber?
Vambora
Vem ver
Você disse não lembrar
Água Perrier - (c/ Antônio Cícero)
Shows
2019 Teatro Riachuelo - Rio de Janeiro, RJ Margem
2018 Palácio das Artes, Belo Horizonte "A Mulher do Pau Brasil"
2012 Show de lançamento do DVD “Micróbio Vivo” – Miranda, Rio de Janeiro
2011 Adriana Calcanhotto – Espaço Tom Jobim, Rio de Janeiro
2010 Partimpim Dois – Vivo Rio, Rio de Janeiro.
2007 Ela. Turnê internacional ao lado do trio 2 (Domenico Lancelotti, Kassin e Moreno Veloso).
2005 Adriana Calcanhotto. Circo Voador, Rio de Janeiro.
2005 Partimpim. Canecão, Rio de Janeiro.
2005 Partimpim. Teatro Carlos Gomes, Rio de Janeiro.
2002 Cantada. Canecão, Rio de Janeiro.
2000 Público. Canecão, Rio de Janeiro.
1995 A fábrica do poema. Tuca, São Paulo.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.